Esse é o primeiro post da série “Portugal”, e é exatamente o post de hoje que tem todas as dicas gerais que te ajudarão na organização da sua viagem para as terras lusitanas. Hoje escrevo sobre nosso roteiro completo em Portugal, com dicas relacionadas à duração da viagem, qual época ir, cidades a visitar, como se locomover no país, passeios imperdíveis, hospedagem e onde comer. Aproveite!
Portugal é um país pequeno, o que significa que em uma viagem é possível conhecer ele “todinho” (considerando um roteiro turístico). Porém, levando em conta o tempo de duração, a época do ano e o nosso estilo de viagem (slowtravel), preferimos fazer um roteiro pela região norte, deixando o sul para próxima oportunidade.
Quais os documentos necessários para ingressar em Portugal?
Do brasileiro não é exigido visto para entrar em Portugal (assim como em toda União Européia). Necessário apenas o passaporte válido (com no mínimo 6 meses da data de expiração) e o seguro de saúde obrigatório para os países da Europa que aderiram o Tratado de Schengen.
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O passaporte, por óbvio, é sempre solicitado na alfândega, mas o seguro de saúde nunca me pediram para mostrar. O problema é que se você viajar sem ele e por azar for o escolhido para mostrar (escolha por amostragem), provavelmente não ingressará no país.
A cobertura mínima do seguro obrigatório deve ser 30.000 euros. Meu cartão de crédito emite esse seguro sem custo adicional (é um dos benefícios do cartão Porto Seguro Visa Infinite), então solicitei as apólices diretamente no site do cartão.
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Informações básicas sobre Portugal?
Moeda: euro.
Língua: Português.
Localização: zona ocidental da Península Ibérica. Portugal é o país mais a ocidente do continente europeu.
Clima: mediterrâneo. Portugal é um dos países europeus com clima mais ameno. Apresenta outono e invernos chuvosos e ventosos. As temperaturas são altas durante os meses secos de julho e agosto, podendo chegar próximas aos 50 graus no Vale do Douro.
História: o território hoje compreendido como território português foi povoado desde os tempos pré-históricos. Sofreu ocupação dos Celtas, Galaicos, Lusitanos. Foi integrado na Republica Romana, colonizado pelos Germânicos, como Suevos e Visigodos. Conquistado pelos Mouros no século VIII. É o mais antigo Estado-nação da Europa.
Fuso horário: tal como no Brasil, Portugal também tem horário de verão, logo, o fuso pode variar de 2 a 4 horas de diferença em relação ao horário de Brasília, conforme a época do ano.
O horário de verão em Portugal começa nos últimos dias de março, sendo os relógios adiantados em 1 hora. Assim, a partir desta data e nos meses de abril até setembro, Portugal tem 4 horas a mais do que o horário de Brasília.
Entre fevereiro e março, de acordo com a data marcada para o fim do Horário Brasileiro de Verão, a diferença de horário entre os países é 3 horas.
O horário de inverno em Portugal começa no final de outubro, quando os relógios são atrasados em 1 hora, que geralmente também é época em que o Horário Brasileiro de Verão inicia. Desta forma, a diferença também é de 3 horas entre os países.
De novembro a fevereiro Portugal fica apenas com 2 horas a mais que nosso horário oficial.
Tomada e voltagem: tomada tipo F (2 pinos redondos) e voltagem 220V. O adaptador em T resolve o problema do nosso “pino extra”.
Quantos dias ficar em Portugal?
Nossa viagem teve duração total de 11 dias, sem contar o dia da ida e o dia de retorno, que foram dias “perdidos” (sem nenhuma atração/passeio).
Considerando ida e volta, o total foi de 13 dias.
A quantidade de dias depende da sua disponibilidade. Com mais dias, você pode incluir mais cidades no seu roteiro ou até mesmo manter as mesmas cidades do meu roteiro, porém, ficando mais tempo em cada uma. Com menos dias, você pode reduzir cidades ou ficar menos tempo em cada uma delas, conforme seu interesse.
Quando ir a Portugal?
O país pode ser visitado durante todo o ano e o número de brasileiros em Portugal (residindo e a passeio) aumenta a cada ano.
Nosso roteiro foi pensado para uma viagem de outono, no mês de novembro, que é baixa temporada no país. Viajar no outono ou inverno tem pontos positivos e negativos, mas conclui que os pontos positivos superam os negativos.
Pontos negativos de viajar para Portugal na baixa temporada (outono ou inverno):
- Novembro é um mês chuvoso em Portugal (maior incidência de chuva nos meses de novembro a fevereiro). Ao contrário do Brasil, que tem um clima subtropical, em Portugal as chuvas aparecem nas estações de outono e inverno e isso pode atrapalhar sua viagem, pois o roteiro inclui muita “andança” pelas cidades.
- Outro ponto negativo é o frio, pois ainda que você goste do frio, isso acaba limitando alguns passeios e algumas regiões. Por exemplo: eu gostaria de conhecer o Algarve, mas justamente por conta do frio, preferi fazer um roteiro incluindo apenas o norte de Portugal.
Pontos positivos de viajar para Portugal na baixa temporada (outono e inverno):
- Economia: os hotéis ficam significativamente mais baratos nessa época do ano, principalmente as hospedagens das cidades menores.
- Menos movimento, menos fila, mais tranquilidade para fazer sua programação. Nenhum ponto turístico que visitamos estava cheio a ponto de formar filas imensas como acontece na alta temporada.
- Da para arriscar decidir algumas coisas “na hora”, como reservar hotel na véspera ou até no dia da hospedagem e chegar nos lugares (até mesmo restaurantes renomados) sem reserva. Se você fizer questão de algum lugar, recomendo fortemente que faça reserva prévia, mesmo durante a baixa temporada, mas confesso que decidimos muita coisa “no momento”, e deu muito certo.
Como fizemos um roteiro passando por diversas cidades e com carro alugado, optamos por não seguir um cronograma 100% fechado e deixar algumas coisas para decidir na hora, conforme o momento, a vontade e as indicações de pessoas que conhecemos pelo caminho. Foi muito gostoso fazer dessa forma, mas é um “luxo” que só é possível se sua viagem for durante a baixa temporada.
Minha conclusão (sobre ter gostado de viajar a Portugal em novembro) também está relacionada com a sorte: choveu praticamente todos os dias da viagem (exceto em Lisboa que pegamos 3 lindos dias ensolarados), mas a chuva sempre foi rapidinha, passageira e pouca. Não atrapalhou nossos planos e roteiros.
Exceto em Coimbra. Coimbra nos recebeu com chuva forte e tempo bem fechado. Como só tínhamos um dia para passear pela cidade, não foi possível seguir os planos e a passagem pela cidade acabou não sendo muito legal… Mas acontece, sempre tem algo na viagem que sai do programado, isso é perfeitamente normal e deve ter até uma estatística dizendo qual a probalidade de acontecer!
Ps. Considerando que da próxima vez que visitar Portugal o roteiro será pela região sul (incluindo Alentejo e Algarve), a prioridade será pelos meses de calor (maio a setembro, excluindo os meses de julho e agosto que além de muito cheio de gente, é muito quente – muito quente “do tipo” mais de 40 graus).
Inclusive, sobre dicas de road trip no Algarve e Alentejo, eu indico como referência o post da Suzy, do blog Viajante em Série.
Quais opções de voo existem para Portugal?
Considerando o aumento da procura dos brasileiros pelo país (é o chamado “país da moda”), a oferta de voos para o destino também cresceu.
Pouco mais de 9 horas de voo direto liga São Paulo a Lisboa, mas há voos saindo de outros destinos brasileiros também.
Nosso voo saiu de Viracopos (Campinas) com destino a Lisboa, e foi operado pela companhia aérea AZUL.
Voamos de classe econômica e a volta, que foi um voo diurno, foi melhor do que a ida, que foi um voo noturno.
Aliás, foi ótimo comparar os dois períodos.
Conclui que eu prefiro voos diurnos pelos seguintes motivos: não consegui dormir nada no voo noturno e cheguei muito cansada para começar o roteiro. No voo diurno de volta, embora tenha optado por não dormir, achei muito mais tranquilo e consegui trabalhar, editar fotos, assistir filmes…
Como isso se trata de uma opinião muito pessoal, recomendo que você tenha ambas as experiências, visando concluir qual a melhor opção para você.
Numa viagem na classe executiva, acredito que voo noturno seja melhor, pois será possível dormir e chegará pela manhã pronto(a) para começar os passeios. O problema de viajar num voo diurno na ida é chegar no destino apenas no final do dia, com tempo só para ir para o hotel, comer e dormir = dia “perdido”.
Sobre o voo internacional em classe econômica com a azul, duas observações: o espaço é apertadinho como usual e a comida servida no voo é muito ruim.
Há ainda uma classe intermediária com poltronas mais espaçosas, acredito que seja a classe chamada SkySofa.
A LATAM e a TAP também possuem voos diretos do Brasil para Portugal.
Caso seu roteiro inclua deslocamento interno no país, pode usar as companhias low cost, mas Portugal é um país tão pequeno e com tantas cidades históricas lindas, que vale a pena fazer roteiros terrestres.
Porque conhecer Portugal?
Portugal é um país que te faz sentir em casa, e isso se deve a três fatores primordiais: língua, influência portuguesa na cultura brasileira e influência brasileira na cultura portuguesa.
Esse terceiro fator foi novidade pra mim. Quando cheguei e ouvi “só” música brasileira nas rádios portuguesas (da MPB ao funk), não acreditei. Depois também soube que as novelas brasileiras são muito difundidas por lá.
Outros pontos positivos além de “se sentir em casa” são: boa gastronomia (fiz dieta do vinho e bacalhau a viagem toda), segurança, custo relativamente baixo (um dos países europeus mais baratos para viajar).
Por fim, destaque para os pontos de interesse e atrações: cidades com muita história que, inclusive, relaciona-se à nossa própria história e origem, castelos e palácios, muralhas, praias, vinícolas, montanhas… Opções para todos os gostos e idades.
Outra coisa que fiquei sabendo é que o governo português tem investido muito no turismo e facilitado a imigração de brasileiros, possibilitando emissão de diversos tipos de visto. Fiquei chocada com o tanto de brasileiros morando em Porto e Lisboa.
*E se você quer ir além e está pensando em morar em Portugal, recomendo as dicas do blog Vivendo Viagens sobre como morar no país vivendo com um salário mínimo português.
Como se locomover em Portugal?
Considerando que fizemos um roteiro passando por várias cidades do norte de Portugal, a melhor opção foi alugar um carro e sair dirigindo pelas estradas e conhecendo as lindas cidades turísticas no caminho.
Alugamos nosso carro na Sixt por um preço muito bom. O valor total foi R$ 506,40 (€ 119,41) para todo o período da viagem (retiramos no aeroporto de Lisboa no dia da chegada e devolvemos no mesmo local no dia do retorno).
A ideia inicial era devolver o carro nos últimos dia da viagem, quando estivéssemos passeando por Lisboa, mas ao custo de apenas R$ 46,00 diária, preferimos ficar com o carro. Alugamos uma BMW manual, pois qualquer que seja o modelo de carro automático, o preço sobe muito e passa a não compensar.
Nunca pagamos tão barato por um aluguel de carro!
Nesse valor estava incluído: proteção em caso de danos e roubo, proteção contra terceiros, E-Toll Service (para passar no pedágio direto, igual o “Sem Parar”aqui do Brasil), taxa de localização premium e quilometragem livre incluída. Optamos por não incluir condutor adicional, mas se o preço não subir muito, queremos incluir da próxima vez.
*Sobre o E-Toll Service (Via Verde): a locadora passa determinado valor no cartão de crédito e se você não usar tudo, depois é feito o reembolso. Como passamos em muito pedágio, provavelmente usamos todo o crédito computado e ainda terá algo extra que virá na fatura, mas não fiz esse controle exato e não sei dizer em quantos pedágios passamos (só sei que foram muitos).
Para retirada do carro são solicitados os seguintes documentos: o mesmo cartão de crédito que utilizou para efetuar a reserva, carteira de habilitação (Carteira Internacional de Habilitação não é exigida) e passaporte.
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Muitas dúvidas surgem sobre como é dirigir em Portugal. Eu posso te ajudar a esclarecer algumas.
As estradas são ótimas, então dirigir na estrada definitivamente não é nenhum problema.
A dificuldade surge quando chega nas cidades, pois algumas são complicadas. Vou colocar agora meu parecer sobre como foi dirigir em cada uma delas.
Estoril e Cascais: cidades pequenas e com ruas largas. Foi fácil dirigir nessas cidades, pois estavam vazias (são cidades litorâneas com movimento nos meses de verão) e encontramos vários estacionamentos, tanto na rua como estacionamentos públicos. Tivemos um pouco mais de dificuldade para parar o carro apenas no centro de Cascais, mas então encontramos um estacionamento público e deu tudo certo.
Sintra: cidade pequena, com grande fluxo de turistas, muito movimento de carros e ruas apertadas. Por sorte pegamos um hotel muito bem localizado, com estacionamento próprio. Deixamos o carro o dia todo no hotel e fizemos os passeios utilizando transporte público – tem os ônibus que fazem as rotas dos castelos e palácios da cidade ao custo de 6,90 euros (mas os preços variam conforme a rota escolhida e há possibilidade de comprar passe ilimitado também).
Óbidos: desde que você estacione o carro do lado de fora da “cidade muralhada”, não terá problemas com locomoção. Nosso hotel era um pouco longe (cerca de 2 quilômetros da cidade murada), então não convinha deixar o carro no hotel. Porém, achamos vaga logo na entrada da muralha e pronto. Nada de dor de cabeça.
Aveiro: cidade com ruas amplas. Não tivemos dificuldade em achar vaga próximo à chamada Ria de Aveiro (parte principal da cidade quando o assunto é turismo). Estacionamos na rua e pagamos o parquímetro com nossas moedinhas (você escolhe o tempo que quer ficar, mas sempre tem limite de horas, geralmente o máximo são 3 horas).
Porto: chegamos bem no horário de pico (a partir das 17 horas) e sofremos muito, pois o trânsito estava caótico, muitas ruas são apertadas e sempre nos confundíamos no mapa. Foi bem complicado essa chegada. O segredo é não pegar o carro no horário de pico (antes das 17 e depois das 2o horas melhora) e fazer o máximo de coisas à pé. Ficamos hospedados no Hotel Infante Sagres, que tem uma localização perfeita, então no outro dia deixamos o carro no hotel e fizemos tudo caminhando.
Vale do Douro: carro é essencial para se locomover, as estradas são apertadas, há muitas curvas e montanhas. A região estava bastante vazia, então foi a parte mais tranquila para dirigir.
Coimbra: a parte histórica é repleta de ruas estreitas, muitas ladeiras e poucos lugares para estacionar. Por ser domingo e estar chovendo muito, encontramos vagas, porém, acredito que durante a semana deve ser caótico. Não tenho muita propriedade para falar sobre Coimbra, pois nossa passagem por lá foi rápida.
Lisboa: não foi difícil dirigir em Lisboa, mas tem que ter muita atenção no GPS – erramos uma vez a rota e para voltar ao ponto certo, tivemos que atravessar a ponte que liga Lisboa a Almada e pagar pedágio (fora os 15 quilômetros que aumentou na rota. Deu vontade de chorar, sério!). Fora esse episódio, o restante deu certo. O segredo é investir nos estacionamentos públicos, deixar o carro estacionado o tempo que for e fazer tudo o que tiver que fazer na região caminhando.
Estacionar o carro na rua: é mais barato do que nos estacionamentos públicos, mas tem limite de tempo (geralmente 3 horas no máximo), depois de esgotado o tempo, tem que voltar e colocar mais dinheiro no parquímetro. A maioria dos parquímetros só aceita moeda. Ande com um saquinho de moedas. O máximo que gastamos deixando o carro na rua foi cerca de 3 euros.
Estacionar o carro nos estacionamentos públicos: é mais caro do que parar na rua, mas além de ser mais seguro, você pode deixar o carro estacionado o tempo que for preciso (certifique-se se o estacionamento é 24 horas ou, se não for, que horas fecha). Às vezes era difícil encontrar esses estacionamentos, pois o Waze marcava como “P”, indicando a sua existência, mas quando chegávamos no lugar, era um estacionamento de rua comum (com parquímetro), que sempre estava cheio.
A maior dificuldade para achar vaga foi no bairro de Alfama, já no bairro Chiado, encontramos vários estacionamentos públicos. Gastávamos em média de 4 a 8 euros para deixar o carro nesses lugares, exceto em Vila Nova de Gaia que custou 10 euros, pois deixamos o dia todo.
Estar de carro é saber que terá que desembolsar mais com estacionamento. Caso não seja a melhor opção pra você, melhor deixar o carro no hotel (que nas cidades maiores geralmente também cobram pela diária de estacionamento) e seguir de transporte público (ônibus, metrô e bonde), Uber ou caminhando.
*Uma boa ideia de roteiro compartilhado é aproveitar que já está por ali e combinar sua viagem a Portugal com mais alguns dias na Espanha. Meus dias de férias não me permitiram estender a viagem, e Espanha será visitada em outra oportunidade.
Mas como sugestão, deixo aqui a leitura do post da Rayane Azevedo, editora do blog AZ Wanderlust, que escreveu um guia completo sobre Madrid, com sugestões de passeios, hotéis e restaurantes.
Roteiro em Portugal dia a dia
Lisboa é o ponto A (partida) e o ponto J (chegada).
Estoril e Cascais (passagem rápida)
Nossa passagem por Estoril foi apenas para conhecer “de vista” a charmosa cidade litorânea, refúgio dos Lisboetas no verão, pois no inverno não tem muito o que fazer.
As atrações de Estoril são suas praias e o Casino Estoril, que é o maior cassino da Europa.
Depois seguimos para Cascais, outra charmosa cidade litorânea próxima a Lisboa, onde fica a famosa Boca do Inferno. Outra atração turística de Cascais é seu centro histórico.
Ficamos em Cascais até a hora do almoço e escolhemos um restaurante tradicional da cidade, chamado Restaurante Casa Velha. O almoço com meia garrafa de vinho, água, couvert de pães e queijo de azeitão e dois pratos de bacalhau ficou 50 euros.
Antes de seguir para Sintra, passamos pelo Cabo da Roca, o ponto mais oeste da Europa, lugar que Luís Vaz de Camões descreveu-o como o local “Onde a terra se acaba e o mar começa” (in Os Lusíadas, Canto III).
Sintra (1 noite e 1 dia)
Sintra foi uma das minhas partes preferidas da viagem. E acho que o ideal seria passar 2 noites por lá, pois há muito o que se conhecer em Sintra.
Muita gente que visita apenas Lisboa, faz um “bate-volta” para Sintra (cerca de 30 minutos de Lisboa, sendo possível ir de trem).
Visitamos o Castelo dos Mouros, o Palácio da Pena e o Palácio da Quinta da Regaleira (recomendo a visita aos três). Foi uma escolha difícil, pois vários outros que eu gostaria de ter visitado ficaram de fora do roteiro de apenas um dia.
Para visitar os pontos turísticos optamos por usar o transporte público, pois dirigir em Sintra é complicado por conta das ruas estreitas e movimento intenso de turistas.
Utilizamos a linha 434 que custa 6,90 euro por pessoa.
O almoço foi no Gazeta Café, o mais barato e um dos mais saborosos almoços da viagem (a fome também estava grande). Por 16 euros pedimos dois pratos de Bacalhau à Brás com salada, 1 água e 1 cappuccino.
Onde ficar em Sintra:
Casa Holstein Quinta de Sao Sebastião: uma guest house 4 estrelas, com poucos quartos, cada um com sua decoração própria, café da manhã e estacionamento gratuitos.
Óbidos (1 noite e 1 dia)
Assim como Sintra, Óbidos (cerca de 1 hora de Lisboa) também é opção de destino “bate-volta” para quem elege Lisboa como cidade base.
Dormir em Óbidos foi uma ótima experiência, pois tivemos a oportunidade de conhecer a pequena vila na parte da noite, muito vazia, e depois pela manhã, antes dos turistas de “day-tour” chegarem.
Trata-se de uma vila murada (ou “muralhada”) medieval, cheia de história. Realmente me senti no tempo dos Mouros caminhando por suas ruelas.
Chegamos já era noite, estacionamos o carro do lado de fora da muralha e seguimos para jantar.
O restaurante escolhido foi o Petrarum Domus. Nesse dia a fome era pouca, então optamos por pedir apenas 1/2 garrafa de vinho, couvert e 1 prato de bacalhau à natas para dividir. A conta ficou 21 euros.
Para passar a noite reservamos (minutos antes) o hotel Exe Vila D’Óbidos, que apresentou excelente custo benefício: hotel 4 estrelas, com café da manhã incluso, estacionamento grátis, a pouco menos de 2 quilômetros da entrada da muralha.
No dia seguinte acordamos cedo e com a cidade ainda vazia exploramos cada cantinho de Óbidos de forma tranquila. Não é necessário muitas horas para conhecer a vila, e que às 11 horas da manhã já tínhamos caminhado pela muralha e andado por cada pequena ruela.
Não esqueça de provar a ginjinha, bebida típica de Óbidos, servida num copinho de chocolate, com gosto semelhante ao licor de cereja.
Onde ficar em Óbidos:
Exe Vila D’Óbidos – excelente custo benefício: hotel 4 estrelas, com café da manhã incluso, estacionamento grátis, a pouco menos de 2 quilômetros da entrada da muralha. Nosso quarto tinha sacada com vista para a muralha, linda tanto durante o dia, como quando a anoitece e fica iluminada.
Também há opções de pousadas dentro da muralha, sendo que a mais famosa delas é a Pousada Castelo de Óbidos que fica de fato dentro do castelo.
Há ainda opções do lado de fora da muralha, como o Hotel Real d’Óbidos, que era nossa segunda opção (mas ficamos muito satisfeitos com o Exe Vila D’Óbidos em razão do custo benefício).
Aveiro (passagem rápida)
No roteiro inicial, após Óbidos (170 quilômetros), passaríamos a noite em Aveiro, mas no final das contas, preferimos fazer uma rápida passagem e seguir para Porto (mais 70 quilômetros de viagem), pois achamos que não teria muito o que fazer até a noite.
Aveiro é uma gracinha. Uma cidade apelidada de “Veneza Portuguesa”, em razão da Ria de Aveiro que corta a cidade (os canais lembram Veneza).
Pela ria é possível fazer um passeio de moliceiro (lembra um pouco as gôndolas, mas é maior e motorizado).
Além de passear pela região central onde está o canal, lojas, restaurantes, shopping, a dica é provar os doces típicos da cidade: os chamados ovos moles, as tripas de Aveiro e a bolacha americana.
Quem gosta de doces feitos com ovos, diz que o tal dos ovos moles é delicioso… Como eu não estou nesse time, acabei não experimentando, mas provei as tripas e a bolacha, que lembram um pouco o tradicional crepe de Nutella de Paris. Gostei mais da bolacha americana, pois é crocante (a massa da tripa é mole como a massa de crepe).
Quando me falaram para provar uma coisa chamada “tripa de Aveiro” eu assustei e logo pensei em tripa mesmo. Mas por sorte era um doce com recheio a sua escolha. Ufa!
Tivemos um pouco de dificuldade em achar um restaurante aberto para almoçar. Fomos em vários e, chegando na frente, tudo fechado.
No final das contas escolhemos um chamado Restaurante Ferro (sentamos do lado de fora. O interior do restaurante é bem feio e antiquado), onde pedimos um prato de polvo para duas pessoas e 1/2 garrafa de vinho. A conta ficou 35 euros.
Depois de Aveiro, uma passadinha em em Costa Nova para conhecer as famosas casas coloridas que no passado funcionavam como mercado de peixe.
Ps. Antes de chegar em Aveiro passamos por Nazaré, pois no domingo anterior havia ocorrido uma etapa do campeonato mundial de surf em virtude de suas ondas gigantes. Mas no dia (quarta) e horário da visita já não tinha mais nada… “Perdemos a viagem”, mas incluímos mais uma cidade da lista!
Porto (2 noites e 2 dias)
Porto é a cidade preferida da maioria dos turistas. De fato é uma cidade muito agradável e repleta de atrações turísticas.
Caminhe pela Ribeira, passeie pelo centro histórico onde está a Torre dos Clérigos, a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, as Igrejas do Carmo e das Carmelitas com a casa escondida no meio, a Livraria Lello, a Estação São Bento, Catedral da Sé, Capela das Almas, Café Majestic (é bonito, mas não crie expectavas em relação e ele)… Caminhando você encontra tudo, pois nada é longe o bastante para precisar de transporte.
Para comer em Porto há várias opções na Galeria de Paris (a rua em si tem mais bares, mas há muitos restaurantes na região). Tem também o Mercado Bom Sucesso, mas apenas se você busca algo rápido como lanches ou tapas.
Outras indicações que recebi em restaurante em Porto são: Abadia, Maria Rita e Nogueira’s.
Ainda, aproveitamos que estávamos de carro e fomos até Matosinhos, um distrito de Porto que tem boa fama quando o assunto é “comer peixe fresco”. Pedimos sardinha, mas eu descobri que não vira… Muito espinhos, não curti (mas se você gosta de sardinha, invista em Matosinhos, pois o peixe realmente é fresquinho).
O melhor restaurante que comemos em Porto foi o Tapabento (pertinho da Estação São Bento), que embora apresente pratos da culinária portuguesa, tem toques que comida fusion e é mais gourmet do que os restaurantes tradicionais. Precisa reservar – fomos sem reserva na hora que abriu e por sorte conseguimos uma mesinha. Conta: 2 taças de vinho, 2 pratos e 1 sobremesa saiu 54 euros.
Em Vila Nova de Gaia caminhe pela Ribeira (outra margem do Rio Douro) e visite as caves, que são as tradicionais adegas de vinho do Porto.
Existem muitas caves e é necessário fazer reserva prévia se quiser visitar as adegas, exceto na Taylor’s, pois lá o tour é com audio, então não precisa agendar (15 euros).
Consideramos que teríamos bastante tempo para visitar as vinícolas (chamadas de Quinta) no Vale do Douro, optamos por não fazer nenhuma visita guiada às caves de Vila Nova de Gaia, mas fizemos degustação na Taylor’s: as taças de vinho que pedimos custavam3,50 e 4,50 euros; na Ramos Pinto: 12 euros pela degustação de 5 taças (foram os melhores vinhos); e na Cálem: 11 euros pela degustação de 3 taças.
Outras opções de caves para conhecer em Vila Nova de Gaia: Sandman, Graham’s, Croft, Ferreira e Cockburn’s.
Antes de seguir viagem, jantamos em um dos restaurantes da Ribeira (do lado de Vila Nova de Gaia), chamado Tempero d’Maria, onde provamos o prato típico da região, chamado Francesinha (na verdade eu comi bacalhau, mas experimentei a que Rodrigo pediu). Entrada, francesinha e bacalhau saiu por 32 euros nesse restaurante.
Onde ficar no Porto:
Recomendo o Infante Sagres, que integra a coleção Small Luxury Hotels of The World. O hotel está localizado no coração do Porto, pertinho das principais atrações da cidade (deixamos o carro estacionado no hotel e fizemos tudo caminhando).
O Infante Sagres se trata de um hotel histórico, recentemente restaurado (reabriu em abril de 2018), luxuoso e aconchegante. É fantástico.
Confira também aqui no MV:
Onde ficar em Vila Nova de Gaia:
A opção mais luxuosa é o The Yeatman. Não conheci o hotel, mas ouvi boas referências de um casal de amigos que se hospedou nele e adorou.
Vale do Douro (3 noites 2 dias)
Localizado a 130 quilômetros do Porto, muitas pessoas optam pelo tour de um dia.
Porém, recomendo mais do que isso, principalmente se você aprecia vinhos.
Viagens enogastronômicas – Leia também aqui no MV:
A estrada nacional panorâmica 222, que liga a cidade de Peso da Régua a Pinhão é considerada uma das mais belas estradas do mundo. Só com essa informação já se torna possível imaginar como é a região, e por isso acho que só um day-tour não é o suficiente.
No verão uma dica boa é fazer um passeio de barco pelo Rio Douro.
De todas as regiões vinícolas que já conheci, de longe o Vale do Douro apresenta as mais belas paisagens, principalmente pelo rio de plano de fundo. É magnífico!
Amei a paisagem de outono, e me disseram que na primavera, quando as cerejeiras florescem, fica ainda mais lindo.
Apaixonados por vinho que somos, fizemos vários wine tours (mas você não precisa fazer tantos assim). Eu queria ter muito o que escrever sobre essa região e por isso foquei bastante em conhecer bem o Vale do Douro e visitar o maior número possível de vinícolas (as chamadas “Quintas”) em 2 dias.
Visitamos as seguintes:
1- Quinta do Vallado: 17 euros (visita + prova)
2- Quinta da Pacheca: 9 euros (visita + prova)
3- Quinta do Tedo: 10 euros (vista + prova)
4- Quinta do Seixo: não fizemos visita, apenas degustação.
5- Quinta do Crasto 20 euros (visita + prova)
É necessário reserva prévia em todas as vinícolas, pois as visitas são com horário marcado e número limitado de pessoas.
A gastronomia do Vale do Douro também marcou pontos.
Recomendo:
- o restaurante Cozinha da Clara na Quinta de La Rosa, em Pinhão (quinta de lá rosa). Pedimos 1 vinho, água, couvert, entrada, 2 pratos e 1 sobremesa – a conta ficou 74 euros.
- o restaurante DOC, do Chef Rui Paula. O menu degustação custa 100 euros sem vinho e 160 euros com harmonização. Também tem opções a la carte. Foi lá que comi o melhor polvo da minha vida.
Onde ficar no Vale do Douro:
Ficamos hospedados no The Vintage House, em Pinhão, considerado um dos melhores hotéis da região.
Outro hotel altamente bem classificado é o Six Senses Douro Valley, que fica em Lamego (Thassia Naves e Juju Norremose estavam hospedadas lá uns 2 ou 3 dias antes da minha viagem).
Agora a hospedagem mais inovadora e autêntica que eu vi por lá foram os quartos no formato de barril de vinho (os chamados Wine Barrels) na Quinta da Pacheca. Visitei o interior de um deles e fiquei admirada com o conforto e exclusividade.
É preciso fazer reserva com antecedência dada a exclusividade dos Wine Barrels e grande procura.
Coimbra (1 noite e 1 dia)
O roteiro inicial incluía vista ao centro histórico e “bater perna” pelos becos, ruelas e ladeiras de Coimbra, visita à igreja e mosteiro Santa Cruz, ao Arco e Torre de Almedina, Catedral Sé Velha, Universidade de Coimbra e Biblioteca Joanina, Mosteiro de Santa Clara (a nova/a velha), e o parque Portugal dos pequenitos.
A chuva nos pegou e o roteiro se resumiu a uma breve caminhada pelas ruas do centro histórico e visita à Universidade de Coimbra e Biblioteca Joanina, que é uma uma das mais antigas bibliotecas do mundo.
Almoçamos no restaurante Tapas nas Costas (tábua de queijos, 2 tapas – cogumelos e mil folhas de bacalhau à Brás = 30 E ) e jantamos no Ristorante II Tartufo (Porto tônica, cerveja, 2 pratos e sobremesa = 40 euros).
Outras indicações são as tascas portuguesas Zé Manel dos Ossos e Solar do Bacalhau (cerca de 8 euros o menu) e o restaurante Passaporte. As Tascas estavam fechadas no domingo e o restaurante Passaporte é mais legal para dias bonitos e de tempo aberto, pois o principal do lugar é a vista.
Na estrada, a caminho de Lisboa, próximo ao Santuário de Fátima, passamos conhecer a Grutas de Mira de Aire (entrada custa 6,80 euros). Essa gruta é uma das sete belezas naturais de Portugal.
Lisboa (3 noites e 2 dias e meio)
Lisboa é uma cidade fácil de se conhecer, pois você consegue dividir os passeios por região.
Conhecer Lisboa é conhecer seus bairros:
- Alfama: é o bairro mais tradicional da cidade, cheio de belos miradouros (de onde se tem belas vistas da cidade). Foi lá que fizemos nosso ensaio fotográfico com a fotógrafa profissional Marilia Princy (Instagram: @mariliaprincy), baiana que está morando em Lisboa há alguns meses e trabalha com ensaios fotográficos na cidade. Super recomendo incluir no seu roteiro um ensaio com ela!
- Chiado: bairro repleto de lojas, cafés, livrarias, praças… Foi meu bairro preferido para passear.
- Príncipe Real: é o bairro da vez, com opções de lojinhas e restaurantes.
- Belém: onde está a icônica Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos e o Padrão do Descobrimento. Não pode deixar de experimentar o legítimo Pastel de Belém, que fica pertinho do Mosteiro dos Jerónimos.
- Ribeira do Rio Tejo: lá eu senti o verdadeiro clima bom da cidade. Caminhamos do TimeOur Market (Mercado da Ribeira) até a praça do comércio, onde está o arco da Rua Augusta.
- Alcântara: foi o bairro onde nos hospedamos. É lá que está o complexo LX Factory, cheio de bares, restaurantes e lojas moderninhas.
Principais atrações do centro histórico de Lisboa (Baixa, Chiado, Rossio, Bairro Alto e Alfama): Parque Eduardo VII, Praça do Marquês de Pombal, Avenida da Liberdade, Praça dos Restauradores, Ascensor da Glória, Miradouro de São Pedro de Alcântara, Igreja de São Roque, Praça Luís de Camões, Café A Brasileira, Livraria Bertrand, Museu Arqueológico do Carmo, Elevador de Santa Justa, Armazéns do Chiado, Praça D. Pedro IV, Estação Ferroviária do Rossio, Igreja de São Domingos, Praça da Figueira, Confeitaria Nacional, Castelo de São Jorge, Mural de Amália Rodrigues, Largo das Portas do Sol, Miradouro de Santa Luzia, Sé de Lisboa, Igreja de Santo Antônio, Casa dos Bicos, Praça do Comércio e Cais das Colunas, Rua Augusta e Arco da Rua Augusta.
Se quiser um pouco mais de Lisboa moderna: Estação Ferroviária do Oriente, Centro Vasco da Gama, Pavilhão Atlântico, Casino Lisboa, Ponte Vasco da Gama, Teleférico do Parque das Nações, Pavilhão de Portugal, Pavilhão do Conhecimento, Ciência Viva, Oceanário de Lisboa.
Onde ficar em Lisboa:
Ficamos hospedados no Hotel Vila Galé Ópera, pertinho do moderno complexo LX Factory e com vista para o Rio Tejo e para a ponte 25 de Abril que liga Lisboa a Almada.
Confira também aqui no blog MV:
O hotel 4 estrelas apresenta ótimo custo benefício tanto para quem está de carro quanto para quem não está, pois muito bem atendido pelo transporte público.
A rede Vila Galé tem muitos hotéis por todo o país, confirmando sua qualidade e tradição em Portugal (assim como no Brasil). Destaque para o café da manhã continental e área de saúde de lazer com piscina aquecida, SPA e academia.
Esse foi o post de hoje, espero que tenha gostado! Portugal me conquistou e aposto que irá te conquistar também.
Leia também aqui no MV todas as dicas de cada cidade:
- Sintra
- Óbidos
- Aveiro
- Porto
- Hotel Infante Sagres, Porto
- Vale do Douro
- Coimbra e Grutas da Mira de Aire
- Lisboa
- Hotel Vila Galé Ópera, Lisboa
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2 Comments
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Bom dia, Anna! já tinha lido seu post e agora estou montando minha viagem para Portugal e surgiu uma dúvida: quando vocês locaram o carro, incluíram GPS? Não encontrei nenhuma diária por menos de R$100,00 e só o GPS custa R$42,00 na mesma locadora que você cita no texto. Se não alugaram GPS, pode me dar a dica de como fizeram para se localizar nas estradas. Obrigada e parabéns pelos posts. Estão sendo muito úteis para meu planejamento. Um beijo.