A Itália é um dos países mais turísticos do mundo. De norte a sul, todos os destinos fazem a cabeça de turistas dos quatro cantos da Terra! E num país com essa característica inerente, diferente não poderia ser com sua capital Roma: uma das cidades mais cobiçadas do planeta, onde se concentram o maior número e muitos dos mais importantes pontos turísticos históricos que conhecemos hoje.
Tanto é assim que Itália é um dos primeiros países eleitos como destino de férias de muitos brasileiros que pegam gosto pelo turismo internacional. Um destino romântico perfeito para casais em lua de mel; um destino histórico, perfeito para os turistas interessados em história e arte; um destino de boa culinária, perfeito para famílias que conseguem planejar dias de férias e confraternização além das fronteiras nacionais.
E numa primeira viagem à Itália, é claro que Roma é destino certo, afinal de contas é a cidade mais importante do país e uma das mais importantes do mundo desde os tempos antes de Cristo.
Além disso, Roma é a principal porta de entrada para os brasileiros que visitam a Itália. Ao lado de Milão, é “para onde” e “de onde” provavelmente encontrará os voos mais baratos.
Somado ao custo da passagem aérea, a localização privilegiada de Roma (centro da Itália), faz com que seja um bom ponto de partida tanto para quem tem como planos conhecer a parte norte do país, como quem viaja com roteiro planejado para o sul. De uma forma ou de outra, passar por Roma é praticamente inevitável!
Em junho de 2019 estive pela primeira vez na Itália e optei por conhecer o norte do país: confira aqui o guia completo para você planejar e organizar sua viagem pela Itália.
Gosta de vídeos? Então confira o roteiro completo de Roma que já está liberado no canal do Blog Mala de Viagem no Youtube – aproveita e se inscreve no canal para não perder nenhum vídeo (alguns deles estão disponíveis apenas para inscritos):
História de Roma
Uma cidade com mais de 2.500 anos, com uma história de fundação lendária envolvendo uma loba que amamentou dois irmãos gêmeos (Rômulo e Remo) em 753 a.C. Eis a cidade de Roma, a “Cidade Eterna” localizada na região do Lácio, e que hoje possui aproximadamente 2,8 milhões de habitantes.
Eu sei que vir aqui dizer que Roma é uma das cidades mais históricas do mundo, chega a ser uma afronta à inteligência de qualquer pessoa que esteja lendo esse post.
Basta nos lembrarmos um pouco das nossas aulas que tivemos no ensino fundamental e médio, que já temos uma ideia da dimensão histórica dessa cidade.
O fato é que, se assim como eu, você adora chegar no destino sabendo mais sobre os lugares que irá visitar, o que significaram, em que contexto histórico estão inseridos, quem construiu, etc… Recomendo dois canais no Youtube que me ajudaram muito a relembrar os meus tempos de escola e vestibular:
- Livro Dorri (tudo sobre Império Romano e Idade Média).
- Vomitando Arte (excelente para aprender um pouco sobre história da arte e os movimentos artísticos, inclusive com estudo de muitas obras de artistas italianos).
Se ainda não é um hábito, experiente estudar um pouquinho sobre o seu próximo destino mesmo antes de embarcar, pode apostar que a viagem será muito mais enriquecedora!
Informações gerais para quem vai a Roma
Voo: como eu disse acima, saindo do Brasil, as melhores opções de voo são os que chegam em Roma e em Milão (melhores preços).
A LATAM e a Alitalia possuem voos diretos para Roma ou Milão. Os voos (diretos) duram em média 12 horas.
Comprei as passagens com milhas Latam, mas sempre há boas promoções de passagens para Itália anunciadas no site “Passagens Imperdíveis“. Também vale a pena conferir os preços pelo “Skyscanner“, que costuma oferecer preços melhores do que na própria companhia aérea.
Fuso horário: a diferença de fuso horário entre Brasil e Itália varia entre cinco – quando se tem horário de verão somente na Itália – e três horas -quando se tem horário de verão apenas no Brasil.
Moeda: euro. O melhor a se fazer é já levar euro trocado, pois se levar real e lá trocar euro, a conversão será muito ruim. Cartão de crédito internacional também é uma opção adequada para quem não acha seguro levar dinheiro em espécie, o problema é que nesse caso terá que pagar o IOF de 6,38% em todas as transações.
Confira também aqui no blog MV: Compras no exterior – qual a melhor forma de pagamento?
Idioma: italiano. Tenha em mente que o inglês não é muito difundido entre os italianos, mas que você provavelmente não terá dificuldade em restaurantes, hotéis e pontos turísticos. Além disso, há muitas palavras em italiano de fácil entendimento para nós brasileiros. Não se preocupe, pois é possível se comunicar com um “mix” de palavra em inglês, italiano, espanhol e português (pode parecer estranho, mas eu tentava o inglês, se a pessoa não entendia, eu tentava o português ou espanhol e no fim dava certo).
Se você se sente inseguro em viajar para algum país por não sentir familiaridade com a língua, ter em mãos um celular com internet vai te ajudar muito.
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Segurança em Roma: não é comum crimes com violência na Itália, mas furtos (pickpockets) acontecem com frequência, principalmente em Roma, onde há muita concentração de turistas desatentos, admirados com as belezas da cidade.
Fique sempre esperto com seus pertences pessoais e nunca os deixe desassistidos.
Em restaurantes, o recomendado é manter a bolsa no colo, ao invés de apoiá-la na cadeira, por exemplo. No metrô, tire a bolsa ou mochila das costas e coloque todos os seus pertences dentro do seu campo de visão. Nos trens deixe suas malas sempre a vista ou amarre-as com corrente de bicicleta e cadeado.
Cuidado com os golpes: desconfie de pessoas pedindo para trocar dinheiro, oferecendo ajuda nas máquinas de metrô, oferecendo flores, brindes, pulseirinhas… É comum esses atos virem seguidos de extorsão.
Documentos: para ingressar na Itália é exigido dos brasileiros o passaporte válido (com pelo menos 90 dias de validade após a data prevista de para saída da Itália) e seguro viagem obrigatório – a Itália é país signatário do Tratado de Schengen.
No site do Seguros Promo você pode fazer uma comparação detalhada de maneira rápida e fácil os preços de diferentes de seguros ofertados, analisando qual possui o melhor custo benefício para a sua viagem. Contrate AQUI seu seguro viagem com desconto utilizando o cupom MALADEVIAGEM5.
Do brasileiro não se exige visto para ingressar na Itália, mas o limite de permanência no país é de 90 dias (assim o é em relação a todos os países-membros do Tratado de Schengen).
Quantos dias ficar em Roma?
O ideal é reservar 4 dias para conhecer o principal de Roma.
Eu sou acelerada e não costumo parar muito para descansar durante o dia, então consegui finalizar todo o meu roteiro em 3 dias completos.
Porém, se eu tivesse pelo menos mais 1/2 dia em Roma, incluiria a Villa Borghese, que tive que deixar de fora.
De qualquer forma, se possível for, reserve 4 dias para Roma, pois reconheço que meu ritmo de viagem é bem acelerado e a maioria das pessoas prefere fazer as coisas com mais calma e parar para descansar ao longo do dia.
Outro ponto relevante é a época da viagem: se você for no outono e inverno, os dias são mais curtos, então 4 dias será essencial (talvez até 5 dias, caso seja inverno e esteja escurecendo muito cedo).
Por outro lado, durante a primavera e verão, os dias são muito longos e praticamente rendem por 2. Com disposição, é possível incluir programação até lá pelas 21 horas, pois ainda estará claro.
Confira aqui meu roteiro completo pela Itália.
Viaje com pouca bagagem
Quem vai à Roma, não vai somente à Roma. Provavelmente sua viagem incluirá várias outras cidades da Itália e quanto menos bagagem tiver, mais fácil será essa locomoção interna.
Com o tempo aprendi que as viagens com muitos destinos (aquelas famosas viagens “pinga-pinga”), são as que menos devemos levar bagagem, pois abrir e fechar mala a cada 2 ou 3 dias só não será um tremendo desconforto, se você não tiver muita coisa para tirar e guardar a cada novo hotel que passar.
Se não conseguir viajar somente com mala de bordo, considere levar uma mala de bordo + uma mala de tamanho médio para duas pessoas.
Foi exatamente o que fizemos e isso foi essencial para que pudéssemos levar todos nossos pertences de um lado a outro, sem grande dificuldade.
Para poupar mais espaço, levei um sáculo à vácuo para guardar as roupas sujas no decorrer da viagem.
Inclusive, para ajudar quem tem dúvidas em como fazer uma mala prática, fiz um vídeo mostrando o passo a passo de como planejei e organizei tudo que levaria para Itália:
Para essa viagem, fiz pedido da minha mala de bordo Primicia no site Portal das Malas.
O Portal das Malas é um site confiável e prático para quem quer comprar malas, mochilas e acessórios para viagem de qualidade e com ótimos preços. Sempre há boas promoções.
Inclusive, leitor do blog MV, além dos descontos já computados no próprio Portal das Malas, tem mais 5% de desconto com o cupom BLOGMALADEVIAGEM – clique aqui para comprar sua mala com mais desconto.
Chegando em Roma
O Aeroporto Fiumicino (Leonardo da Vinci) fica a 26 km de Roma e é o aeroporto mais movimentado da Itália.
Se você chegar pelo Fiumicino, poderá ir para o seu hotel contratando um transfer, que foi a nossa opção, pegar o ônibus da empresa Terravision ou o trem que liga o aeroporto até a Estação Termini em Roma, chamado Leonardo Express.
Trem: no próprio terminal do aeroporto há saídas até a estação Termini, no centro de Roma. Existem 2 tipos de trem, o expresso e o parador. Se pegar o Leonardo Express, sua viagem será direta, com duração de 30 minutos (valor em 2019: € 14,00). Horário de funcionamento: 6:38 às 23:38.
O trem da linha Fara Sabina (parador) custa € 8,00 (2019), para em outras estações e leva 1 hora para chegar na cidade. A chegada não será na estação Termini (para ir até a Termini será necessário descer na estação Roma-Ostiense ou na Roma-Tiburtina e pegar um metrô a partir dali).
Ônibus: o ônibus da empresa Terravision sai do terminal 3 e vai até a estação Termini. A viagem até o centro de Roma demora de 40 minutos a 1 hora e custa 6,00 € (2019).
Transfer: foi a opção que escolhemos, pois queríamos aproveitar ao máximo nosso tempo na cidade e ter a comodidade de chegar rapidamente ao nosso hotel. Após um voo de 12 horas (acompanhados de um jet lag básico), nada melhor do que ter o conforto de ir direto ao hotel, sem se preocupar com mais nada.
Ao desembarcar, nosso transfer já estava nos aguardando na porta do desembarque com uma plaquinha escrito “Anna – Mala de Viagem”!
Nosso transfer foi reservado com Ingrid do IG @em_roma. A Ingrid é brasileira e mora em Roma há anos. Além de organizar como ninguém os serviços de transfer e passeios com motoristas, ela arrasa nas dicas de Roma – vale a pena acompanhá-la no Instagram.
Como se locomover em Roma
Pés e pernas para que te quero! Não conheço ninguém que tenha ido turistar em Roma e não voltou dizendo: “em Roma a gente andou muito“. Isso é um fato, então recomendo já se preparar com antecedência. Ainda que você tenha um bom preparo físico, recomendo umas caminhadas para ir treinando o pé.
E foi justamente essa parte que me pegou: as dores no pé. E por isso que aqui vai uma segunda dica: use e abuse de tênis confortáveis.
No primeiro dia quis colocar um tênis “relativamente” confortável. O resultado? 3 bolhas no pé logo de cara e uma unha esmagada que até hoje continua preta… Então não esqueça disso e coloque o tênis na mala o tênis mais confortável que tiver (na verdade recomendo uns 2 tênis, para que haja um revezamento).
Meus preferidos são os modelos New Balance, pois combinam com praticamente tudo (calça, shorts, saia, vestido…). Para essa viagem, no entanto, levei um Nike, não tão confortável quanto os meus New Balance, mas cumpriu bem o papel!
Além dos tênis, levei um chinelinho (usei nos momentos que sabia que a andança não seria superior a 5 ou 6 km) e uma sapatilha (que foi peso à toa e espaço na mala jogado fora, pois não usei nenhuma vez).
O chinelinho foi útil, principalmente para os momentos em que meu pé estava massacrado de tanto ser apertado pelo tênis, mas a sapatilha ficou sem função, justamente porque pegava bem nas partes que já estavam doloridas.
E não precisa assustar ou fazer cara feia quando eu digo que a principal forma de locomoção em Roma é caminhando. Isso é assim justamente pelo fato de que a cidade é um “museu a céu aberto” – todos os lugares por onde você passa há algo a ser visto. Usar ônibus, taxi ou metrô, muitas vezes te obstará de conhecer os pontos turísticos do caminho.
Claro que os meios de transporte também serão utilizados nos deslocamentos, e isso vou explicar agora:
A depender da localização da sua hospedagem, você precisará de um transporte para chegar até o centro histórico. E esse foi o meu caso, pois fiquei hospedada próximo à estação Termini.
No primeiro dia (bem como na manhã do último dia), fui até a estação Termini, peguei o metrô até a Praça Espanha e de lá comecei o meu roteiro.
No segundo dia, novamente fui até a estação Termini, peguei o metrô até o Coliseu e de lá comecei o meu roteiro.
No terceiro dia, mais uma vez fui até a estação Termini e peguei o metrô até o Vaticano.
Além do metrô, também usei o ônibus e o tram (trem de superfície) para ir até o bairro de Trastevere (melhor bairro para comer em Roma).
Compramos o bilhete de transporte público válido por 72 horas ao custo de 18 euros (preço por pessoa). Esse bilhete vale para todos os tipos de transporte público.
Para saber se vale a pena pra você, faça uma média de quantas vezes pretende usar o transporte e quanto ficaria se fosse pagar individualmente pelos bilhetes. No nosso caso, chegamos à conclusão que “empatamos” dinheiro, pois teria dado na mesma ter comprado separado ou não (o bom é que com o bilhete único, você não precisa ficar comprando um novo bilhete cada vez que precisar).
Outra opção é o Roma Pass, um cartão turístico que oferece acesso ilimitado à toda rede de transporte público e entrada prioritária em algumas atrações de Roma, além de desconto em outras.
- O Roma Pass de 48 horas custa € 28,00, incluindo transporte público + 1 atração.
- O Roma Pass de 72 horas custa € 38,50 e inclui transporte público + 2 atrações.
Fica a dica: nunca pegue um ônibus sem o passe válido, pois embora não haja fiscalização a todo momento, se acontecer de um fiscal entrar em uma das paradas e você estiver sem o bilhete, será multado. De todas as vezes que pegamos transporte público na Itália, os fiscais entraram apenas uma vez, e nessa ocasião vimos muito turistas sendo multados. Não arrisque andar sem o passe e/ou sem validá-lo no interior do ônibus ou tram.
Por ser uma cidade repleta de ruínas, a rede de metrô de Roma não cobre muitas partes da cidade, então analise qual será seu roteiro e onde fica a parada mais próxima. Da Praça Espanha é possível ir caminhando até grande parte dos pontos turísticos.
Não usei Uber nem taxi em Roma. Ouvi dizer que o Uber estava acabando, mas como não usei, não sei como está a situação hoje. Taxi a mesma coisa: não senti necessidade, mas eis uma opção para aquele momento em que você está cansada e o ponto de ônibus ou metrô mais próximo fica a quase 2 km.
Por fim, vale ressaltar: se estiver fazendo sua viagem pela Itália de carro, quando chegar em Roma considere devolver o carro, pois ele não será útil por lá, visto que não é permitido o trânsito de carro alugado pelo centro histórico, considerado Zona de Tráfego Limitado (ZTL).
No post – Guia completo da Itália – eu expliquei melhor sobre as áreas consideradas ZTL e a multa que recai sobre quem circula por elas sem autorização.
Onde se hospedar em Roma
Reservei o Hotel Alpi (4 estrelas), próximo à estação Termini. O hotel é categoria conforto (alguns quartos melhores e maiores que os outros), bem limpinho, mas sem luxo. Só não fiquei muito satisfeita com a cama (foi a pior cama da viagem).
Reservei a diária com café da manhã e valeu a pena, pois era bom.
Esse hotel é uma boa opção se você quer ficar próximo a principal estação de trem e metrô de Roma. Porém, se quer ficar próximo aos principais pontos turísticos da cidade, recomendo encontrar algum hotel perto da Fontana de Trevi, Praça Espanha ou Panteão.
Ficar próxima à estação Termini é ideal para quem chega ou sai de Roma utilizando trem. Por outro lado, precisa sempre pegar um metrô ou ônibus para ir até o centro histórico.
Considerando que viajei no início da alta temporada e os preços das hospedagens estavam elevados, não me arrependi da escolha que fiz. Todavia, numa segunda vez em Roma, vou preferir um hotel na região do Panteão, que foi a área que mais me agradou.
O bairro de Trastevere também é super agradável, embora recomende uma hospedagem ali apenas se for sua segunda vez em Roma (em razão da distância dos principais pontos turísticos).
Assim como as demais cidades por onde passamos, Roma cobra a taxa de turismo.
Na hora do check-out no hotel, você deverá pagar essa taxa, que é cobrada por pessoa e por dia de hospedagem na cidade. O valor da taxa varia de cidade para cidade (3, 4, 5 euros, por exemplo).
Confira aqui mais opções de hospedagem em Roma.
Outra opção de hospedagem muito difundida na Itália é o Airbnb. Muita gente opta pelo Airbnb em razão dos preços (na maioria das vezes mais atrativos do que os preços dos hotéis), possibilidade de cozinhar em casa, ter mais liberdade e até mesmo escolher melhor a localização desejada.
Reserve seu Airbnb pelo nosso link e garanta um ótimo desconto na sua primeira reserva.
Onde comer em Roma
Eu sou a única pessoa que eu conheço que não gosta de massas, então já aviso de antemão que não visitei a Itália focada em gastronomia.
Aliás, para ser sincera, almocei gelato praticamente a viagem toda… Porém, como tenho um blog de viagem e trabalho arduamente para que ele seja visto por vocês como um blog referência, mesmo sem ser fã da culinária italiana, procurei ir atrás de dicas gastronômicas valiosas e pegar recomendações de amigos e seguidores que consideram a Itália um dos melhores países do mundo para comer!
Para começar, recomendo o bairro de Trastevere para almoçar e/ou jantar.
Fomos duas vezes: uma para almoçar e outra para jantar. Fiquei encantada com o charme de Trastevere. É muito fofo!
Restaurantes em Trastevere:
- Grazia & Graziella (fui e gostei – ótimo atendimento e um Tiramisù maravilhoso de sobremesa);
- Tonarello;
- Ombre Rosse;
- Trattoria Carlo Menta (conhecido como um bom lugar para “comer bem, pagando pouco”).
Delícia de Tiramisù Achei o preço muito bom!
Frente da Trattoria Carlo Menta Trastevere é uma graça
Indicações de amigos:
- Angelina (perto do Coliseu);
- Pizzeria Luzzi (perto do Coliseu);
- Al Moro (uma amiga disse que, para ela, é o melhor restaurante de Roma);
- Trattoria Vecchia Roma;
- Corsetti 1921;
- Osteria dele Coppelle (Piazza delle Coppelle, 55 – perto do Panteão);
- Osteria da Fortunata (Via del Pellegrino, 11 – perto do Campo d’Fiori);
- Cantina e Cucina (Via del Governo Vecchio, 87, perto da Piazza Navona);
- 200°Gradi (Piazza Risorgimento, perto do Vaticano);
- Ristorante Flavio Al velavevodetto (Via di Monte Testaccio, 97);
- Ginger Sapori e Salute (restaurante com produtos orgânicos e naturais).
Sobremesas:
- Pompi (há várias lojas espalhadas por Roma) – o tiramisù Pompi já foi eleito o melhor de Roma;
- Gelateria Della Palma (perto do Panteão) – a gelateria com maior número de sabores que fomos na Itália (são mais de 150). É o paraíso para os intolerantes à lactose como eu, pois lá você encontra diversas opções de gelatos veganos;
- Gelateria Gioliti (que até já recebeu visita ilustre do Obama);
- Todos os gelatos da cidade! Sério mesmo: não provei nenhum gelato ruim na Itália todinha (e olha que eu só tomo os sem leite por conta da intolerância).
Cafés e chás
- Antico Caffè Greco (fica na Via Condotti, 96) – é o segundo mais antigo da Itália (fundado em 1760), ficando atrás somente do Florian de Veneza. O café tem muita história e já reuniu grandes pensadores da Itália e artistas de todas as nacionalidades no século XIX. Passaram pelo lugar pessoas importantes culturalmente para o mundo, como Schopenhauer, Stendhal, Orson Welles Franz Liszt e Wagner. Dizem que o atendimento não é bom (eu não fui), mas que é um lugar legal para conhecer;
- Sala Babington (Piazza di Spagna, 23) – uma casa de chá criada em 1893 e com bela vista para a Plaza di España.
Água potável em Roma
Se não quiser, não precisa pagar 2 dólares numa garrafinha de água a cada vez que sentir sede.
Há muitas fontes de água potável em Roma. Encontre aqui a mais próxima de você.
Roteiro de 3 ou 4 dias em Roma
Roma – dia 1
Piazza Espanha
Recebeu o nome de Piazza del Spagna, pois lá se encontra a embaixada espanhola.
No centro da praça está a Fontana della Barcaccia, projetada por Pietro Bernini e finalizada pelo filho, a pedido do papa Urbano III.
A bela escadaria faz com que a praça seja um dos lugares mais procurados para se ver um belo por do sol em Roma. Não fui nesse horário, mas li essa dica em muitos blogs quando estava montando meu roteiro.
Ao final da escadaria de 135 degraus está a Igreja Trinità dei Monti.
A região da Piazza Espanha é ótima para “andar à toa”, contemplar vitrines e fazer compras de artigos de luxo (as lojas de grife estão todas nessa área).
Se estiver com tempo, aproveite para conhecer o Antico Caffè Greco (1760) ou a Sala Babington, que mencionei quando falei dos lugares para comer em Roma.
Piazza del Spagna Piazza del Spagna
Alto da escadaria da Piazza Fontana della Barcaccia
Fontana di Trevi
Construída no século XVIII, a Fontana di Trevi é a maior (cerca de 26 metros de altura e 20 metros de largura) fonte barroca da Itália.
A fonte ficava no cruzamento de três estradas e marcava o o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos que abasteciam a cidade.
O costume romano de erguer uma fonte no final dosaqueduto, ressurgiu no século XV, com o Renascimento e, em 1453, o papa Nicolau II determinou o conserto do aqueduto de Acqua Vergine.
Em 1629, o papa Urbano VIII encomendou a Bernini alguns desenhos, visando a criação de uma nova fonte. Com a morte do papa, o projeto foi abandonado, embora haja detalhes provenientes das ideias de Bernini na atual fonte.
O fato é que a Fontana di Trevi é o símbolo de Roma e, por isso, está sempre lotada de turistas. O ideal passar por lá duas vezes, sendo que uma delas precisa ser logo ao amanhecer (se quiser vê-la quase vazia).
Diz a lenda que se você jogar uma moeda com a mão direita, por cima do ombro esquerdo, virado de costas para a fonte, seu retorno à Roma estará garantido. Por conta dessa tradição, mais de 1 milhão e meio de euros são arrecadados a cada ano.
Garantindo… …meu retorno à Roma
Panteão
Localizado na Piazza Della Rotonda, o Panteão foi construído no Império Romano (século I) para homenagear os deuses romanos. Foi encomendado por Marco Vipsânio Agripa durante o reinado do imperador Augusto e, posteriormente, reconstruído pelo imperador Adriano por volta do ano de 126.
Possui uma planta circular e um pórtico com imensas colunas coríntias de granito, mas o que mais impressiona no edifício é sua imensa cúpula vazada – que quase dois mil anos depois de ter sido construído, ainda é a maior cúpula de concreto não reforçado do mundo.
O centro da cúpula é aberto e, considerando que não há janelas, essa é a única fonte de luz. O curioso é quando chove: há um sistema de drenagem no piso que remove a água da chuva.
Após a instituição do catolicismo como religião oficial do Império Romano, o Panteão se tornou uma igreja, e os deuses romanos substituídos por símbolos católicos, e é considerado uma das estruturas mais bem preservadas da Roma antiga.
No Panteão estão enterrados: Rafael, Vittorio Emanuele II, o Rei Umberto I e sua esposa.
A entrada é gratuita e o funcionamento é das 8:30 às 19:30 de segunda a sábado, e das 9 até às 18 horas aos domingos.
Panteão Romano Panteão Romano
Igreja de Santa Maria Madalena
Conhecida como La Maddalena, é uma igreja barroca dedicada a Maria Madalena e localizada na Via della Maddalena, uma das ruas que partem da Piazza della Rotonda (Panteão).
Piazza Novona
Pertinho do Panteão (5 minutos caminhando), está uma das praças mais famosas de Roma.
E é na Piazza Novona que está a famosa Fonte dos Quatro Rios de Bernini (expoente do Barroco), feita no século XVII, que simboliza os 4 rios mais importantes da época: o Rio Nilo, na África; o Rio Danúbio, na Europa; o Rio Ganges, na Ásia; e o Rio da Prata, na América.
A praça ficou ainda mais famosa (entre os turistas) depois de ter aparecido em um momento importante do filme Anjos e Demônios.
Ao redor da praça há vários restaurantes também.
Piazza Novona Fonte dos Quatro Rios de Bernini
Campo de Fiori
Campo de Fiori é a praça onde Giordano Bruno (frade católico) foi queimado durante a inquisição (lá há uma estátua em sua homenagem).
Giordano foi capaz de desafiar os dogmas da igreja do seu tempo, fazendo sínteses entre diferentes correntes religiosas, espirituais, espiritualistas, filosóficas e pagãs. É considerado um verdadeiro mártir da igreja e contribuiu para avanços significativos, vistos como além do seu tempo.
É uma boa opção de lugar para almoçar, fazer um aperitivo ou jantar, pois a praça possui vários restaurantes agradáveis em seu entorno.
Além dos restaurantes, diariamente acontece uma feira de produtos locais entre 9 e 15 horas.
Ensaio fotográfico com a Nicolli – @ensaionaitalia
No final da tarde encontramos a brasileira Nicolli Turqueti – IG @ensaionaitalia – para um ensaio descontraído pelas ruas de Roma.
Nosso ponto de encontro foi a Piazza Venezia, onde está o Altare della Patria, onde começamos a fotografar.
Dali partimos caminhando pela parte externa do Fórum Romano, passamos pelo Mercado e Fórum de Trajano, por várias ruazinhas charmosas, para enfim chegar ao Coliseu.
Roma tem uma infinidade de lugares maravilhosos para fotografar e você pode escolher os de sua preferência. Mas se tiver dúvida, peça sugestão da Nicolli, que tenho certeza que ela dará ótimas sugestões.
O resultado ficou ótimo (inclusive você pode conferir as fotos aqui nesse post), o passeio foi super agradável e, além das fotos, rendeu altas risadas e uma boa amizade!
Recomendo muito fazer um ensaio fotográfico em Roma, pois as fotos são as melhores lembranças que ficam da viagem.
Circo Massimo
Onde aconteciam as corridas de bigas no período do Império Romano e hoje é um parque público.
Foi a maior arena de entretenimento de Roma: situada no vale entre o Aventino e o Palatino, tinha 621 metros de comprimento e 118 metros de largura, com capacidade para cerca de 150.000 espectadores
Não há muito o que ser visto, além de um imenso campo, mas tivemos que passar por ele para chegar até às margens do Rio Tevere.
Se também fizer esse caminho, aproveite para observar o Palatino pelo lado de fora.
Bocca della Verità
Próximo à Basílica de Santa Maria in Cosmedin, está a Bocca della Veritá, que fica atrás dos portões da igreja. Diz a lenda que se contar uma mentira com a mão na boca da estátua, ela arranca a sua mão.
Lungo il Tevere
É uma feira que acontece no verão às margens do Rio Tibre (também conhecido como Rio Tevere), com diversas barracas e restaurantes (ideal para um aperitivo). Em 2019 a feira acontece de 8 de junho (fomos logo no primeiro dia) até 3 de setembro, das 19 às 02:30 horas.
Melhor vista do Coliseu Margem do Rio Tibre/Rio Tevere
Roma – dia 2
Coliseu, Palatino e Fórum Romano
A entrada para o Coliseu inclui também a entrada no Palatino e Fórum Romano.
Chegar ao Coliseu é fácil, pois há linha de metrô – chamada Colosseo (linha B do metrô) – que para bem na frente. Se for de tram, pegue a linha 3, que é a que para mais próximo.
Também é possível chegar até lá de ônibus, pegando as linhas 75, 81, 175, 204 ou 673.
A terceira opção é comprar o ticket do ônibus turístico Hop On Hop Off, que passa pelas principais atrações turísticas da cidade, podendo embarcar e desembarcar quantas vezes quiser.
Fiz a visita com horário marcado e comprei o ingresso diretamente no site oficial.
Optei por comprar ingresso para o primeiro horário do dia (8:30) – foi bom porque entrei bem rápido no Coliseu, e foi ruim porque depois que sai do Coliseu com destino ao Palatino e Fórum Romano, o sol estava mega forte e o passeio se tornou exaustivo. Seria legal ter feito o Coliseu num dia cedo e os outros 2 no outro dia pela manhã ou mesmo no final da tarde. Confesso que com o solzão na cabeça, não aproveitei tanto o passeio.
Você verá que há várias opções de ingressos diferentes e os preços variam bastante. Os mais caros incluem visita aos subterrâneos e/ou ao último andar do anfiteatro (que são áreas que exigem presença de guia).
São opções de ingressos:
- Ingresso adulto
- Ingresso adulto com audioguia ou vídeo-guia
- Ingresso para cidadão da União Europeia
- Tour guiado com acesso aos subterrâneos e/ou ao último andar do Coliseu
Em determinadas épocas do ano também é possível comprar ingresso para a visita notura, que tem como ponto positivo visitar uma das 7 maravilhas do mundo sem um mundaréu de turistas ao seu lado, mas, em contrapartida, provavelmente não renderá fotos muito boas, a menos que você tenha uma câmera própria para fotos noturnas.
Comprei o ingresso adulto com vídeo-guia (20 euros por pessoas). Tinha opção de áudio em Português (de Portugal), então foi uma ótima escolha.
Quando comprar o ingresso, selecione a opção para imprimir na sua casa (nesse caso, você receberá o ingresso por e-mail para impressão). Por equívoco meu (e minha mania de fazer tudo apressada), não selecionei essa opção e, o resultado foi ter que trocar o ingresso na hora: recebi apenas um número de confirmação no e-mail e tive que ir até um quiosque (na frente da fila de entrada para o Coliseu) e retirar o ingresso (perdi uns 15 minutos).
Confira no blog Fui Ser Viajante todas as informações e dicas para sua visita ao Coliseu.
Parte interna do Coliseu Parte externa do Coliseu
Se você prefere fazer um tour guiado pelo Coliseu, Palatino e Fórum Romano, bem como facilitar a organização da sua viagem, comprando os ingressos para as atrações num só lugar, recomendo que o faça pelo Get Your Guide, pois a plataforma oferece entradas para atrações, tours, passeios em grupo ou privado no mundo todo. Comprando com antecedência você agenda o horário e evita filas.
Os ingressos para o Coliseu são válidos por 2 dias consecutivos e, como eu disse acima, inclui acesso ao Palatino e ao Fórum Romano.
Embora eu não recomende isso, algumas pessoas chegam em Roma sem ingresso comprado e arriscam comprar na hora. Se esse for o seu caso, compre o ingresso na entrada do Palatino/Fórum Romano, pois a fila é muito menor e o ingresso também de dará posterior acesso ao Coliseu.
O problema de não ter hora marcada é que, ainda que você consiga comprar seu ingresso na hora, no caso de se verificar lotação máxima no Coliseu, será necessário esperar até esvaziar e ser possível novas admissões.
O melhor a se fazer é se programar e comprar seu ingresso com antecedência, pois viajar até a Itália para ficar perdendo tempo (além do necessário) em filas, não é uma boa opção.
Se estiver na dúvida quanto ao dia e horário pré-agendado, a melhor opção será comprar o ingresso pelo Get Your Guide, pois a plataforma admite o cancelamento com até 24 horas de antecedência e procede o reembolso integral dos ingressos.
Um pouquinho de história:
Na lista das 7 maravilhas do mundo moderno, o Coliseu (Anphitheatrum Flavlum) recebe anualmente mais de 6 milhões de visitantes, ficando atrás apenas da Grande Muralha da China.
O Coliseu, maior anfiteatro da Itália, foi construído pelo Imperador Vespasiano no ano de 72 d.C. e inaugurado em 80 d.C. por seu filho e imperador Tito.
Possui 188 metros de comprimento, 156 metros de largura e 57 metros de altura. A capacidade era para cerca de 50 mil espectadores.
Em 400 anos, milhares de animais e homens foram mortos naquela arena que fomentava a política do pão e circo. Até batalhas navais já foram feitas dentro da arena, que era inundada de água para o evento.
Outra curiosidade é que o mármore que revestia a arena foi saqueado e utilizado para a construção de igrejas, inclusive a Basílica de São Pedro, no Vaticano foi construída com mármore do Coliseu.
Para saber mais sobre a história de alguns dos imperadores romanos, bem como sobre o Coliseu e “política do pão e circo”, recomendo a série Roman Empire, disponível na Netflix.
Em frente ao Coliseu você verá o Arco de Constantino, que é um dos mais importantes arcos de Roma e foi construído em 315 d.C. para comemorar a vitória de Constantino contra Massêncio.
A vista ao Palatino e ao Fórum Romano exige bastante caminhada. Fundamental ir de tênis, pois o chão é todo irregular.
O Monte Palatino é o local onde Rômulo construiu a primeira base de Roma no século 8 a.C.
Conforme a lenda da função de Roma, os gêmeos Rômulo e Remo foram criados no Monte Palatino pela loba e, depois de matar o irmão, Rômulo teria fundado uma aldeia, que deu origem à Roma.
No século I a.C, o Palatino era o endereço mais cobiçado da cidade. Inclusive, a maioria dos imperadores construíam suas residências no Monte Palatino.
Ao visitar o Palatino, conheça as cabanas de Rômulo, a casa de Augusto e Lívia e o estádio – principais pontos de interesse no local.
Palatino palatino
O Fórum Romano era o centro monumental da vida política, comercial e judiciária da antiga Roma. Ali existiam praças, feiras, prédios importantes do governo, termas, palácios, jardins e edificações. Hoje é possível ver uma infinidade de ruínas.
Fórum Romano Fórum Romano
Não fiz, mas recomendo o tour guiado ao Palatino e Fórum Romano, pois é difícil entender o que eram aquelas ruínas apenas procurando no Google.
Depois que atravessar o Fórum Romano, você chegará à Praça do Capitólio.
Praça do Capitólio
A Praça do Capitólio ou Piazza del Campidoglio foi projetada por Michelangelo, assim como a renovação das fachadas dos palácios ao redor – Palazzo dei Conservatori e Palazzo Senatorio (que abrigam os Museus Capitolinos).
A Piazza é uma das 7 colinas históricas sobre as quais Roma foi fundada, e hoje é considerada uma das “praças do poder” de Roma, pois ali está a sede do Comune de Roma, que equivale ao nosso conceito de prefeitura.
Da lateral esquerda da praça e da sua parte posterior é possível ter uma vista panorâmica do Fórum Romano.
Durante o Império Romano, o Imperador Augusto construiu no local um templo dedicado a Marte, cujas ruínas estão atualmente dentro dos Museus Capitolinos.
Os Imperadores Adriano e Marco Aurélio remodelaram o lugar, tornando-o um local destinado ao culto de divindades.
Na idade média a praça passou a ser sede de instituições da administração da cidade, como permanece até hoje (com as devidas adaptações).
Entre os anos de 1534 e 1538, Michelangelo remodelou a Piazza del Campidoglio, que antes tinha posição oposta (virada para o Fórum Romano).
Michelangelo também projetou a Cordonata (nome da escada por intermédio da qual se tem acesso à praça) e teve a ideia de colocar na praça a estátua do Imperador Marco Aurélio, que antes ficava na praça em frente à Basílica Papal de São João de Latrão (atualmente, a estátua da praça é uma réplica, sendo que a original está dentro dos museus Capitolinos).
Nos Museus Capitolinos estão obras que datam desde os tempos dos etruscos, Império Romano, Renascimento, chegando até o dias atuais. A principal obra lá encontrada é a Lupa/Loba Capitolina – que, segundo a lenda da criação de Roma, teria encontrado e alimentado Rômulo e Remo.
Outras obras famosas encontradas nos museus: fragmentos da estátua colossal de Constantino (313-324 d.C), o Busto da Medusa (1644-1648), o quadro Bom Ventura de Caravaggio (1595) e a estátua equestre de Marco Aurélio.
Piazza del Campidoglio Cordonata
Altare della Patria – Monumento a Vittorio Emanuel II
O Altare della Patria é um monumento em homenagem a Vittorio Emanuel II, o primeiro Rei da Itália unificada.
Considerado o Pai da Pátria, foi o primeiro rei da Itália no período de 1861 até 1878.
O monumento está entre a Piazza Venezia e o monte Capitolino. Foi projetado por Giuseppe Sacconi em 1885 e inaugurado em 1911.
É possível subir até o mirante ter uma bela vista da Piazza Venezia. À direita há uma portinha que dá para um terraço com vista para o Coliseu, Foro Romano e Mercado de Trajano.
Achei o monumento fantástico, mas ouvi dizer que ele não agrada muito os residentes da cidade, pois, com seus 135 metros de largura e 70 metro de altura (todo em mármore), “escondeu” todas as ruínas romanas que se tinha visão antes de sua construção.
A entrada é gratuita, mas o local é cheio de regras: não pode usar tripé fotográfico, não pode sentar nas escadas (embora eu tenha esquecido desse detalhe e tenha sentado sem querer)…
Altare della Patria Monumento a Vittorio Emanuel II
Tour privado com o Gustavo – @roleinroma
Para finalizar as atividades do dia, fizemos um tour privado com o Gustavo do IG @roleinroma (contato por e-mail: [email protected]).
Ir a Roma e não fazer um tour histórico chega a ser um crime! Por mais que você estude antes de ir, pesquise tudo sobre as atrações, passeios e dados importantes sobre a cidade, quando chega lá surgem milhares de dúvidas!
O Gustavo é praticamente meu vizinho de cidade natal (ele é de Londrina e eu de Maringá/PR) e já está morando em Roma há algum tempo. O fato principal dessa conversa, é que ele é apaixonado por história e nos deu uma aula prática e ilustrativa sobre o Império Romano.
Começamos nossa “aula prática” em frente ao Coliseu, caminhamos até um parque de onde se tem uma vista fantástica para o anfiteatro, passamos pelo Arco de Constantino, parte externa do Palatino, ruínas dos aquedutos romanos, caminhamos toda a extensão do Circo Massimo, visitamos o Jardim das Rosas (Rome Rose Garden), O Buraco da Fechadura*, o Giardino degli Aranci ou Jardim das Laranjeiras (uma das mais lindas vistas da cidade), passamos pelo Templo de Hércules, paramos para ouvir explicações sobre as ruínas de antigas casas romanas que encontramos no caminho e finalizamos no Altare della Patria.
*O Buraco da Fechadura: o l Buco della Serratura fica no bairro Aventino, perto do Circo Máximo. Logo após passar pelo Giardino degli Aranci (Jardim das Laranjeiras) e pelas igrejas de Santa Sabina e Santo Alessio, está a Piazza dei Cavalieri di Malta e a Villa del Priorato dei Cavalieri di Malta, cujo acesso ao público é limitado (exige-se guia e só é permitido poucas vezes ao ano).
Mas a viagem não está perdida, pois é permitido aos curiosos, literalmente olhar pelo buraco da fechadura e ter uma bela surpresa: a linda cúpula da Basílica de São Pedro.
Esqueça tentar tirar foto com celular, pois não vai sair nada e você só vai atrasar a fila! Não seja essa pessoa chata! Porém, se tiver com uma câmera profissional, o resultado será incrível e você estará perdoado por fazer os demais curiosos esperarem um pouco mais.
Mais uma vista mara do Coliseu O lindíssimo Rome Rose Garden
Nada como passear por Roma na companhia de alguém que mora lá e que sabe tudo sobre a história local! Fechou o segundo dia da viagem com chave de ouro.
Recomendo demais o tour privado com o Gustavo – @roleinroma, principalmente para quem gosta de passar pelos monumentos e ruínas históricas e saber do que se trata, contextualizando-se na história. Reserve uma parte do seu dia para essa atividade tão especial e enriquecedora!
Trastevere
Trastevere é uma das regiões administrativas de Roma. O bairro está situado na margem ocidental do rio Tibre e ao sul do Vaticano.
Pra jantar, nada melhor do que um dos restaurantes do charmoso bairro de Trastevere – para mim, o lugar mais aconchegante e fofo de Roma.
Roma – dia 3
Dia reservado para conhecer o Vaticano.
Para chegar ao Vaticano, basta pegar a linha A do metrô (linha vermelha) até a estação Ottaviano. Não tem erro.
O Vaticano abre de segunda-feira a domingo, das 7 horas até o por do sol.
O nome Vaticano vem da colina na qual as terras papais estão situadas. E a colina em si é nomeada em homenagem a um deus etrusco chamado Vaticanus, responsável por fazer o bebê chorar pela primeira vez após o parto. Pois é, por mais estranho que possa parecer, o Vaticano, que é um estado católico, mas possui o nome de um deus pagão.
Durante o Império Romano, na área que hoje é o Vaticano, foi construído o Circo de Nero, onde inúmeros cristãos foram mortos, incluindo São Pedro, que foi crucificado de ponta cabeça no local.
Do lado de fora do circo ficava a Necrópole, onde estavam os túmulos daqueles que foram cruelmente mortos no Circo de Nero.
Quando o Império Romano passou a ser cristão (Imperador Constantino), o lugar se tornou sagrado, pois ali estava o túmulo de São Pedro. E foi isso que deu nome à Basílica de São Pedro, construída em cima do sepulcro de São Pedro, considerado o primeiro Papa da igreja católica.
Em 1929 foi fundado do Estado do Vaticano pelo Tratado de Latrão, reconhecendo aquelas terras como pertencentes à Igreja Católica, e tendo como chefe de Estado, o Papa.
No Vaticano, duas coisas são imperdíveis: visita aos museus do Vaticano e visita à Basílica de São Pedro.
Dica bônus: a forma mais acertada de fazer a visita é começando pelos museus do Vaticano (compre ingresso com antecedência e horário marcado) e depois conhecer a Basílica de São Pedro, pois logo que você sai do primeiro, você já está na entrada da igreja.
Piazza São Pedro e obelisco egípcio do Circo de Nero Cúpula da Basílica de São Pedro
Piazza São Pedro e cúpula da basílica Piazza São Pedro e obelisco egício
Museus do Vaticano
Nos Museus do Vaticano você poderá contemplar, dentre outras, grandes obras de Michelangelo e Rafael, além, é claro, da magnífica Capela Sistina, cujo teto foi pintado por Michelangelo, a pedido do Papa Julio II, no século XVI, retratando 9 cenas do Gênesis e o Juízo Final (até hoje é um dos afrescos mais reproduzidos em todo o mundo).
Além disso, visitando os museus, ainda poderá passear pelos jardins do Vaticano.
Comprando o ingresso:
Comprei com antecedência, com horário marcado, pelo site oficial.
Entrada: 17 € pelo ingresso + 4 € pela compra online (para evitar fila).
Ao abrir o site oficial, escolha a opção em inglês, clicando no botão “Enter”.
Na próxima página você poderá escolher entre as opções “Visita Noturna”, “Ingressos comuns”, “Tours guiados em grupo”, “Tours exclusivos guiados”, “Café da manhã combinado com ingresso comum” e “Tours guiados para grupos acima de 16 pessoas”. Eu escolhi a opção de “Ingressos comuns” = “Admission Tickets”.
Em seguida abre uma nova página: clique na opção do “Vaticano e Capela Sistina”.
Em seguida insira o mês que deseja visitar o Museu e a quantidade de pessoas. A próxima página lhe permitirá escolher o dia e depois o horário da visita.
Definido o horário da visita ao Museu do Vaticano, escolha a categoria de
preços do seu ingresso. Há opção do ingresso para adultos e opção com valor reduzido para os menores de 18, maiores de 6 anos e estudantes com menos de 26 anos mediante apresentação de identificação estudantil ou carteira de estudante internacional.
Também é possível optar pela ingresso com áudio guia (Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Japonês, Coreano, Chinês e Russo). Para crianças de 6 a 12 anos existe ingresso especial com itinerário desenhado.
A próxima página é a do pagamento. Coloque os dados do seu cartão e as informações pessoais solicitadas.
Confirme a operação com o código de segurança e aperte o botão “Accept the estimate and Proceed with the reservation”.
Confirmado o pagamento, você receberá o ingresso por e-mail. Imprima e o apresente na entrada do Museu do Vaticano.
Se você prefere fazer um tour guiado pelos museus do Vaticano, bem como facilitar a organização da sua viagem, comprando os ingressos para as atrações num só lugar, recomendo que o faça pelo Get Your Guide, pois a plataforma oferece entradas para atrações, tours, passeios em grupo ou privado no mundo todo. Comprando com antecedência você agenda o horário e evita filas.
Basílica de São Pedro
Antes de ingressar na basílica, você chegará na Praça de São Pedro, que é a porta de entrada do Vaticano. Em seu centro está um obelisco egípcio, único resquício do antigo Circo de Nero.
A praça foi projetada por Bernini e seu formato simboliza um grande abraço, como se a igreja estivesse acolhendo seus fieis. É ali na praça, onde, a cada novo conclave, católicos aguardam e escolha do novo papa.
A Basílica de São Pedro é a maior igreja cristã do mundo e foi inaugurada no século XVII (depois passou por reformas e ampliações), é também um dos edifícios mais visitados do mundo.
Possui 218 metros de comprimento e 136 de altura. Concluída em 1626, levou 120 anos para ficar pronta. Sua construção reuniu os maiores artistas renascentistas do mundo e hoje é patrimônio mundial da UNESCO. Seu projeto passou pelas mãos de muitos arquitetos da época, incluindo Rafael e Michelangelo.
No centro, debaixo da magnífica cúpula, está o baldaquino projetado por Bernini, em bronze e estilo barroco. Ali é o altar central da igreja e abaixo dele fica a tumba de São Pedro.
A outra grande obra a ser visita dentro da Basílica de São Pedro é Pietá, do Michelangelo. A obra fica logo que você entra na igreja, do lado direito. Tamanha perfeição e orgulho com seu trabalho, foi a única obra que Michelangelo fez questão de assinar.
Baldaquino – Bernini Pietá – Michelangelo
Não precisa comprar ingresso para ingressar na Basílica de São Pedro, pois a visita é gratuita.
Você só precisa de ingresso se quiser subir na cúpula.
No meu caso, que queria subir na cúpula e evitar filas, optei por chegar cedo na Basílica e ir direto para a cúpula (comprei o ticket na hora mesmo e não tinha fila ainda, pois era antes das 9 horas da manhã).
Minha logística não foi a melhor, pois subi até a cúpula, visitei a igreja e depois precisei ir caminhando até os museus do Vaticano. Porém, se eu tivesse deixado para subir na cúpula após visitar os museus, correria o risco de pegar fila e desistir. Enfim… de uma forma ou de outra, saiba que é possível fazer.
Funcionamento: a Basílica São Pedro funciona das 7 às 18:30 de outubro a março, e das 7 às 19 horas de abril a setembro. A cúpula abre 1 hora depois e fecha 1 hora antes.
Subida à cúpula: existem duas opções, a primeira é pegar o elevador até o terraço e depois mais 320 degraus a pé = 8€; a segunda é fazer todo o trajeto pela escada (551 degraus) = 6€ (valores com referência na minha viagem em junho de 2019).
Antes da viagem estava na dúvida entre subir ou não até a cúpula. Decidi ir e gostei bastante, pois a vista que se tem da Praça de São Pedro lá de cima é maravilhosa. Só estando lá para conferir a dimensão.
Vestuário: a regra de etiqueta para entrar na Basílica de São Pedro é rígida: não pode ombros, barriga e joelhos de fora (tanto para homens quanto para mulheres). Na dúvida, leve um lenço ou pashmina para se prevenir.
Castelo de Sain´t Ângelo
Construído no ano de 139 pelo Imperador Adriano (então conhecido como Mausoléu de Adriano ), à margem direita do Rio Tibre, hoje é um museu, mas no passado foi uma prisão e, posteriormente, um forte/refúgio para proteção dos papas em períodos de instabilidades políticas.
*Quem assistiu o filme Anjos e Demônios irá se lembrar que um corredor liga o castelo até o Vaticano, garantindo a fuga de papas que estejam sob ameaça de algum ataque.
É possível combinar uma visita ao Castelo de Santo Ângelo no mesmo dia que for ao Vaticano, pois o castelo fica em Trastevere (não é longe, é possível ir caminhando).
E será que vale a pena visitar o museu?
O Museu Nacional do Castelo de Santo Ângelo (Museo Nazionale di Castel Sant’Angelo) possui acervo pequeno, composto por armas/materiais bélicos e armaduras.
Algumas salas que foram utilizadas papas, mantém as pinturas originais e algumas obras de arte do Vaticano.
A descrição não me convenceu (até porque eu não tinha tempo sobrando), mas quem visita o museu, diz que o ponto alto da visita (literalmente) é o terraço do castelo, chamado Terraço do Anjo, de onde se tem uma bela visita de Roma e do Vaticano.
Valor do ingresso: 14 euros (podendo variar conforme a época do ano e/ou eventuais exposições).
Funcionamento: diariamente, das 9 às 19:30.
Compras em Roma
Além da região no entorno da Praça Espanha, recomendo a Via del Corso e Via del Babuino para quem quer fazer umas comprinhas na cidade.
Roma – dia 4
Nesse dia acordamos bem cedinho para fotografar na Fontana di Trevi “sem ninguém”. Não saiu como o esperado, pois já tinha um tanto significativo de pessoas.
Conseguimos fotos boas, mas nenhuma totalmente de frente. Pegamos uma área lateral e ficou ok, pelo menos não saiu ninguém na foto… Porém, se você quiser uma foto sozinha na Fontana di Trevi, chegue antes das 6 horas da manhã.
Aproveitamos que ainda era cedo e fomos até o Panteão. Ele sim ainda estava bem vazio!
Piazza del Papolo
O próximo ponto foi a Piazza del Papolo (Praça do Povo), considerada uma das principais praças de Roma, onde, no passado, aconteciam execuções em praça pública.
Na piazza você encontrará a Igreja Santa Maria del Popolo, que foi uma das primeiras igrejas renascentistas da cidade, construída no século XI sobre o sepulcro de Nero.
Depois já tivemos que voltar para hotel organizar as coisas e partir para o próximo destino (Florença).
Pois bem, se você tiver mais tempo em Roma, fica aqui a sugestão de continuação do roteiro:
Arquibasílica de São João de Latrão
Trata-se da igreja mais antiga do ocidente, datada do ano de 324 d.C. Foi ali que o Papa viveu antes da construção do Vaticano e é tão grande quanto a Basílica de São Pedro.
Por toda a sua história e homenagem aos santos João Evangelista e João Batista, ela é chamada de arquibasílica, e está acima de todas as igrejas católicas, incluindo a própria Basílica de São Pedro.
Basílica de Santa Maria Maior
Foi a primeira igreja do ocidente dedicada à Virgem Maria. É uma das 4 igrejas do mundo que possuem o título de Maior. Todas as 4 ficam em Roma e têm relação com o Papa.
Os mosaicos que decoram seu interior são da era paleocristã (arte do início do cristianismo). Foi nela que São Ignácio de Loyola rezou a sua primeira missa, em 1538, e onde Bernini está enterrado.
Villa Borghese
Eis um lugar que adoraria ter conhecido, mas tive que deixar para próxima oportunidade.
A Villa Borghese Pinciana é um palácio localizado no monte Pinciano, dentro do segundo maior parque da capital italiana: os belos Jardins da Villa Borghese.
A Galeria Borghese é considerada um dos museus mais importantes de Roma, com acervo composto de pinturas de artistas como Rafael, Tiziano e Caravaggio.
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