Madri foi uma grata surpresa. Uma cidade linda, limpa e muito organizada. Pessoas elegantes caminhando pela rua, um clima agradável e a impressão de que as pessoas não vivem naquela loucura de horários cronometrados como os quais estamos acostumados por aqui.
Confesso que já ouvi algumas críticas sobre a capital espanhola por aí, mas minha opinião foi bem diferente de qualquer opinião negativa que você possa ter lido.
Embora Madri não seja uma cidade repleta de pontos turísticos famosos e lugares “must go” para visitar, o que senti foi uma capital onde a qualidade de vida é prioridade, a comida agrada até mesmo os paladares mais exigentes e a beleza do conjunto merece ser admirada.
Os 3 dias que passamos por lá, curtindo sem horários rígidos e sem roteiro 100% definido, foi fundamental para recuperar o fôlego do ritmo frenético que enfrentamos na Turquia e recuperar as energias para os dias em Barcelona que estavam por vir.
Considero que 3 dias em Madri é um bom tempo para curtir a cidade sem necessidade de fazer nada correndo.
Por outro lado, se quer apenas ter uma visão geral da cidade, curtir um pouco do seu clima e culinária, sem se prender a muitos detalhes, 2 dias na capital do país também te renderá boas lembranças.
Vai estender a viagem até Barcelona? Confira aqui o guia completo de Barcelona.
Fuso horário em Madri
O fuso horário em Madri é o mesmo do restante da Espanha peninsular. Corresponde ao meridiano +1 de Greenwich, e como o fuso de Brasília corresponde ao -3, então, normalmente, em Madri (e na Espanha em geral) são 4 horas mais tarde do que no Brasil (horário de Brasília).
Na Espanha há horário de verão, com início no último domingo de março e término no último domingo de outubro.
Moeda e idioma em Madri
A peseta, antiga moeda da Espanha, foi substituída pelo euro em 2002.
Atualmente, o euro é a moeda utilizada nos seguintes países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta e Portugal.
O idioma oficial é o espanhol, mas muita gente também fala inglês como segunda língua.
Imposto IVA e restituição
O principal imposto pago pelo consumidor na Espanha é o IVA (imposto sobre o valor agregado). Lojas, transportes, hotéis, atrações, restaurantes, todos cobram IVA.
Na Espanha você, na condição de turista, pode requerer a restituição do IVA, mas essa devolução só é possível no caso de compra de produtos.
Para ter direito à restituição do IVA (Tax Free), você precisa morar fora da União Europeia e comprar mais do que 90,15 euros em determinada loja (e essa loja deve participar do programa de tax free).
Na hora da compra, ao gastar mais do que o valor mencionado, pergunte sobre o Tax Free e apresente o seu passaporte.
No aeroporto você deverá procurar o setor de restituição do imposto IVA (são empresas credenciadas: Global Blue e Premier Tax Free), apresentar a nota fiscal correspondente à compra, o formulário que o vendedor lhe forneceu no momento da compra, seu passaporte e, às vezes, o produto comprado.
Lembrando que a devolução do IVA só abrange produtos, ou seja, não vale para gastos com restaurantes, passeios, hospedagem, aluguel de carro e serviços em geral.
Eletricidade e padrão das tomadas em Madri
A voltagem em Madri é 220 volts e as tomadas são do padrão europeu, com dois pinos redondos.
Funcionamento das lojas e estabelecimentos
Os espanhóis não são de acordar cedo. O ritmo na Espanha, incluindo a capital Madri, é bem diferente do que estamos acostumados no Brasil.
Na maioria da Espanha a tradição da siesta depois do almoço continua presente.
As lojas menores (estabelecimentos familiares) abrem por volta das 10 horas e fecham às 14 horas para o almoço e abrem novamente às 17 horas e fecham por volta das 21 horas.
Lojas de departamento e franquias não fecham durante o almoço.
Também senti diferença no horário de almoço: não adiantar chegar antes das 13 horas para almoçar, pois, provavelmente, o almoço ainda não estará sendo servido. Inclusive, alguns restaurantes abrem apenas às 13:30.
Por outro lado, os madrileños são bastante ativos no período da noite. Notei que mesmo tarde – 22, 23 horas – a cidade se mantinha movimentada, com bares e restaurantes funcionando a todo vapor, independente do dia da semana.
“Sair de tapas” é uma expressão muito comum por lá, utilizada para definir o famoso happy hour depois do trabalho (mas, que lá, acontece bem mais tarde, já que o horário de expediente de trabalho é diferente do nosso).
Por outro lado, antes das 9, 10 horas da manhã, a cidade ainda dorme e o ritmo do dia começa desacelerado.
Gorjetas
Na Espanha as gorjetas não são obrigatórias. A prática comum é apenas arredondar a conta ou deixar algo do troco na mesa.
Documentação
Passaporte válido e seguro viagem obrigatório.
O Tratado de Schengen é um acordo firmado entre 26 países europeus, que visa estabelecer a livre circulação dos visitantes nos países participantes. Esse Tratado também estabeleceu a obrigatoriedade da contratação de um seguro viagem no valor mínimo de € 30.000 euros para todos os turistas. O objetivo dessa regra é garantir que o visitante possa pagar as possíveis despesas médicas surgidas durante a viagem, inclusive em caso de óbito.
Os seguintes países participam do Tratado: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, República Tcheca, Suécia, Suíça, Liechtenstein, Chipre.
Os únicos países europeus que não participam do Tratado atualmente são: Reino Unido, Irlanda, Croácia, Romênia e Bulgária.
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Não é necessário visto nem vacina contra febre amarela para ingressar na Espanha.
Segurança em Madri
Não há grandes números de crimes com violência em Madri, mas furtos acontecem com frequência.
Fique sempre esperto com seus pertences pessoais e nunca os deixe desassistidos.
Em restaurantes, o recomendado é manter a bolsa no colo, ao invés de apoiá-la na cadeira, por exemplo.
No metrô, tire a bolsa ou mochila das costas e coloque todos os seus pertences dentro do seu campo de visão.
Melhores épocas para visitar Madri
O inverno é rigoroso, o verão é intenso e as temperaturas mais amenas são encontradas durante o outono e primavera.
Inverno (21 de dezembro a 20 de março): 4 a 16º C.
Primavera (21 de março a 20 de junho): 11 a 27º C.
Verão (21 de junho a 22 de setembro): entre 25 e 31º C (às vezes chega aos 40 º C).
Outono (23 de setembro a 20 de dezembro): próximo aos 25º C em setembro e 10º C em dezembro.
*Atenção: essas temperaturas são apenas indicativos do tempo que você poderá encontrar conforme cada época do ano. Porém, cada vez tem sido mais difícil confiar em previsões climáticas, pois frequentemente vemos invernos com cara de verão e vice-versa.
Meses com maior risco de chuva: outubro, novembro e dezembro.
A alta temporada coincide com os meses de verão e período de férias escolares na Espanha. Nessa época, além do calor intenso (maior probabilidade), os preços sobem e os lugares ficam muito cheios (principalmente nos meses de julho e agosto).
Se tiver mobilidade, de preferência aos meses de maio, junho, setembro e outubro, pois as temperaturas são mais amenas (nem muito frio, nem calor intenso) e a cidade está mais tranquila (não são meses de alta temporada).
Como chegar em Madri
Madri está no centro da Península Ibérica. A localização estratégica permite comunicação fácil com as cidades mais importantes da Espanha.
O acesso a outros países também é fácil, seja utilizando trem ou avião (com opções de companhias aéreas low cost).
Madri tem apenas um aeroporto, chamado Aeropuerto Adolfo Suárez Madrid-Barajas (MAD), mais conhecido omo Barajas, que é o nome da pequena cidade onde fica o aeroporto.
Trata-se do maior aeroporto da Espanha e um dos maiores do mundo. Conta com 5 terminais (T1, T2, T3, T4 e T4S) e é dividido em 2 complexos.
O mais antigo concentra o Terminal 1, o Terminal 2 e o Terminal 3. O complexo mais novo fica a dois quilômetros do antigo e concentra o Terminal 4 e o Terminal 4 Satélite (T4S).
Terminal 1 (T1): usado principalmente para voos internacionais fora da zona Schengen e operados por companhias aéreas que não fazem parte da aliança Oneworld.
Terminal 2 (T2): usado principalmente para voos nacionais e voos internacionais dentro da zona Schengen e operados por companhias aéreas que não fazem parte da aliança Oneworld.
Terminal 3 (T3): é uma extensão do T2.
Terminal 4 (T4): usado pelas companhias aéreas da aliança Oneworld, inclusive a Iberia e a LATAM.
Terminal 4 Satélite (T4S): é uma extensão do T4, conectada a ele por um trem subterrâneo.
Há um ônibus gratuito que conecta os terminais T1, T2, T3 e T4. Para ir do T4 ao T4S, há um trem subterrâneo.
Opções para sair do aeroporto:
Metrô: há uma estação do metrô no Terminal 2 (T2) e outra no Terminal 4 (T4). A linha que chega ao aeroporto é a linha 8 (linha rosa). Custo: entre 4,50 e 6 euros, a depender da passagem/distância.
Trem: essa opção pode ser até mais rápida que o metrô, principalmente para quem vai até Atocha ou Chamartín. A estação de trem do aeroporto está no Terminal 4 (T4). Custo: incluso se comprado o “combinado cercanías” do trem-bala e 2,60 euros comprado separado.
Ônibus Línea Exprés Aeropuerto: o custo é 5 euros (paga direto ao motorista). O ônibus para na frente dos terminais T1, T2 e T3, e é bem fácil encontrar.
Táxi: opção mais rápida e confortável e também a mais cara. Preço aproximado: 35 euros, além do suplemento de aeroporto. Deixe para utilizar táxi só de realmente não tiver outra opção (seja em razão do horário do seu voo ou quantidade exacerbada de malas que dificultem o deslocamento de transporte público).
Principais estações de trem
Estação Puerta de Atocha: localizada no sul de Madri, e é a maior estação da capital. Atocha é a base da maioria de rotas do trem-bala espanhol, especialmente em direção ao sul e leste do país, bem como a linha internacional com destino a Paris.
Se você está chegando de Barcelona, Sevilha, Valência ou Zaragoza, seu trem chega em Atocha.
Há uma estação do metrô de Madri dentro de Atocha, chamada de Atocha Renfe – linha 1 (azul claro).
Estação de Chamartín: está localizada no norte de Madri e é a segunda estação mais importe da cidade, bem como o ponto de partida das rotas rumo ao noroeste da Espanha, o AVE de Segóvia e Valladolid e a rota internacional com destino a Lisboa.
Há uma estação do metrô de Madri dentro de Chamartín, com o mesmo nome da estação de trem, pertencente às linhas 1 (azul claro) e 10 (azul escuro).
Utilizando metrô em Madri
Adorei o transporte público em Madri (preferi Madri à Barcelona nesse quesito) e me dei muito bem com o metrô, que chega a quase todos os pontos turísticos da cidade.
O metrô de Madri possui 12 linhas, cada uma identificada por um número e uma cor. A maioria das linhas corta o centro da cidade e todas elas se entrecortam, permitindo realizar combinações e baldeações.
Os trens circulam entre 6 da manhã e 2 horas da madrugada, de segunda a domingo, inclusive feriados.
Em relação às passagens, optei por comprar a opção chamada Metrobús, uma passagem múltipla contendo 10 viagens de metrô ou ônibus. O cartão é compartilhável, de modo que 10 viagens poderão ser feitas, podendo ser compartilhado (exemplo: se está viajando em casal, cada um poderá usar 5 viagens).
Essa opção de “10 viagens” não inclui o trajeto até o aeroporto – inclui apenas Metro Zona A + ML1 (linha 1 de metro ligero) + Autobuses EMT (ônibus). Portanto, se quiser sair ou voltar ao aeroporto de trem, precisa comprar separado o bilhete chamado “aeropuerto”.
Valor do metrô “10 viagens” em 2019: 14,70 euros.
O bilhete único também é vendido nas estações. Nesse caso, o valor depende da quantidade de estações que sua viagem for percorrer. O valor mínimo inclui 5 estações.
A terceira opção é o Billete Turístico, que permite viagens ilimitadas em todos os transporte público (metrô, trem e ônibus) dentro de Madri e região (“Comunidad Autônoma”). Há passes válidos para 1, 2, 3, 5 e 7 dias, e os passes são pessoais e intransferíveis.
O Billete Turístico também permite acesso ao trem que te leva a Toledo, Aranjuez, Alcalá de Henares e El Escorial. É ideal para quem quer usar muito o transporte público.
*Assim como funciona para o metrô, também funciona para o ônibus de superfície (que também são eficientes), que circulam entre 5:30 e 23:30 horas e a passagem é comprada com o próprio motorista, que trocam as notas de até, no máximo, 5 euros (lembre-se de levar dinheiro trocado).
Madrid Card e Billete Turístico
O Madrid Card é um passe turístico válido por 1, 2, 3 ou 5 dias.
O preço do passe inclui o ingresso para mais de 50 monumentos e museus. Entre os museus, estão os mais importantes de Madri, como o Prado, o Reina Sofía, o Thyssen-Bornemisza, o Arqueológico Nacional ou o Caixa Fórum, e lugares de interesse turístico como o Estádio Bernabéu, o Palácio Real de Madrid, o Palácio Real de Aranjuez, o Jardín Botánico e Teatro Real.
O Madrid Card tem acesso express ao Museo do Prado, Museu Thyssen-Bornemisza, Centro Nacional de Arte Reina Sofía, Palacio Real, Museo de Cera e ao tour do Estadio Bernabéu (quem compra o Madrid Card não precisa enfrentar fila nesses lugares).
O Madrid Card não inclui a utilização de nenhum transporte público.
O Billete Turístico é um passe de transporte válido por 1, 2, 3, 5 ou 7 dias. O passe permite utilizar, de forma ilimitada, todos os meios de transporte de Madri e da Comunidade Autônoma de Madri, incluindo o metrô, ônibus e rem.
O Billete Turístico não inclui o acesso às atrações turísticas de Madri.
Para saber se valerá a pena comprar um ou outro, você precisará fazer as contas de quantos dias ficará na cidade e quais atrações pretender visitar.
Sugestões de hospedagem em Madri
Se você escolher um hotel perto de uma estação de metrô, já será um bom início.
Para se orientar melhor, aqui vão as principais características dos bairros mais indicados para hospedagem:
Puerta del Sol e Gran Vía: é a região mais central de Madri, com muitas atrações turísticas, lojas e restaurantes. É a área mais movimentada.
El Retiro e El Prado: região com muitas áreas verdes e parques.
Madrid de los Austrias: é a zona com a maior concentração de lugares de interesse turístico de Madri.
Barrio de las Letras: conta com muitas lojinhas, restaurantes e uma vida noturna agitada.
Barrio de Salamanca e Serrano: bairro de classe alta que tem início no Parque del Retiro e se estende na direção norte. A Calle Serrano é a rua mais famosa de compras de Madri.
Chueca e Malasaña: bairros que estão em alta (Chueca é a principal região gay de Madri). Contam com poucos hotéis e apartamentos, mas são boas indicações para quem gosta de compras, restaurantes e lugares alternativos.
Eu me hospedei no Hotel Claridge Madri, um hotel 4 estrelas confortável (mas simples) localizado bem próximo ao metrô.
O hotel fica relativamente perto ao Parque do Retiro (da para ir caminhando até ele) e o fato de ter linha de metrô a poucos metros, facilitou em muito a locomoção.
O que fazer em Madri? Sugestão de passeios
Madri é uma cidade muito agradável para caminhar e fazer roteiros a pé. Portanto, esteja disposto a andar, que irá curtir o melhor que a capital espanhola tem a oferecer.
O uso do transporte público, sobretudo o metrô, também facilita a locomoção. A cidade é organizada, as pessoas são bonitas, elegantes e felizes (parece cena de filme). Não entendo porque algumas pessoas voltam de lá com impressões negativas sobre a cidade.
Eu adorei o clima e o ritmo da cidade e seria um dos lugares desse mundo onde adoraria morar, principalmente depois dos 50, 60 anos e, a razão disso, é justamente pelo fato de ser perceptível o quando Madri investe no bem estar das pessoas (basta passear pelo Parque do Retiro pela manhã, que irá entender do que estou falando).
Segue agora a lista de passeios e pontos de interesse que você encontrará em Madri. A ordem já está disposta de uma forma a facilitar sua locomoção, pois, em geral, o ponto anterior fica próximo ao posterior.
Como eu disse, dá pra fazer muita coisa caminhando e provavelmente, durante seus roteiros, você passará mais de uma vez pelo mesmo local, pois a área turística não é muito grande (ou talvez eu é que tenha gostado tanto de andar por Madri que nem me dei conta das distâncias).
Caso tenha dúvida na hora de organizar o que fará em cada dia, o uso do Google Maps ou outro aplicativo de rotas (exemplo: Maps.me ou Rome2rio) te ajudará nessa missão.
De forma geral, Madri é simples: não é uma cidade cheia de pontos turísticos famosos, então o movimento de turistas tendem a não ser tão grande como em outras cidades da Europa.
Viajei na baixa temporada (março) e comprei os ingressos para os museus na hora, sem fila.
Todavia, caso viaje na alta temporada, recomendo que os ingressos sejam comprados com antecedência, e se quiser ter a comodidade de comprar tudo num mesmo lugar, recomendo o Get Your Guide para isso.
Lembrando que muitos dos passeios em Madri são lugares abertos, que não se paga para entrar, como praças, parques e igrejas. Com um roteiro bem organizado, em 3 dias da para conhecer bastante a cidade.
Praça Puerta del Sol
Esta praça, localizada no centro da cidade, é um dos lugares mais agitados de Madri. O nome da praça faz referência a uma porta que existia ali no século XV.
A praça é muito movimentada, cheia de artistas de rua e pessoas tentando ganhar a vida das mais criativas formas.
Eu particularmente não gostei daquela “bagunça” toda, mas não dá para ir até Madri e não conhecer a praça. A região como um todo é sempre cheia, pois estamos no centro da cidade – uma região cheia de comércios.
Na parte leste da praça estava a estátua de El Oso y el Madroño – um grande urso de pedra e bronze que tentava comer a fruta de um madroño (árvore típica de Madri). Inclusive, é um dos cartões-postais de Madri desde o século XIII. Não achei o urso… procurei, procurei e nada.
No meio da praça há uma estátua equestre do rei Carlos III. O rei foi um dos monarcas mais importantes do país e foi rei da Espanha e das Índias espanholas entre 1759 e 1788.
O prédio de tijolos vermelhos na frente da estátua é a Casa de Correos, construído entre 1766 e 1768, ondehoje é a sede do governo regional da Comunidad de Madrid.
No alto do prédio está o relógio utilizado nas comemorações de Ano Novo e na frente há uma placa no chão que sinaliza o kilómetro cero – marco zero para todas as estradas da Espanha.
Dica de comes e bebes: no canto oeste da Puerta del Sol, na La Mallorquina (existente desde 1894), você poderá experimentar comes e bebes, doces e salgados. O local geralmente é lotado, mas é bem tradicional.
Iglesia de San Ginés
A Iglesia de San Ginés é uma das mais antigas de Madri e sua forma atual data de 1645. Lope de Veja (autor barroco) foi batizado na igreja e o poeta Francisco de Quevedo se casou lá também.
No interior da igreja, na Capilla del Santo Cristo, localizada na parte esquerda, há obras de Alonso Cano e Luca Giordano. O quadro de El Greco, La Purificación del Templo (1609) está na igreja principal, mas a visitação só acontece aos sábados.
Chocolatería San Ginés
A mais tradicional da cidade: desde 1894, os madrilenhos (e agora os turistas) comem chocolate com churros na Chocolatería San Ginés.
Os churros tradicionais da Espanha são mais finos que a versão que conhecemos no Brasil, e não são recheados (cá entre nós: faltou um brasileiro lá para ensiná-los como que o negócio funciona). A parte boa é que o churros (sem graça que é) é banhado no chocolate quente.
Sinceridade que vocês gostam? Achei ruim… Lugar cheio de fila, churros sem graça e chocolate quente ralo.
Portanto: não me agradou, mas nem por isso deixo de indicar, pois é do gosto de cada um e o lugar é de fato tradicional.
Valor (chocolate quente + 6 churros): 4,20 euros. O local costuma ter fila, mas o atendimento é rápido.
Colegiata de San Isidro
A construção da igreja começou em 1622, quando San Isidro, o santo padroeiro de Madri, foi canonizado pelo Papa Gregório XV, junto com Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Teresa de Ávila e Filipe Néri.
Desenhada por Pedro Sánchez no estilo barroco do Il Gesú (a principal igreja dos jesuitas em Roma), a Basílica de San Isidro foi a catedral provisória de Madri até a inauguração da Catedral de la Almudena (em 1993).
No interior estão os restos mortais de San Isidro e de sua esposa. San Isidro foi um camponês conhecido por seu amor pelos pobres e pelos animais; casou-se com María Toribia, que também se tornou santa com o nome de Santa María de la Cabeza.
Plaza Mayor
Chamada originalmente Plaza del Arrabal, a Plaza Mayor foi construída durante o reinado de Felipe III (1598–1621). A praça tem formato retangular e é rodeada por prédios residenciais de três andares – são 237 sacadas direcionadas para a praça.
Durante a Idade Média, o lugar funcionou como mercado árabe levantado fora dos antigos muros da cidade. Na década de 1560, o rei Felipe II pediu para Juan de Herrera, arquiteto do Monasterio del Escorial, que convertesse o mercado em praça. Idealizou-se um grandioso projeto que permitisse que os mercadores sentissem a importância do lugar. A construção começou em 1617.
O projeto inicial era uma grande praça rodeada por prédios de madeira com até 6 andares. Mas vários incêndios destruíram os prédios em 1631, 1672 e 1790. Portanto, a aparência atual da praça corresponde à reconstrução mais recente, seguindo projeto de Juan de Villanueva.
A Plaza Mayor foi o cenário de grandes eventos como mercados, touradas, jogos de futebol e execuções públicas, sobretudo durante a santa inquisição.
O prédio da Plaza Mayor que mais chama atenção é a Casa de la Panadería (Casa da Padaria), construído no século XVII. Os afrescos que decoram a fachada foram acrescentados em 1670.
A Casa da Padaria foi sempre a sede do Grêmio dos Padeiros, organização que teve muito poder e controlava o preço dos grãos no país todo. O prédio tem duas torres flamencas terminadas em agulhas e está no extremo norte da praça.
No lado oposto da Plaza Mayor há um prédio parecido, também com duas torres com agulhas. É a Casa de la Carnicería, que já foi um açougue.
A estátua equestre de Felipe III é obra do escultor flamenco Giambologna. A obra é de 1616, mas passou a ocupar o centro da praça somente em 1848.
Mercado de San Miguel
O Mercado de San Miguel foi um mercado local inaugurado em 1916, depois de quase 80 anos de planejamento e construção.
Trata-se de uma das poucas estruturas modernistas feitas em ferro e que ainda podem ser vistas em Madri, ao lado da estações de trem de Atocha e Delicias.
Na década de 1980, o Mercado de San Miguel passou por um período de decadência e até fechou as portas. Posteriormente, na última década do século XX, foi comprado por um grupo de investidores.
Em 2009, privatizado e reformado, o Mercado reabriu como um centro gastronômico e no seu interior há muitos quiosques que vendem bebidas e tapas.
O programa no mercado é beber, comer e confraternizar. Quase todos os bares e balcões servem comidinhas prontas, incluindo tapas e sobremesas.
Já adianto que o lugar vive cheio e nada é barato por lá, mas vale a pena passar para beliscar alguma coisa e tomar um vinho ou drinque. Só não vá esperando ter um banquete, pois é ideia é outra: beliscar tapas confraternizando entre um e outro gole de vinho.
Catedral de la Almudena
Cumprindo ordens do rei Felipe II, a corte espanhola foi transferida para Madri em 1561, mas, até então, cidade não tinha nenhuma catedral.
O fato de Madri pertencer à arquidiocese de Toledo, que não tinha interesse em perder a posição, foi o motivo principal para que a construção de uma catedral em Madri só visse anos depois.
Enquanto a catedral de Madri estava sendo construída, a Colegiata de San Isidro, cumpria sua função.
A Catedral de Santa María la Real de la Almudena (A Fortaleza), ou simplesmente Catedral de la Almudena, é um prédio moderno. Sua construção começou em 1883, depois da concessão da bula pelo papa Leão XIII, e foi finalizada apenas em 1993 (e consagrada pelo papa João Paulo II).
Palacio Real
O Palacio Real não é a residência da família real espanhola, que vive no Palacio de la Zarzuela, um antigo palácio de caça nas redondezas de Madri. Porém, o palácio ainda é usado para banquetes oficiais, cerimônias de estado e eventos importantes.
No século IX, havia no local uma fortaleza construída pelo reino muçulmano de Toledo. No século XVI foi construída outra fortaleza no lugar, em substituição a primeira.
Foi o rei Felipe V que encomendou o palácio para sua dinastia. A construção começou em 1738 e foi concluída em 1755.
O rei Carlos III, filho de Felipe V, mudou para o palácio em 1764 e lá foi principal residência dos reis da Espanha até 1931, quando o rei Alfonso XIII partiu para o exílio, após o vitória dos republicanos nas eleições.
O palácio possui 13 hectares, 2.800 quartos (50 abertos ao público), 870 janelas, 240 sacadas e 44 escadarias. As visitas devem ser agendadas.
A Farmacia Real contém uma coleção de gabinetes para a armazenagem de ervas medicinais, potes, garrafas e receitas da família real.
A Armería Real, considerada junto com a de Viena uma das melhores do mundo, possui peças que datam desde o século XV.
A principal escadaria leva até os apartamentos reais e o Salón del Trono – que possui paredes cobertas com veludo e teto pintado pelo mestre barroco veneziano Tiépolo.
O Salón de Gasparini tem um lindo teto de estuco e paredes decoradas com sedas.
Ao lado do palácio você poderá visitar os Jardines de Sabatini e do Campo del Moro.
Plaza de Oriente
A Plaza de Oriente fica na lateral do Palácio Real e é um lugar muito tranquilo da cidade. No centro da praça há uma estátua equestre do rei Felipe IV, modelada a partir de um desenho realizado por Velázquez.
Os jardins acompanham um desenho semicircular com caminhos no meio. Um dos caminhos está rodeado por 44 estátuas de reis espanhóis da Idade Média. Inclui monarcas do período gótico até o século XV, quando os muçulmanos foram expulsos da Espanha. No lado oposto ao Palácio Real, na parte leste da praça, está o Teatro Real.
Muitos cafés rodeiam a praça e o mais famoso é o Café de Oriente, que tem um terraço com bela vista.
Templo de Debod
O Templo de Debod é a única peça de arquitetura egípcia na Espanha. Foi construída originalmente 15 qulômetros ao sul de Assuã, no sul do Egito, próximo a primeira catarata do rio Nilo. O templo data do início do século II a.C.
Em 1960, a ameaça ao patrimônio arqueológico gerada pelo projeto de construção da represa de Assuã, fez com que a UNESCO realizasse um chamado aos países do mundo, pedindo ajuda para preservar o legado histórico da região.
Como gratidão pela ajuda recebida para salvar o complexo de Abu Simbel, em 1968 o governo de Egito doou o templo de Debod à Espanha, o templo de Dendur aos Estados Unidos, o templo de Taffa à Holanda e o templo de Ellesiya à Itália (atualmente está no museu egípcio de Turim).
A dica é ir ao Templo de Debod no final do dia, próximo ao por do sol. A vista de lá é linda.
Monasterio de las Descalzas Reales
O mosteiro nomeado Monasterio de las Descalzas, ocupa o antigo palácio do rei Carlos I e da rainha Isabel de Portugal. Em 1535, sua filha Juana, que mais tarde fundaria o convento, ali nasceu.
As capelas do mosteiro estão decoradas com objetos preciosos e as relíquias familiares das mulheres ricas que se juntavam à ordem (dote).
Na escadaria e na Capilla del Milagro foram preservados os afrescos do século XVII. Destaque para as tapeçarias tecidas em Bruxelas a partir de quadros de Rubens, representando o milagre da Eucaristia. O cuidado das tapeçarias ficou a cargo do mosteiro por ordem da filha de Felipe II, neta de Juana, a princesa Isabel Clara Eugenia, soberana da Holanda.
O Monasterio ainda continua ativo, sendo utilizado pela ordem franciscana. Por isso só é possível entrar para visitá-lo quando as freiras saem do claustro.
O número de visitas diárias é limitado e as visitas são guiadas (em espanhol ou inglês).
Museo Thyssen-Bornemisza
O Museo Thyssen-Bornemisza faz parte do Triángulo de Oro das artes em Madri. É uma das principais coleções particulares de arte europeia.
Enquanto o Museo del Prado e o Museo Centro de Arte Reina Sofía permitem estudar em profundidade a obra de um artista, o Thyssen tem uma variedade extensa de estilos artísticos. Grandes nomes das artes estão presentes no museu, nem que seja com apenas uma obra.
A coleção do museu está distribuída em três andares, com as obras mais antigas no andar superior e as obras de artistas contemporâneos no andar térreo.
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Puerta de Alcalá
No meio da Plaza de la Independencia está um dos cartões-postais mais conhecidos de Madri: a bela Puerta de Alcalá.
Em 1764, o rei Carlos III encomendou ao arquiteto italiano Francesco Sabatini, a construção de uma grande porta para substituir uma porta barroca do século XVI que o rei dizia ser pequena, considerando a importância da estrada que levava até Aragão.
O desenho neoclássico de Sabatini, realizado em granito, possui três grandes arcos e duas portas retangulares de menor tamanho. Cada uma das portas está decorada com a cabeça de um leão, obra do artista francês Roberto Michel. A porta principal conta com estátuas de Francisco Gutiérrez.
A construção da porta levou nove anos, e foi finalmente concluída em 1778. No século XIX, a Puerta de Alcalá foi colocada na sua localização atual.
Plaza de Cibeles
A Plaza de Cibeles é uma praça com um complexo escultórico de mármore, no estilo neoclássico, que virou um símbolo de Madri. O nome original da Plaza de Cibeles foi Plaza de Madrid, mas em 1900 a prefeitura trocou seu nome para Plaza de Castelar, e mais tarde para Plaza de Cibeles.
Quatro importantes prédios rodeiam a praça: o Banco de España, o Palacio de Buenavista, o Palacio de Linares e o Palacio de Cibeles.
No centro da praça está a Fuente de Cibeles, homenagem a uma deusa originária da Frígia, que tinha muitos seguidores em Roma.
A fonte foi construída durante o reinado de Carlos III e desenhada por Ventura Rodríguez entre 1777 e 1782. Trata-se de um dos cartões-postais mais famosos de Madri e nela está a deusa sentada em um carro puxado por dois leões.
O prédio mais importante da Plaza de Cibeles é o Palacio de Cibeles (antigamente Palacio de Telecomunicaciones) e parece uma catedral. Foi construído em 1909 por Antonio Palacios e Joaquín Otamendi para ser sede da empresa de correios da Espanha, função que desempenhou até 2007, quando passou a ser a nova sede da Prefeitura de Madri.
No extremo oposto do Palacio de Cibeles está o Palacio de Buenavista, quartel geral do exército espanhol. É o único prédio da praça que conta com um jardim francês, desenhado pelo arquiteto Ventura Rodríguez.
No começo da Calle Alcalá, à esquerda, fazendo esquina com o Paseo del Prado, está o Banco de España, que possui uma bela biblioteca e sala de leitura para pesquisadores, com mais de 350.000 obras.
Edificio Metrópolis
Inaugurado em 1911, o Edificio Metrópolis foi desenhado pelos arquitetos franceses Jules e Raymond Février para a seguradora La Unión y el Fénix.
Após comprar o terreno em 1905, a companhia organizou uma competição internacional, dando ao vencedor a chance de projetar o prédio.
O estilo Beaux-Arts original não era comum na época. O andar térreo está coroado por colunas ornamentadas que acompanham a fachada do prédio até os andares superiores. As colunas suportam quatro estátuas que representam a Mineração, a Agricultura, a Indústria e o Comércio.
No alto da cúpula, coberta com 30.000 folhas de ouro 24 quilates, havia uma estátua de bronze representando o Fênix mitológico com Ganímedes sentado na sua asa. Porém, quando La Unión y El Fénix vendeu o prédio em 1971 à Metrópolis Seguros, levou a estátua para sua nova sede. Assim, hoje, no topo do Edificio Metrópolis há uma Vitória Alada do escultor Federico Coullaut-Valera.
Museo Nacional del Prado
O Museo Nacional del Prado é a atração cultural mais importante de Madri e uma das galerias de arte mais importantes do mundo.
Desde sua inauguração, o museu já recebeu mais de 2.300 quadros, além de esculturas, desenhos e outras obras de arte.
O prédio que hoje é a sede do museu foi desenhado pelo arquiteto Juan de Villanueva em 1785 e construído para receber o Gabinete de Historia Natural, por ordem do rei Carlos III.
A decisão de converter o prédio em museu foi do rei Fernando VII. Inicialmente foi nomeado como Museo Real, depois se tornou Museo Nacional de Pintura y Escultura e finalmente: Museo Nacional del Prado, inaugurado em novembro de 1819.
Entre outros artistas, hoje, no museu, você encontra obras-primas de Bosch, El Greco, Mantegna, Rubens, Raphael, Durër, Van Dyck, Tintoretto, Titian, Velázquez e Goya.
Por ser baixa temporada, comprei meu ingresso na hora e sem filas, mas não indico fazer isso caso viaje na alta temporada.
Caso prefira, pode adquirir antecipadamente seu ingressos pelo Get Your Guide.
Confira também aqui no blog MV: Museus na Europa – saiba como visitá-los de graça!
Parque del Buen Retiro
O Parque del Buen Retiro, ou simplesmente Parque del Retiro, é um dos maiores parques de Madri. Ele pertenceu à monarquia espanhola até o final do século XIX, quando se tornou um parque público.
No passado, El Retiro era o conjunto de jardins que fazia parte do Palacio del Buen Retiro. O local se tornou público em 1868.
Trata-se de uma grande área verde com muitas esculturas, monumentos, palácios e lagos.
No Parque, não deixe de visitar o Palácio de Cristal, desenhado pelo arquiteto Ricardo Velázquez Bosco e construído em 1887, que naquela época exibia a flora e fauna das Filipinas, antiga colônia espanhola.
O palácio, com forma de cruz grega (lados equidistantes), foi construído com vidro emoldurado por aço e uma base de tijolo decorado com cerâmica. O palácio não é mais usado estufa, e hoje recebe exposições de arte.
Outro ponto de interesse dentro do parque é a Estanque Grande, um grande lago artificial construído inicialmente para servir como cenário para batalhas navais (encenações) e apresentações aquáticas.
Atrás do lago está o Monumento a Alfonso XII, com uma colunata semicircular e uma estátua equestre do monarca.
Na parte norte está o Embarcadero, onde é possível alugar barquinhos e passear pelo lago.
Sem dúvida um passeio pelo parque não pode ficar de fora do seu roteiro em Madri.
Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía
O Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, conhecido também como Museu Reina Sofía, é o mais importante museu de arte moderna e contemporânea na Espanha.
Possui uma vasta coleção de mestres espanhóis como Pablo Picasso (1881-1973), o abstrato Joan Miró (1893-1983) e o surrealista Salvador Dalí (1904-1989).
O museu é o resultado da reabilitação (início da década de 1980) de um hospital do século XVIII. Foi inaugurado em 1990 e conta com dois elevadores panorâmicos em sua fachada.
Muitas das obras da coleção permanente do museu foram transferidas do Museo del Prado.
Dois andares do museu estão reservados para exposições temporárias, e os outros dois andares são destinados à coleção permanente, com destaque para a arte abstrata, pop e minimalista.
Compre aqui seu ingresso antecipadamente.
Calle Gran Vía
A Calle Gran Vía é uma avenida muito movimentada que começa na Calle de Alcalá e termina na Plaza de España.
É famosa por suas lojas e também por ser a rua que nunca dorme. Ao longo do caminho você irá ver inúmeras lojas, comércios, hotéis e teatros. Os madrilenhos a nomearam de “Broadway espanhola”.
Na metade do século XIX, os urbanistas de Madri queriam criar uma nova e grande avenida. Décadas mais tarde, a construção ainda não tinha começado e a imprensa ridicularizou o projeto, chamando-o de “Gran Vía”. O projeto foi aprovado somente em 1904 e a construção começou dois anos mais tarde. O último trecho da avenida foi concluído em 1929.
Gourmet Experience
Localizado no 9º andar do El Corte Inglés Callao, a principal razão para entrar no Gourmet Experience Gran Vía são as vistas de Madri que se tem lá do alto.
Além disso, o mercado gourmet é uma excelente opção para tomar um vinho ou drinque e comer tapas!
As vistas podem ser contempladas a partir do interior Gourmet Experience ou em um pequeno terraço exterior (que não tem muita graça). O melhor, ao meu ver, é pegar uma mesinha próxima à janela.
O Gourmet Experience possui imensa variedade de produtos gourmet, principalmente espanhóis. E, além dos produtos, você encontrará pequenos restaurantes, tanto de comida internacional como local.
Vale a pena passar por lá no final da tarde, nem que seja para conhecer, tomar um drinque e apreciar a vista.
Plaza de España
O trecho final da Gran Vía te leva até a Plaza de España, uma das maiores praças de Madri, além de um popular ponto de encontro (impossível pensar em Madri e não lembrar da Plaza España).
A praça está “guardada” por dois dos prédios mais altos de Madri, a Torre de Madrid, construída em 1957 e o grande Edifício España, datado de 1953.
No centro da praça está o monumento ao escritor espanhol Miguel de Cervantes, desenhado pelos arquitetos Rafael Martínez Zapatero e Pedro Muguruza e o escultor Lorenzo Valera.
A torre do monumento inclui uma escultura de Cervantes feita em pedra, olhando para esculturas em bronze de Don Quixote e Sancho Panza.
Rodeiam a praça vários restaurantes, e o programa principal dos turistas por ali é parar um pouco para ver o movimento e as músicas da praça.
Onde comer em Madri
E para finalizar esse post/guia, eis que compartilho mais alguns lugares que provamos e aprovamos (além do Gourmet Experience e Mercado San Miguel, que já mencionei no tópico anterior):
Los Montes de Galícia
Antes de chegar em Madri, ouvi muita gente dizendo que o atendimento nos restaurantes da cidade em geral não era bom.
No Los Montes de Galicia, para minha grata surpresa, foi o oposto disso: melhor atendimento que me lembro já ter tido num restaurante! Os garçons Carlos e Francisco se esforçaram para conversar em “portunhol” conosco e foram muitos solícitos.
Outra característica do restaurante é oferecer cortesias aos clientes: ganhamos de entrada uma porção inteira de bolinho de bacalhau (não pedimos entrada, mas mesmo assim nos mandaram para experimentar).
Pedimos steak tartare e cochinillo de pratos principais, com 2 taças de vinho (bem servidas por sinal) para acompanhar.
Estávamos bem satisfeitos e não pedimos sobremesa… Foi quando então um dos garçons nos trouxe uma sobremesa deliciosa, também de cortesia, dizendo que não nos deixaria sair de lá sem provar uma sobremesa da casa!
Valor da conta: 77 euros.
Superchulo
Ambiente super agradável e pratos saborosos. O único problema é que no Instagram do restaurante Superchulo não tem/tinha a informação (na bio) de que se trata de restaurante vegano – o que acredito que seja a informação mais importante.
Gostei do lugar, da decoração e do sabor da comida. Pedi uma pizza e brownie de chocolate com sorvete (tudo vegano) de sobremesa – estava muito gostoso! Mas se você não dispensa um prato com carne, então esse restaurante não é pra você.
Valor da conta: 34 euros.
Frida
O Frida é um ambiente gostoso para todas as refeições (mas aconselho sempre conferir o horário de funcionamento para não perder a viagem).
Chegamos cedo e ainda estavam servindo apenas o brunch. Resolvemos pedir um café e esperar até o almoço começar a ser servido (13 horas).
Confesso que o atendimento não é dos melhores, mas deu tudo certo no final, apesar de demorar a chegar.
Pedimos o menu do dia: entrada, prato principal, sobremesa (havia duas opções de cada para escolher). O menu completo custa 13,50 euros e estava tudo bem saboroso.
Valor da conta: 13,50 euros cada menu do dia.
Mama Framboise
O Mama Framboise é outra opção de café/bistrô que se encaixa para toda refeição do dia. O ambiente é todo “à la Pinterest”.
Pedimos o menu do dia: sopa de entrada, salmão de prato principal, sobremesa, infusão e uma de vinho. Tudo isso por 12,95 euros.
Novamente chegamos muito cedo, e o almoço começa a ser servido apenas 13 horas.
Para esperar, começamos literalmente pela sobremesa: trufa de chocolate (deliciosa por sinal) e café.
Os doces da vitrine também são lindos e deliciosos. Se voltar as Madri, vou querer passar no Mama Framboise novamente.
Valor da conta: 12,95 euros cada menu do dia + doces (preços variados).
Steak Burger Fuencarral
Para o último dia em Madri, escolhemos um super hambúrguer no Steak Burger Fuencarral.
É possível montar o lanche, escolhendo qual tipo de carne (boi ou vaca) quer e a quantidade.
Além disso, há várias opções de hambúrguer. Por não conhecer nenhum, fiquei com o tradicional, mas acredito que tenham opções ainda mais interessantes no cardápio.
Assim como o lanche, os acompanhamentos também podem ser personalizados.
O atendimento não é dos melhores, mas o hambúrguer vale a pena.
Infelizmente não anotei o valor da conta dessa vez, mas salvo engano cada lanche custava em torno de uns 13 euros em média.
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