Muito se ouve falar em Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul, mas ali pertinho existe uma região chamada Vale dos Vinhedos, que faz parte da Rota ou Roteiro do Vinho e é capaz de cativar ainda mais os turistas, oferecendo um turismo enograstronômico de alta qualidade. Venha agora conferir o que você poderá incluir no seu roteiro quando visitar a região vinícola do Rio Grande do Sul, incluindo quais vinícolas conhecer, onde comer e onde se hospedar.
O Vale dos Vinhedos é um legado histórico, cultural e gastronômico deixado pelos imigrantes italianos que chegaram na região da Serra Gaúcha a partir de 1875.
Além da beleza diferente em cada uma das quatro estações do ano, o Vale dos Vinhedos é marcado pela hospitalidade de seus moradores e pela excelente infraestrutura para receber bem os turistas. Definitivamente é o mais reconhecido local para fazer enoturismo no Brasil.
Como chegar no Vale dos Vinhedos
Quando pensamos em Serra Gaúcha, logo nos vem à mente cidades como Gramado, Canela, Bento Gonçalves, Garibaldi… E não estamos errados.
A Serra Gaúcha é dividida em regiões, cada qual com suas próprias características. Na região das Hortênsias está a cidade de Gramado, enquanto na região da Uva e Vinho, estão as cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi, Flores da Cunha e Monte Belo do Sul.
A chamada Região Metropolitana da Serra Gaúcha foi criada pela Lei Complementar nº 14.293 de agosto de 2013, sendo formada pelos municípios de Antônio Prado, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Ipê, São Marcos, Nova Pádua, Monte Belo do Sul, Santa Teresa e Pinto Bandeira.
Além das cidades mais “tradicionais” e conhecidos Brasil afora, a Serra Gaúcha é composta por muitos outros municípios.
E o Vale dos Vinhedos, do qual muito se ouve falar, faz parte da Serra Gaúcha e engloba as cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul (nessa região conhecida como Vale dos Vinhedos é onde há maior concentração de vinícolas). Confira no mapa:
Os vinhos do Vale dos Vinhedos são os únicos no Brasil com Denominação de Origem (D.O). A região foi a primeira no país a obter a Indicação Geográfica, através do Aprovale, que reúne vinicultores e empreendimentos ligados à cultura e ao enoturismo. Os rótulos que possuem D.O representam a excelência do terroir do Vale dos Vinhedos.
Então para quem gosta de enogastronomia, uma fez na Serra Gaúcha, recomendo não limitar a viagem somente a Gramado e Canela, mas sim estender até a região onde estão concentradas as vinícolas do estado do Rio Grande do Sul (incluindo as que se concentram no Vale dos Vinhedos e as que estão nas cidades próximas e arredores).
Se você vier de outra cidade do próprio estado, ou mesmo dos outros estados do sul do país (Santa Catarina e Paraná), uma road trip (viagem de carro) é uma opção bem interessante para quem tem tempo e gosta de apreciar as belezas do caminho, como a serra catarinense, por exemplo.
Se viajar de carro desde a sua casa não é uma opção para você, então o jeito mais fácil de chegar na Serra Gaúcha é pegando um voo até Porto Alegre de depois seguir o deslocamento alugando um carro no aeroporto ou contratado um tour.
Para quem prefere alugar carro em Porto Alegre, o trajeto da capital até Bento Gonçalves (cidade central da rota dos vinhos) é de apenas 114 km ou cerca de 1 hora e meia de viagem. Super tranquilo: estrada boa e bem sinalizada.
Para quem não pretender alugar carro, a segunda opção é contratar um serviço de transfer e tours privativos ou em grupo. Essa é a opção para quem simplesmente não quer dirigir e também para quem quer ficar liberado para aproveitar as degustações de vinhos nas vinícolas.
Para quem quer um serviço de transfer personalizado eu recomendo a Hennemann Turismo Privado, que além do tour privado também oferece venda de ingressos para atrações na região de Gramado e Vale dos Vinhedos, reservas em restaurantes e passeios regulares.
Quando ir e quanto tempo ficar
O roteiro do vinho pode ser feito durante todo o ano, então se programe conforme as suas possibilidades.
No entanto, a melhor época para visitar o Vale dos Vinhedos é a da vindima (colheita), que acontece entre os meses de janeiro a março de cada ano.
A época da vindima é a melhor época para esse roteiro por duas razões em especial: a beleza do lugar e as atividades específicas do período.
Definitivamente não há época mais bonita para fazer o roteiro do vinho do RS do que no período da vindima, pois a paisagem fica realmente especial com os parreirais carregados de uvas! Inclusive os visitantes podem chupar tantas uvas quanto puder e quiser, pois geralmente as vinícolas dispõem de uma área exclusiva para o deleite dos turistas.
São vários tipos diferentes de uvas e é muito legal ter a experiência de chupar uvas deliciosas colhendo tudo direto dos parreirais.
O outro motivo especial para visitar a Serra Gaúcha no período da vindima são as programações especiais, que incluem a colheita, o merendim debaixo dos parreirais e a atividade chamada “pisa da uva” – literalmente é isso mesmo: os turistas são convidados a entrar no tanque e esmagar as uvas com o pé ao som de música típica!
Uma das práticas mais tradicionais no processo de vinificação é justamente a pisa das uvas. Apesar de hoje em dia ser considerado um método arcaico, muitas vinícolas, sobretudo aquelas pequenas e familiares, ainda fazem uso desse método, visando garantir melhor qualidade aos vinhos.
Ao ser esmagada, a polpa da uva se separa da casca e caroço, dando origem ao chamado mosto, que passará pelo processo de fermentação.
Além de pequenas vinícolas familiares, algumas vinícolas muito tradicionais do Vale do Douro, em Portugal, adotam esse método de produção para os seus melhores rótulos.
Confira aqui o vídeo que fizemos mostrando um pouquinho dessa experiência de pisa de uva na vinícola Cristofoli, em Bento Gonçalves.
Mas se você não puder ir durante a vindima, tudo bem também! Ainda assim você poderá reservar atividades como visitas internas às vinícolas para aprender sobre o processo de produção dos vinhos, almoços/jantares harmonizados, degustações, piqueniques… Tem várias opções de entretenimento disponíveis durante o ano todo.
E sobre a quantidade de dias, isso é um grande dilema, pois não existe uma quantidade suficiente de dias para conhecer tudo! Pois é… são muitas vinícolas, cada uma com suas peculiaridades. Nem mesmo quem mora lá conhece todas. Então o jeito é se conformar em conhecer as que, pra você, forem as mais especiais. Vou te ajudar com as suas escolhas no decorrer desse post.
Eu fiquei apenas dois dias na região e posso dizer que foi muito pouco. Recomendo no mínimo 3 ou 4 dias para começar a sentir o gostinho desse turismo tão especial no sul nosso país.
Agora se você não gosta de vinhos, então talvez não precise ficar tanto tempo… Isso vai ser uma decisão muito pessoal, pois apesar de ser uma região linda e gostosa para passear, o seu principal atrativo é mesmo o vinho.
Mas como eu sempre digo: a quantidade de dias ideal é a quantidade de dias que você pode! Aí dentro da sua disponibilidade de dias, eu vou te ajudar, com esse post, a montar um roteiro ideal, com sugestões do que você pode fazer por lá.
Além disso, não precisa fazer tudo numa só viagem né? Como eu disse, o acesso à Serra Gaúcha a partir de Porto Alegre é muito fácil, então se você for uma vez e gostar, pode repetir a viagem futuramente e conhecer novas atrações.
Para quem é essa viagem
Em primeiro lugar, a viagem ao Vale dos Vinhedos vai agradar pessoas que gostam e apreciam vinhos. Aí não vai ter erro: quem já fez turismo enogastronômico em outros países, provavelmente vai gostar de fazer esse mesmo estilo de viagem dentro do seu próprio país, com todas as facilidades que uma viagem nacional proporciona.
Apesar do Brasil não figurar na lista dos grandes produtores mundiais de vinhos (ocupamos a décima terceira posição), o estado do Rio Grande do Sul produz 90% do total nacional, e a estrutura das vinícolas me surpreendeu!
Então se tem um lugar para se fazer esse tipo de turismo no Brasil, o destino ideal é o estado do Rio Grande do Sul.
Quem já tem experiência com turismo enogastronômico em outros locais do mundo, como Chile, Napa Valley, Portugal, Itália, França, Espanha, África do Sul… tem que lembrar de viajar isento de julgamentos e comparações. Temos sim vinhos premiados no Brasil, mas não concorremos com os grandes produtores mundiais. Se você viajar leve de análises desse tipo, tenho certeza que a Rota dos Vinhos de RS vai te surpreender muito e você voltará encantado(a) também!
E se você está no time que nunca fez um turismo enogastronômico antes, sugiro fortemente que se presenteie com essa oportunidade, pois além dos vinhos você vai se deparar com lugares belíssimos pelo caminho e uma boa dose de turismo cultural.
E aí vem aquela pergunta mais comum: e para quem não bebe vinho, ainda assim vale a pena conhecer o Vale dos Vinhedos?
Eu acredito que ainda assim vale muito a pena, porque o vinho, apesar de ser o carro chefe desse tipo de turismo, não é o único atrativo não!
Vou citar alguns exemplos de atividades e atrações além do vinho que você encontrará na região:
Belas estradas com paisagens serranas, montanhas e curvas; muitos vinhedos pelo caminho; vinícolas com atrações além do próprio vinho em si (piqueniques, paisagens, restaurantes); hospedagens excelentes (vou falar sobre isso adiante); turismo cultural (como o Caminho de Pedras, Rota Romântica e passeio de Maria Fumaça); queijarias; ateliês de arte; fábricas de doces, chocolates e produtos coloniais.
Então mesmo que você não beba vinho, tá tudo bem também! O turismo pela região continua te oferecendo belas opções.
E a outra dúvida comum é: e para quem viaja com crianças?
Eu já fiz turismo enogastronômico (visita em vinícolas) em alguns lugares do mundo e, em todos eles, eu achei um estilo de viagem muito bom para quem viaja com crianças, pois elas adoram os ambientes cheios de espaço para correr, muita grama e jardins… Com certeza eu pretendo continuar fazendo turismo dessa modalidade com filhos pequenos.
E no roteiro do vinho de RS é muito comum ver famílias viajando com crianças, então provavelmente deve ser mesmo uma boa opção!
Onde dormir: as hospedagens na Serra Gaúcha
Existem dois estilos de viagem que você pode adotar quando visitar a Serra Gaúcha: escolher uma hospedagem apenas e montar base ali, ou fazer uma viagem itinerante, cada dia passando por um lugar e dormindo em um lugar.
As duas formas são igualmente possíveis e depende do que você gosta mais.
Tem gente que prefere trocar de hotel/pousada a cada um ou dois dias e assim ter experiências diferentes em locais diferentes.
Mas também tem o grupo de pessoas que prefere escolher um lugar para montar sua base e fazer passeios de bate-volta durante a viagem.
De modo geral as cidades são bastante próximas uma das outras, mas é importante analisar as distâncias na hora de escolher sua hospedagem e montar seu roteiro.
A região mais central, por assim dizer, é a região de Bento Gonçalves e Vale dos Vinhedos (que pertence a Bento). Mas Garibaldi fica colado, então pode ser uma segunda opção para quem quer se fixar em apenas uma hospedagem.
Então se sinta livre para escolher uma ou mais pousada/hotel, conforme suas preferências.
Para conferir sugestões sobre pousadas em Gramado, veja também as dicas do site Mala Pronta Gramado, que tem muito conteúdo relevante para sua viagem pela Serra Gaúcha.
E aqui vão as minhas sugestões de hospedagem na Serra Gaúcha, já com os links para sua reserva via Booking.com:
Castello Benvenutti: foi uma das nossas escolhas. Essa pousada fica em Bento Gonçalves (mas não dentro da cidade) e a construção é literalmente um castelo todo feito em pedras (dali até o Vale dos Vinhedos são poucos quilômetros).
A pousada é muito bonita, a construção é diferente de todas as outras (afinal você poderá dormir num castelo construído todo com pedras), os quartos são amplos, com decoração elegante, o banheiro do nosso quarto era enorme e tinha até banheira de hidromassagem, na recepção fomos recebidos com suco de uva, uvas e chocolates no quarto.
O café da manhã tem ótima qualidade é servido no pátio central do castelo (novamente ressalto que o ambiente é lindo e elegante). E, para fechar com chave de ouro: um dos melhores restaurantes para jantar na região fica dentro do Castello Benvenutti e se chama Dona Carolina, pode ir sem medo de errar que é uma delícia – depois de comer super bem, é só subir pro quarto e descansar!
Botte di Vino: foi uma de nossas escolhas também. Essa é, definitivamente, a opção ideal para quem busca uma experiência autêntica. Fica em Garibaldi e a pousada é literalmente uma pipa de vinho enorme!
Atualmente havia apenas duas pipas, então torna o local bem disputado. O ideal é reservar com bastante antecedência para garantir sua vaga.
A pipa de vinho tem sala, cozinha, banheiro com ofurô e quarto com mini-sacada na parte superior. A decoração é diferenciada, com toques vintage e artigos que lembram tonéis e barris de vinho.
Ao reservar a pernoite ainda pudemos escolher um vinho ou espumante da adega. Outra característica legal é o café da manhã colonial entregue em uma cesta: você combina o horário e eles te entregam o café completo dentro da cesta para que você aproveite ao som de discos de vinil disponíveis ao lado da vitrola.
*Depois que eu voltei de viagem eu descobri mais duas opções de hospedagem em pipas de vinho:
Pipas do Vale: fica em Bento Gonçalves e é super fofo! Ao que me parece pelas fotos é menor do que a Botte di Vino, pois só vi fotos do quarto (parece que não tem sala e cozinha). Mas o lugar da Pipas do Vale aparenta ser mais bonito do que o local onde está a Botte di Vino (que fica numa rua comum da cidade).
Pipas Terroir: essa eu descobri passando em frente – fica pertinho da vinícola Miolo e do Spa do Vinho, no Vale dos Vinhedos. A pousada já está funcionando (também são poucas unidades de pipa) e o winebar está sendo construído. Fica no alto do vale e a vista é bem linda! Procurei link de reserva via Booking.com e ainda não tem (por enquanto as reservas estão sendo por telefone: 54 99131-0815).
E agora a lista das hospedagens que não foram nossas opções nessa viagem, mas que já estão no meu radar para quando voltarmos:
Hotel & Spa do Vinho: é o hotel mais famoso do Vale dos Vinhedos (Bento Gonçalves) – um Autograph Collection 5 estrelas que impressiona mais ao vivo do que pelas fotos do Booking.
Era para ser uma das minhas escolhas, mas eu fiquei na dúvida: algumas pessoas dizem que os quartos são “velhos” e que o hotel não vale o preço… Mas ao chegar lá e ver ele pessoalmente, não foi essa a minha opinião.
Geralmente o Spa do Vinho vende uma programação para não hóspedes (sunset harmozinado, almoço harmonizado e os serviços de spa também), mas durante a minha viagem (feriado de carnaval) eles optaram por atender apenas hóspedes.
Eu fui apenas até a entrada principal para conhecer e achei o local realmente diferenciado.
Sobre os quartos não posso dar uma opinião fidedigna porque não cheguei a ver nenhuma acomodação pessoalmente, mas sei que existem várias categorias de quartos, cada nível com suas peculiaridades e facilidades.
Não sei se o que seria definido como “quartos meio velhos” para alguns seria a definição de decoração clássica para outros… definitivamente vou precisar voltar e me hospedar lá para tirar minhas próprias conclusões.
Mas se vale uma conclusão superficial: gostei do que vi e me pareceu ser o hotel perfeito para a minha próxima ida ao Vale dos Vinhedos.
Vinícola e Pousada Terragnolo: seria facilmente uma das minhas escolhas também, pois os quartos da pousada são amplos e possuem banheira de hidromassagem (cada quarto tem uma decoração diferente). Além disso, a Terragnolo é uma pequena vinícola familiar e acho interessante a experiência de me hospedar em vinícolas!
A localização é excelente: no coração do Vale dos Vinhedos. E o preço é bastante atrativo em relação ao tamanho e facilidades do quarto.
*Outra sugestão de hospedagem dentro de uma vinícola é na Casa Valduga. Para reservar uma opção de hospedagem na Casa Valduga é mais burocrático, pois eles não disponibilizam opção via Booking (isso me decepciona um pouco, pois gosto da facilidade de reservar tudo com poucos cliques).
Apesar da burocracia (você precisa entrar no site oficial e mandar um e-mail ou ligar para dar início à sua reserva), quem se hospeda lá garante valer a pena!
A Casa Valduga é a vinícola mais completa da região e em datas especiais há programações completas de entretenimento aos hóspedes. É um serviço diferenciado e provavelmente você nem vai querer sair de lá.
Pousada Cantelli, Casa Vêneto e Vinícola e Pousada Peculiare, Cappio Pousada: selecionei essas opções e as coloquei em grupo porque acho que elas possuem características similares.
São hospedagens no estilo boutique, em locais pequenos, aconchegantes, com poucas opções de quartos e bem reservadas.
Geralmente hospedagens nesse estilo são elogiadas pelo atendimento exclusivo e pela atenção aos detalhes. Todas essas opções sugeridas eu adoraria conhecer.
Pousada Cantelli: fica no Caminhos de Pedra.
Casa Vêneto: fica no Vale dos Vinhedos.
Vinícola e Pousada Peculiare: fica em Bento Gonçalves.
Cappio Pousada: fica em Bento Gonçalves.
Lote20 Hotel Boutique: mais uma opção interessante para quem quer o conforto de um hotel novo e bem recomendado em Bento Gonçalves.
Passei na frente e é um hotel realmente novo e bonito. Logo se nota que o diferencial do hotel é a sua decoração clean e elegante.
Os hóspedes costumam elogiar o café da manhã no jardim no estilo piquenique.
Hotel Casacurta: este hotel fica em Garibaldi e também foi uma das hospedagens que eu pesquisei para me hospedar (mas já estava lotado para as minhas datas).
O hotel é elegante, tem piscina coberta, academia e um restaurante super recomendado na região. Eu sou suspeita, porque amo e valorizo demais hospedagens que tenha um bom restaurante.
Para finalizar deixo algumas sugestões de hotéis tradicionais (porém bem recomendados) para quem quer economizar com hospedagem ou não se importa em reservar um hotel “mais comum” dentro da cidade:
Reservar a hospedagem ideal na rota dos vinhos realmente não é uma tarefa simples. São muitas opções interessantes e eu espero te conseguido ajudar com as minhas sugestões.
As vinícolas do Vale dos Vinhedos e roteiro do vinho
Ao fazer o roteiro do vinho, você terá a oportunidade de conhecer grandes vinícolas nacionais como a Miolo, Casa Valduga, Salton, Garibaldi (…), mas também pequenas vinícolas familiares, cujo atendimento é feito pela própria família proprietária.
Inclusive, acho legal lembrar que 90% das vinícolas nacionais são micro e pequenas empresas, e isso significa que durante a visita o turista tem contato direto com as famílias produtoras e envolvidas no processo de produção do vinho.
Você poderá conhecer vinícolas concentradas no próprio Vale do Vinhedos e também aos arredores e nas cidades vizinhas, que também fazem parte do roteiro do vinho.
Antes de começar as sugestões, infelizmente vou precisar jogar um balde de água fria em você:
Infelizmente você terá que aceitar a ideia que apenas uma viagem pela região é muito pouco para conhecer os atrativos que a rota dos vinhos oferece.
O lado bom da história é que se você gostar da viagem, poderá programar repetecos e nas próximas visitas incluir passeios diferentes.
Como não seria possível descrever todas as vinícolas aqui (nem tenho conhecimento sobre todas elas), selecionei as que considerei serem as principais. Assim fica mais fácil para você se programar e fazer as suas escolhas.
No meu ritmo de viagem deu para conhecer 3 vinícolas por dia. Mas atenção: a quantidade de vinícolas que você vai conseguir conhecer por dia, depende muito da programação que irá fazer em cada uma delas (quanto mais atividades programadas = mais tempo vai precisar em cada vinícola).
Luiz Argenta: é uma vinícola moderna e fica dentro da cidade de Flores da Cunha. Além das degustações, a vinícola conta um restaurante – Clô (focado em alta gastronomia) – com paredes em vidro e vista para os vinhedos. O Wine Bar fica em um antigo casarão, datado de 1929. Apesar de ser uma vinícola mais afastada, quem a visita diz não se arrepender.
É uma vinícola moderna, com possibilidade de visita interna para aprender sobre o processo de produção dos vinhos + degustação, além da possibilidade fazer a chamada “degustação às cegas”.
Monte Reale: também na cidade de Flores da Cunha, a Monte Reale tem uma fachada coberta por pedras e foi construída em 1970. Destaca-se por oferecer um piquenique em seu belo jardim em frente à vinícola – no piquenique é possível fazer degustação de vinhos, espumantes, cervejas e produtos regionais como queijos e fiambres.
As visitas guiadas pelas instalações terminam com degustação de vinhos, espumantes e cervejas artesanais – a experiência recebe o nome de Tour Enocervejeiro.
Para quem não dispensa um cardápio tradicionalmente italiano, mais uma dica é almoçar no restaurante da vinícola, que serve, dentre outros pratos, o galeto, tortéi e polenta frita.
Casa Perini: localizada no Vale Trentino, entre colinas e videiras. Mais de 100 anos após a chegada dos imigrantes italianos, a família Perini mantém viva a tradição de receber pessoas.
É possível fazer visita guiada (agendamento pelo e-mail [email protected] ou telefone 54 2109-7300 – consulte dias e horários de funcionamento no site oficial).
Outra sugestão é o wine experience, uma experiência sensorial olfativa que acontece com os olhos vendados. São apresentados 12 aromas, avaliados com o participante vendado. Ao final da experiência são degustados e comentados 6 rótulos. É necessário agendamento e confirmação pelo e-mail ou telefone indicados acima.
Cave Antiga: além da visita é possível fazer harmonização de vinhos com chocolates, queijos ou uma refeição harmonizada (almoço colonial apenas em datas específicas). Agendamentos: telefone (54) 3261 9637 ou [email protected].
Don Giovanni: vinícola de viticultura sustentável em Pinto Bandeira, que cultiva as uvas Chardonnay, Pinnot Noir, Merlot e Cabernet Franc. Ela não faz uso de fertilizantes químicos e produz o próprio adubo.
A visita é seguida de degustação de vinhos e espumantes e exige agendamento prévio. Se quiser uma experiência completa, o visitante pode se hospedar na pousada/casarão da vinícola.
A pousada é no casarão dos anos 1930 e possui apenas 7 quartos. Dormindo no local o visitante pode desfrutar de jantares harmonizados no final de semana.
Cave Geisse: fica em Pinto Bandeira (cerca de meia hora de carro de Bento Gonçalves), foi fundada em 1979 e tem como carro chefe a produção de espumantes.
O ponto forte é o seu espaço externo Open Lounge, onde o visitante pode aproveitar a estrutura criada sobre o gramado e apreciar tábua de frios acompanhada de um bom vinho.
Se for horário do almoço, ali pertinho fica o Champenoise Bistrô, que oferece menu sazonais e comida no estilo Slow Food.
Adega Chesini: fica em Farroupilha. É possível fazer visitação com degustação, almoço e jantar harmonizados.
Garibaldi: a Cooperativa Garibaldi é formada pela associação de 400 famílias. Está localizada no centro de Garibaldi. Destaque merecido para o seu espumante Moscatel, que já figurou na lista dos 100 melhores vinhos do mundo.
No tour o visitante é apresentado à história da cooperativa, da chegada dos primeiros imigrantes italianos em Garibaldi e aprende sobre o processo de elaboração do vinho no passado e nos dias atuais. A visitação é gratuita.
A Garibaldi oferece a experiência Taça e Trufa: degustação de vinhos e espumantes harmonizados com trufas artesanais, além de outros três tipos de degustações que variam conforme os rótulos.
Peterlongo: a Peterlongo está localizada na cidade de Garibaldi e foi pioneira no Brasil na produção de espumantes (apenas ela pode usar o termo “champagne” no rótulo, que é o termo exclusivo para espumantes produzidos em determinada região da França). No Tour Armando Peterlongo o visitante pode conhecer todo o processo de elaboração do vinho, os tanques de vinificação e a cave.
Destaque para o jardim no entorno do castelo, onde acontecem as degustações harmonizadas. A vinícola oferece duas opções de degustações harmonizadas que duram cerca de 1h30min. Exige reserva prévia.
Vinícola Lovara: atendimento pré agendado em decorrência da pandemia (consulte informações atualizadas diretamente no site oficial da vinícola). A vinícola oferece degustação harmonizada com bruschettas (5 bruschettas harmonizadas com 5 produtos da vinícola).
Salton: a Salton, localizada no chamado Vale do Rio das Antas (13 km de Bento Gonçalves), é uma vinícola centenária e sua arquitetura chama a atenção do visitante. Trata-se de uma das maiores produtoras de espumantes e vinhos do país. Dentre as opções de enoturismo está a degustação com harmonização de queijos e chocolates.
Para quem quer fazer o tour, há duas modalidades: o Tour Intenso (com degustação de cinco rótulos) e o Tour Gerações (degustação de seis rótulos premium, harmonizados com tábua de frios). É necessário reserva prévia diretamente no site oficial da Salton.
Aurora: localizada no centro de Bento Gonçalves, é uma Cooperativa Vinícola, formada por 1.100 famílias. Destaque para os rótulos Marcus James, Saint Germain, Conde de Foucauld, Country Wine, e Keep-Cooler.
A visitação é gratuita, e o tour leva aos segue barris de carvalho, tanques de inox e pipas de madeira. Por ficar no centro da cidade, não espere por lindas paisagens e parreirais.
Casa Valduga: a Casa Valduga (mundialmente conhecida por ter recebido destaque no livro: “1.000 lugares para conhecer antes de morrer”) uma das vinícolas mais apreciadas do Brasil, é a marca líder no segmento de vinhos e espumantes de luxo. Foi a primeira a introduzir o Enoturismo na Serra Gaúcha.
Além da visita diurna tradicional, a Casa Valduga também oferece visita noturna, em que é possível conhecer as caves subterrâneas, degustar vinho diretamente das barricas de carvalho e desfrutar de um jantar harmonizado. Exige reserva prévia.
Além da visita à estrutura da vinícola, os visitantes podem ter uma experiência gastronômica no restaurante Maria Valduga, que oferece pratos típicos harmonizados com os vinhos.
Para uma experiência ainda mais completa, é possível se hospedar nas Pousadas do complexo.
São 24 acomodações distribuídas nas Pousadas Raízes, Leopoldina, Identidade, Gran e Storia, batizadas com o nome dos vinhos ícones da Casa Valduga, unem o rústico ao moderno, associados ao charme de estar cercado por parreirais.
*A Pousada Identidade tem vista para o vale.
As visitações tradicionais acontecem diariamente, das 9:30 às 17h (horários de início: 09h30, 11h30, 13h30 e 15h30. Serão degustados 2 Vinhos Tintos, 1 Vinho Branco e 2 Espumantes. Valor R$ 70,00. Você pode comprar seu ingresso online.
Dom Cândido: essa vinícola familiar é vizinha da Casa Valduga, e foi fundada por Cândido Valduga em 1986. Cultiva seus vinhedos em pequenos lotes e produz vinhos somente com uvas próprias. Além das opções de degustações e tours guiados, destaca-se o passeio de trator aberto pelos vinhedos centenários e a pisa de uvas no período de vindima (janeiro a março). O restaurante, Videiras 1535, fica no interior da antiga cave e trabalha mediante reserva.
Miolo: fundada em 1897, a Miolo (foto da capa do post) é a maior exportadora de vinhos do Brasil. No tour o visitante conhece o Vinhedo Modelo, onde local estão as videiras, bem como os tanques, as barricas e caves. No final é feita a degustação.
O ponto alto é o Wine Garden: um piquenique nas áreas verdes da vinícola, composto por frios, empanadas, bruschetas e doces, acompanhados com vinhos Miolo. Exige reserva com antecedência.
A vinícola Miolo fica praticamente na frente do Spa do Vinho.
Lídio Carraro: denominada vinícola boutique Lídio Carraro, é uma das mais jovens vinícolas da região. As degustações (Premium, Top Premium e Raridades) são feitas na própria casa da família (não há opção de passeio pela parte interior da vinícola ou visita aos parreirais), em um ambiente intimista e experiência exclusiva. É necessário agendamento prévio.
Cave de Pedra: a vinícola tem uma arquitetura medieval, construída em pedra basalto, em meio a montanhas e vinhedos. Especialista na elaboração de espumantes pelo Método Tradicional.
Destaque para a possibilidade de fazer uma degustação às cegas: degustação de cinco amostras em ambiente adequado, indicada para desenvolver o olfato e o paladar e conseguir identificar as características da bebida e qual vinho está sendo apresentado.
Valores: R$ 50,00 / R$ 100,00 para aquisição da taça de cristal. Necessário agendamento de pelo menos 01 dia de antecedência. Horário: Segunda a sexta das 11h às 15h.
Pizzato: localizada em estradinha de terra onde já funcionou o antigo prédio da Vinícola Garibaldi, a Pizzato foi a primeira a operar no Brasil a partir do conceito de boutique, em 1999, e produz Merlot referência no Brasil.
A vinícola boutique oferece degustação de com com prova de oito vinhos e espumantes, acompanhados de tábua de frios e produtos selecionados da região, além de jantares harmonizados.
Almaúnica: considerada uma das mais modernas vinícolas do Vale dos Vinhedos (Bento Gonçalves), é uma vinícola familiar fundada em 2008 pelos irmãos gêmeos Márcio e Magda Brandelli, filhos de Laurindo Brandelli. A vinícola é bonita, tem um belo espaço verde na frente e a loja fica mais no alto. É possível fazer guiada pela e degustações com rótulos escolhidos pelo visitante.
Barcarola: especializada em vinhos autorais e produção em pequenos lotes com garrafas numeradas conforme a colheita do ano. A vinícola se destaca por cultivar uvas típicas da região de Trento, na Itália. É uma vinícola familiar e o atendimento bastante personalizado.
Don Laurindo: mais uma opção para quem gosta das vinícolas menores e mais intimistas. A vinícola oferece quatro tipos de degustações – Perlage, Prima, Ícone e Singolare, e os valores variam conforme a escolha. Após degustação o visitante pode conhecer a loja e o wine bar com opção de todos os rótulos.
Chandon: localizada em Garibaldi, é uma das vinícolas mais disputadas pelos turistas. Oferece um tour técnico, que explica o processo de fabricação do espumante, mas não recebe muitos visitantes por vez. Ao final do tour o visitante pode degustar seis rótulos. A visita precisa ser previamente agendada.
Cristofili: é uma pequena vinícola localizada na Rota das Cantinas Históricas, em Faria Lemos, que pertence a Bento Gonçalves. Além do almoço harmonizado, a Cristófoli oferece o Edredom nos Parreirais – tanto o almoço quanto o piquenique (Edredom nos Parreirais) são atividades bastante disputadas na vinícola, portanto é necessário reserva prévia).
Outras duas opções de atrações na vinícola são: o Tour Vinho e Paisagem, que normalmente é oferecido na parte da manhã ou o entardecer; e a pisa-uva no período de vindima. Ambas as atividades exigem reserva prévia.
Tivemos a oportunidade de fazer a atividade de pisa-uva, que acontece apenas durante a vindima (janeiro a março). Comprei com antecedência via site da vinícola e o valor foi R$ 169,00 por pessoa.
A atividade começa com a recepção do grupo, depois é servido vinho e merendim (pão colonial, queijos, salame, copa, uvas, vinhos e suco de uva) embaixo dos parreirais e os visitantes são chamados a fazer a pisa ao som de música tradicional ao vivo.
Confira aqui o vídeo que fizemos mostrando um pouquinho dessa experiência de pisa-uva.
Vinícola Dal Pizzol: a visitação guiada pelo chamado Parque Temático do Vinho conta a história da família e informações sobre o mundo da uva e do vinho. Durante a visita é feita a degustação de cinco rótulos selecionados pelo enólogo (valor R$ 60,00).
O ponto forte da vinícola é o Giardino Dal Pizzol, um jardim onde o visitante pode provar opções gastronômicas de um cardápio variado do chef e fazer a harmonizar com os vinhos e espumantes da casa. Funcionamento: aos sábados das 12h às 16h e aos domingos das 12h às 15h.
O Ristorante Dal Pizzol oferece almoços aos sábados e domingos (das 11h30min às 15h). O valor do almoço é R$ 80,00 e o cardápio é composto por sequência de massas, carnes, risotos e buffet de saladas.
Outra opção é o almoço harmonizado que acontece aos sábados, domingos e feriados às 12h e custa R$ 250,00 por adulto. O serviço exige agendamento prévio de 72h.
Estrelas do Brasil: vinícola de pequena produção dos sócios e proprietários Irineo Dall Agnol e Alejandro Alberto Cardozo Rapetti. Um dos pontos fortes da Estrelas do Brasil é a localização, no belo Vale Aurora. É recomendado fazer agendamento para visitação e degustação.
Larentis: fica no Vale dos Vinhedos e foi a vinícola que escolhemos para fazer nosso piquenique. É uma vinícola pequena/familiar muito bonita. O salão de recepção dos visitantes é moderno e o balcão para as degustações fica no centro. Com vista para os parreirais há mesas para os visitantes se acomodarem tomando um vinho acompanhado de petiscos.
O piquenique custa R$ 90,00 por pessoa (valor em fev/2021) e inclui uma cesta com pães, cuca, geleias, caponata, frios, uva e uma garrafa de vinho conforme sua escolha. Antes do piquenique há degustação de rótulos para a escolha de qual será o que acompanhará a cesta de piquenique.
O piquenique deve ser comprado e agendado com antecedência pelo site oficial da Larentis.
Passeio de trem Maria Fumaça
O passeio de trem Maria Fumaça passa pelo Vale dos Vinhedos e é uma experiência tradicional na região. É operado pela empresa Giordani Turismo e dura cerca de duas horas.
A locomotiva puxa seis carros e percorre 23 km, passando pelas cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa.
Durante percurso, nos vagões do trem, acontecem apresentações artísticas, degustações de vinhos, espumantes e sucos de uva.
Roteiro: embarque em Bento Gonçalves – o destino final é a estação férrea do município de Carlos Barbosa – retorno é feito de ônibus (leva os passageiros de volta para Bento Gonçalves). *Também da pra fazer o passeio no sentido contrário. Nesse caso, o ônibus leva os passageiros de Bento até Carlos e em Carlos parte a locomotiva em direção a Bento.
O ingresso mais barato inclui o passeio de Maria Fumaça e a entrada para o Parque Temático Epopeia Italiana, que fica ao lado da estação de Bento Gonçalves.
O Parque Temático Epopeia Italiana é um parque cênico, formado por diferentes cenários que contam a história de um casal de imigrantes italiano do final do século 19.
Por ser um passeio bastante procurado, o ideal é fazer o planejamento com antecedência, comprando ingressos com a Hannemann Turismo antes da viagem, que é a agência que me deu todo o suporte e traslado na Serra Gaúcha na viagem que fiz com minha família em março/2023.
A agência Hannemann Turismo, além de serviço de transfer privado, também oferece venda de ingressos e traslado para as atrações da região, reservas em restaurantes e passeios regulares. Leitores do Blog MV podem entrar em contato com a H Turismo Gramado (via WhatsApp ou mesmo direct no Instagram), apresentar o cupom “maladeviagem” e garantir 5% de desconto nos serviços contratados (exceto ingressos para as atrações).
*O diferencial do passeio é fazer o percurso em uma Maria Fumaça (locomotiva a vapor), mas tenha em mente que é um passeio bem turístico. Se você prefere passeios mais privativos e exclusivos, talvez essa não seja uma opção recomendada ao seu estilo de viagem.
Caminhos de Pedra
O Caminhos de Pedra é Patrimônio Histórico do RS, conforme prevê a Lei 13.177/09. Ele envolve um roteiro turístico de 12 quilômetros (fica a 15 minutos de Bento Gonçalves) que conta a história da colonização italiana em Bento Gonçalves no final do século XIX.
O passeio inclui gastronomia, prédios históricos e entretenimento. A maioria dos estabelecimentos são administrados por famílias descendentes dos imigrantes italianos.
Seguindo na estrada do Caminhos de Pedra, em direção a Pinto Bandeira, você poderá aproveitar para visitar as vinícolas Família Geisse e Don Giovanni. Para almoçar considere o Champenoise Bistrô.
O que incluir no passeio pelo Caminhos de Pedra: Parque da Ovelha (onde há uma criação de ovelhas bem fofinhas), Casa do Tomate, Casa da Erva Mate, Porão de Pedra e Casa da Tecelagem, Casa das Cucas Vitiaceri, Ladrilhos São Pedro, Casa das Massas, Casa Merlin (a maior casa de pedra de Bento Gonçalves – 3 pavimentos e 400 metros quadrados de área construída).
Vinícolas localizadas no Caminhos de Pedra: Lovara, Casa Fontanari, Salvati & Sirena.
Restaurantes no Caminhos de Pedra: Restaurante e Churrascaria Cavalet (diariamente – 11 às 14h), Restaurante Gran Magiar (sábado e domingo – 11h30min às 15h; segunda à sexta – 11h30min às 14h; à noite com reservas acima de 10 pessoas); Ristorante del Pomodoro (diariamente – 11h30min às 17h; à noite com reservas acima de 10 pessoas); Restaurante Nona Ludia (quarta a sexta – 11h30min às 14h; finais de semana e feriados – 11h30min às 15h); Casa Fracalossi Restaurante e Café Colonial (quarta a domingo – 10h30min às 11h30min e 14h30min às 17h30min para café colonial e 11h30min às 15h para almoço colonial); Casa Vanni (quarta a terça – 12 às 15h30min e 11h às 17h para o café), Casa das Cucas (diariamente – 9 às 18h), Restaurante Casa Ângelo (terça a domingo – 11h30min às 15h).
Você encontrará com facilidade atrações para um dia inteiro de passeio, incluindo vinícolas, restaurantes, atrativos naturais, produtos locais, casarões da época imigratória e muita história.
Restaurantes no Vale dos Vinhedos e no roteiro do vinho
Champenoise Bistrô: restaurante com menus sazonais, comida no estilo slow food, pratos preparados com ingredientes de produção própria ou produtores locais. Exige reserva e garantem ser essa uma das melhores experiências gastronômicas da Serra Gaúcha.
Casa Olga Bistrot: os pratos do menu são preparados com ingredientes da estação. O ambiente ;e uma viagem no tempo, com decoração composta por móveis e objetos antigos, como cristaleira e despertador de corda – literalmente um ambiente “casa de vó”, já que o restaurante funciona na casa da avó das chefs Morgana e Marta Perin, em Monte Belo do Sul.
Colheita Boutique Sazonal: localizado em Pinto Bandeira, com apenas dez mesas e uma charmosa vista para os vinhedos, o Colheita Boutique Sazonal trabalha no sistema menu-degustação e o menu é todo à base de ingredientes orgânicos e, sempre que possível, cultivados nas proximidades. Ideal para quem aprecia o conceito Slow Food, que valoriza o produto, o produtor e o meio ambiente. Exige reserva.
Galeto di Paolo: existem várias filiais do restaurante no estado (incluindo Porto Alegre, Gramado e Bento Gonçalves), mas a rede surgiu na cidade de Garibaldi, em 1994. A especialidade é o galeto al primo, marinado 24 horas antes de ser servido. Além do galeto é servida uma sequencia de acompanhamentos (sopa de capeletti, polenta, queijo, massas, saladas).
Restaurante Giratório: esse restaurante fica na cidade de Veranópolis, a 60 metros de altura. Enquanto os clientes almoçam, o restaurante gira lentamente (mas dizem que não dá para sentir o movimento, apenas da pra notar que está girando porque a paisagem lá fora vai mudando). O restaurante serve rodízio (galeto, carnes e massas).
Adega Chesini: o local serve almoço ou jantar harmonizado com os vinhos da casa. Exige agendamento prévio.
Trattoria Primo Camilo: localizado na cidade de Garibaldi, em um casarão de 1940 que pertencia à família Missiaggia.
Casa Giordani: fica no Vale dos Vinhedos e o ponto forte é a sequência de massas e grelhados (R$ 90,00 por pessoa/valor atualizado: fevereiro de 2021). Também é possível pedir os pratos no sistema à la carte.
Valle Rústico: localizado em Garibaldi, funciona no formato Menu Degustação (meu estilo preferido de gastronomia). Queria muito ter conhecido, mas não tivemos tempo suficiente… fica pra próxima.
Guri Cozinha de Origem: localizado no Vale dos Vinhedos, tem opções de pratos à la carte e também menu degustação, cuja proposta é resgatar os pratos típicos dos Pampas, com ingredientes e técnicas tradicionais de cocção da região. Os pratos são preparados em forno à lenha, na parrilla ou diretamente no fogo. O cardápio é sazonal.
Só descobri esse restaurante depois que voltei da viagem e me pareceu ser uma ótima opção para quem gosta de alta gastronomia.
Mamma Gema Tratoria: fica no Vale dos Vinhedos e serve carnes, massas e risotos. É um restaurante bastante recomendado na região.
Casa Madeira: restaurante italiano localizado no Vale dos Vinhedos e de propriedade da Famiglia Valduga.
Devorata Trufas Artesanais: trufas artesanais para os apreciadores de chocolate. Está localizadas na Estrada do Vinho (RS 444) – Vale dos Vinhedos.
Leopoldina Jardim: não se trata de um restaurante propriamente dito, mas sim de um espaço para entretenimento familiar, localizado no Vale dos Vinhedos e pertencente à Família Valduga.
O ambiente é aberto, com um extenso jardim para que os visitantes se acomodem e degustem cervejas, vinhos e iguarias. Também é uma opção para quem quer fazer um piquenique com direito à cesta típica e toalha xadrez estendida na grama.
E para completar a viagem, tivemos a sorte de encontrar a Bethina Baumgratz em Bento Gonçalves.
A Bethina é brasileira, mora na Itália (fizemos um ensaio com ela quando fomos a Veneza) e, para nossa sorte, estava visitando a família no Brasil na data da viagem pelo Vale dos Vinhedos.
Quando forem à Itália e quiserem um ensaio fotográfico incrível, entrem em contato com ela, pois ela arrasa nas fotos!
Compartilhe sua experiência: o que você incluiria nesse guia/roteiro pelo Vale dos Vinhedos e rota do vinho? Deixe sua dica aqui embaixo nos comentários!
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13 Comments
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Oi Anna! Você alugou carro e circulou pelo vale dos vinhedos de carro? ou alugou carro e mesmo assim utilizou serviço de motorista para ir nas vínicolas? Se você contratou motorista/transporte pra visitar as vinicolas, você teve total liberdade de definir o roteiro das vinicolas? Tem empresa pra indicar? Obrigada!
Faço aniversário de casamento no dia 17 de julho, gostaria de comemorar está dará fazendo um turismo com minha pela rota dos vinhedos.
É uma Boa data??? O que poderia aproveitar neste período???
Anna, e como fica a questão da degustação e direção. Como vcs fizeram?
Na época da viagem meu marido não estava ingerindo bebida alcoólica, então foi tranquilo.
Estou seguindo todas as dicas para minha viagem em maio a região!
Muito obrigado pelas indicações e pelo excelente trabalho do seu blog.
Saúde e Sucesso!!!
Incrível a riqueza de detalhes do seu post. Já vou seguir todas as dicas no meu primeiro tour pelo vale dos vinhedos. Obrigada por tanto!
Parabéns pelo seu texto e comentários! Muito útil. Estaremos viajando para a região em março/2022. Utilizaremos suas indicações! Abs
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