A Rota Romântica é um dos principais destinos turísticos da Alemanha. Um percurso de cerca de 400 km, que liga Würzburg a Füssen, cuja paisagem é formada por belezas naturais, castelos e cidades históricas. Fizemos essa viagem com nosso filho João, que na época estava com 2 anos de idade. Os detalhes dessa experiência você confere agora.
A atual Rota Romântica foi, em suas origens, uma rota comercial romana que ligava os Alpes ao atual estado Baviera. O trajeto ganhou holofotes pós-Segunda Guerra Mundial, quando o objetivo era renovar o turismo na Alemanha, tirando o foco dos acontecimentos anteriores.
A Rota é composta por mais de 50 cidades, e o destaque fica por conta de (de norte a sul): Würzburg, Rothenburg ob der Tauber, Dinkelsbühl, Nördlingen, Augsburg, Landsberg am Lech, Schwangau, Füssen.
Os 400 km permitem que a rota seja percorrida rapidamente, mas esse não é o objetivo desse tipo de viagem. O ideal é reservar pelo menos 1 semana, principalmente se viaja com criança, quando o ritmo da viagem automaticamente é mais lento.
Quanto ao período, o indicado é de abril a dezembro, dependendo se você prefere viajar no calor ou no frio. Eu acho verão mais gostoso para esse estilo de viagem, mas no inverno tem a vantagem de pegar os mercados natalinos em pleno funcionamento, então realmente o período da viagem vai depender da sua disponibilidade e preferência.
Nossa viagem teve duração total de 11 dias, contando o dia da chegada e o dia da partida, e foi durante o mês de julho (verão). Não é um período em que costumávamos viajar antes da maternidade, mas agora será algo comum pelos próximos anos da nossa família, principalmente porque é período de férias escolares.
Minha data era determinada (férias escolares do João), então eu já sabia que seria um mês de alta temporada. Escolhi Alemanha dentre outras opções porque achei uma viagem “prática”. Tem voo direto de São Paulo a Frankfurt com a Latam e isso já é um fator importante, principalmente para quem viaja com bebês e crianças.
Julho é verão no hemisfério norte. Eu não queria viajar para um destino frio, então logo de cara já cortei algumas opções no hemisfério sul. Mas também precisei considerar que faz muito calor em alguns países da Europa nessa época, por isso descartei Itália, Espanha, Portugal, França e pensei em opções como Alemanha e Dinamarca.
No final das contas, deixei a oportunidade de passagens aéreas decidir por mim e Alemanha foi o destino escolhido.
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Würzburg – Primeira parada na Rota Romântica da Alemanha
Chegamos por Frankfurt, mas decidi não ficar por lá nenhum dia. Em outra época e contexto, eu teria ficado uma noite por lá para ter uma visão geral e superficial da cidade, mas dessa vez achei que não combinava com o que eu estava buscando. Pegamos o carro no aeroporto e seguimos para Würzburg.
Para quem chega por Frankfurt, a Rota Romântica tem início na cidade de Würzburg, onde fica a Residência de Würzburg*, obra-primas do barroco alemão e Patrimônio Mundial da UNESCO. A Residência de Würzburg foi construída entre 1720 e 1744, por ordem dos príncipes-bispos Johann Philipp Franz e Friedrich Carl von Schönborn.
Würzburg fica às margens do rio Main e, além da Residência de Würzburg, a cidade se destaca visualmente pela Fortaleza Marienberg no topo da colina. Para visitantes interessados por vinho, vale lembrar que a cidade é toda cercada por vinhedos e o turismo enogastronômico é forte no local.
Pontos turísticos em Würzburg:
Residência de Würzburg (Patrimônio Mundial da UNESCO): se você busca por um tour cultural, visite a o palácio, que é adornado com afrescos do pintor veneziano Giovanni Battista Tiepolo. A escadaria principal, construída em 1737, e o grande salão são impressionantes, com suas decorações intricadas e detalhes em estuque. Além da tapeçaria artística e arquitetônica, a Residência de Würzburg também é conhecida pelo seu Salão do Imperador (Kaisersaal), o coração barroco da residência, que servia como um salão de banquetes e sala de espera. Após ser danificada durante a Segunda Guerra Mundial, foi restaurada, mantendo viva a história da Alemanha.
O ingresso custa 10 euros por pessoa (até 18 anos a entrada é gratuita) e pode ser comprado no local. Esse valor já inclui a visita guiada no interior do palácio. A visita aos jardins da corte (Hofgarten) e capela (Hofkirche) é gratuita.
Forte Marienberg: o (Festung Marienberg domina a paisagem da cidade no alto da colina, guarda séculos de história e uma paisagem espetacular. O local foi habitado desde a Idade do Bronze. No século VIII já existia ali uma igreja dedicada a Maria. A partir do século XIII, tornou-se a residência dos príncipes-bispos de Würzburg, que governaram a região por séculos. Com o tempo, foi sendo ampliado e fortificado, transformando-se em uma imponente fortaleza renascentista e barroca. Durante a Segunda Guerra Mundial, assim como o centro de Würzburg, sofreu sérios danos, mas foi restaurado.
O acesso é fácil. Estacionamos o carro em frente ao forte e fizemos o passeio externo, contornando o local. O acesso ao forte é gratuito. Para visitar os museus internos, há cobrança de ingresso (em torno de €5–€7).
Alte Mainbrücke: a ponte antiga sobre o rio Meno é famosa por suas estátuas barrocas que
representam santos e personagens ligados à história da região, como São Kilian (padroeiro de Würzburg) e o imperador Carlos Magno. Chama atenção dos visitantes também pelo hábito que ali foi estabelecido pelos próprios moradores e turistas, que param ali, entre as estátuas, para tomar uma taça de vinho (a região é famosa por seus vinhos brancos, especialmente o Silvaner, cultivado nas encostas ao redor da cidade). Sem dúvida é um dos locais mais agradáveis para passear, pois seu acesso é exclusivo para pedestres e por isso que o típico ritual de comprar uma taça de vinho franconiano em um dos bares próximos e beber ali mesmo, apreciando a vista e o por do sol, tornou-se tão popular. A Alte Mainbrücke é também o ponto de partida ideal para passear pelo centro histórico.
Centro histórico: o centro histórico de Würzburg (Altstadt) é compacto, vibrante e cheio de contrastes – de um lado, construções barrocas reconstruídas após a guerra, de outro, ruas animadas por cafés, lojas e estudantes da universidade. É nele que você sente a a vibração da cidade.
A Marktplatz (Praça do Mercado) é o coração do centro histórico, sempre movimentada, com feirinhas e comércio local (uma mistura de itens regionais, mas também tem bastante coisa da China, como em todo e qualquer outra feira). Do lado da praça do mercado está a Marienkapelle, uma bela igreja gótica de fachada vermelha e branca (foto do meio).
Caminhe pelas ruas do centro histórico, repleto de ruas de pedestres com lojas, cafés e restaurantes, como a Domstraße e a Schönbornstraße, e inclua como pontos de parada a Haus zum Falken ou Falkenhaus (na praça central), com uma sua impressionante fachada rococó, a Dom St. Kilian (Catedral de São Quiliano que se avista desde a ponte), quarta maior igreja românica da Alemanha, dedicada ao padroeiro da cidade, construída no século XI e Neumünster, basílica barroca com a famosa cúpula e ligada à lenda dos santos missionários irlandeses que evangelizaram a região.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Würzburg foi uma das cidades mais destruída por bombardeios. E apesar de seu centro histórico ter sido 90% destruído em 1945, a reconstrução devolveu seu charme barroco.
Sugestão de locais para comer em Würzburg: nos restaurantes e cafeterias do centro histórico. Würzburg tem cerca de 130 mil habitantes (muitos universitários) e uma atmosfera vibrante que une tradição histórica com vida moderna. Apesar disso, tal como as outras pequenas cidades da rota, o comércio e restaurantes encerram suas atividades cedo. Tivemos dificuldade para encontrar um local para comer no dia da chegada, por já passava das 21h30 e os restaurantes estavam quase todos fechados (alguns seguiam abertos somente para servir bebidas).
Sugestão de hospedagem:
- AC Hotel by Marriott Wuerzburg
- Dorint Hotel Würzburg
- Best Western Premier Hotel Rebstock
- DAS v EVERT Hotel
- Hotel Würzburger Hof
- Schlosshotel Steinburg (para ficar próximo aos vinhedos)
Para quem viaja com bebê e criança pequena: o carrinho é fundamental para passear pela cidade, seja pelo centro histórico ou até mesmo pelo Forte Marienberg. Não há atividades específica para as crianças, no máximo um parquinho.
Um dia é o suficiente para o roteiro. Duas opções: se chegar por Frankfurt, pode ir direto para Würzburg como fizemos, mas recomendo comer antes de chegar na cidade, pois se pegar o mesmo voo da Latam que pegamos, provavelmente vai chegar em Würzburg tarde e terá dificuldade para encontrar restaurantes abertos. A segunda opção é dormir em Frankfurt e ir para Würzburg na manhã do dia seguinte, passar o dia lá e dormir na cidade ou, dependendo da hora que terminar seu passeio, já ir para próxima cidade da rota.
Se sua viagem for durante o verão, como a foi a nossa (julho), escurece tarde (por volta das 21h – 21h30min) e isso gera uma sensação de dia muito mais longo. É muito bom e é possível fazer muita coisa até escurecer.
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Rothenburg ob der Tauber – Destaque da Rota Romântica
Rothenburg ob der Tauber (60 km de Würzburg) é um dos destaques da Rota Romântica -considerada um dos maiores símbolos da Alemanha romântica.. Uma cidade medieval charmosa, com ruas estreitas, casas em estilo enxaimel e muralhas intactas.
Foi fundada no século XII e era uma cidade livre imperial no Sacro Império Romano-Germânico. Teve seu auge na Idade Média, e entrou em declínio no século XVII, o que ajudou a preservar sua aparência medieval. Durante a Segunda Guerra Mundial, cerca de 40% do centro histórico foi destruído, mas foi reconstruído com fidelidade.
Rothenburg ob der Tauber é cercada por uma muralha medieval completa, pela qual é possível caminhar. As ruas estreitas de paralelepípedo, casas em estilo enxaimel (fachwerk) e praças charmosas criam uma atmosfera mágica, principalmente na época natalina – o Reiterlesmarkt, seu mercado de Natal, é considerado um dos mais encantadores da Alemanha.
Pontos turísticos em Rothenburg ob der Tauber:
Marktplatz – praça central, com a antiga prefeitura (Rathaus) e a torre com vista para toda a cidade.
Plönlein – o ponto mais fotografado de Rothenburg, uma esquina com casas de enxaimel e torres medievais ao fundo (primeira foto da galeria abaixo):
Muralhas – você pode andar pelas passagens e torres de guarda.
Igreja de St. Jakob – em estilo gótico, abriga o famoso altar esculpido por Tilman Riemenschneider.
Museu do Crime Medieval (Kriminalmuseum) – expõe instrumentos de punição e justiça dos séculos passados.
Käthe Wohlfahrt – loja e museu dedicados ao Natal, abertos o ano inteiro.
Rothenburger Burggarten – um parque onde a natureza e a história se encontram. O parque foi construído onde era o o antigo castelo de Rothenburg, chamado Stauferburg.
Sugestão de locais para comer em Rothenburg ob der Tauber: são várias opções dentro da cidade medieval. Escolhemos um restaurante ao lado da igreja de St. Jakob, chamado Reichskuchenmeister, bem agradável. Trouxeram desenho e lápis de cor para João se distrair (um hábito bastante comum nos restaurantes da Alemanha). Quanto à comida: pedimos opções tradicionais alemã e desse dia até o final da viagem eu me surpreendi, pois foram sucessivas experiências agradáveis. Não esperava muito da culinária local, mas foi bem melhor do que eu pensava! Posso dizer que a culinária local agradou.
O doce típico do local é o Schneeball (“bola de neve”), uma massa doce frita, coberta de açúcar ou chocolate. Quando estiver passeando pelas ruas, vai ver esse doce nas vitrines e é bem fácil de identificar.
Sugestão de hospedagem:
- Hotel Eisenhut (nossa escolha, dentro da cidade medieval e com uma pequena brinquedoteca para João brincar no final do dia)
- Hotel Sonne – Das kleine Altstadt Hotel (opção dentro do centro histórico)
- Hotel Reichsküchenmeister (opção dentro do centro histórico)
- Wildbad Rothenburg (para quem quer se hospedar em um castelo medieval)
- Hotel Rappen Rothenburg ob der Tauber (não fica dentro da cidade antiga, mas fica perto de um dos portões de entrada)
- Villa Mittermeier, Hotellerie & Restaurant (era minha escolha, demorei pra reservar e lotou. Fica fora da cidade medieval, mas tem estacionamento gratuito)
- Burghotel (parece ser um hotel bem autêntico, fica fora da muralha e as avaliações são boas)
Atenção: se optar por se hospedar dentro da cidade medieval, confira o hotel oferece estacionamento ou se é possível parar o carro nas redondezas. O nosso hotel não tinha estacionamento, mas conseguimos para o carro em uma rua próxima até 9h da manhã (depois tivemos que mudar o carro de lugar). Essas regras de estacionamento mudam de cidade para cidade e dentro dos centros históricos acabam sendo mais restritas.
Para quem viaja com bebê e criança pequena: Rothenburg ob der Tauber é uma cidade pequena, que pode ser explorada em um dia. No nosso caso, chegamos no final da tarde, passamos uma noite e ficamos até 11h do dia seguinte. As ruas são de paralelepípedos, então quem usa carrinho de bebê precisa estar ciente que o passeio será “daquele jeito” – mas mesmo com carrinho compacto, dá certo sim, só não é o melhor chão do mundo (usamos o modelo Ping Two Trekking da ABC).
Outra coisa que vale a dica, é nunca pular o café da manhã numa viagem com criança. Eu dou preferência para hotéis com café da manhã já incluso na diária, mas mesmo quando não está incluso (como era o caso do nosso hotel em Rothenburg), a gente não pula a refeição, pois em viagens assim não se sabe ao certo que horas vamos parar para almoçar. O café da manhã é a refeição mais completa do dia para a criança e também uma oportunidade para deixar preparado um lanchinho (pão, queijo, iogurte, frutas) para o decorrer do dia.
João gostou da loja/museu do Natal – Natal Kath Wohlfahrt (do lado do nosso hotel). Ficou encantado com todos os brinquedos e enfeites. Porém, vale lembrar que praticamente tudo é frágil e quebra, então os pais precisam ficam bem atentos aos movimentos da criança. Os produtos da loja são caros, então se quebrar algo, será um prejuízo na certa.
Dinkelsbühl: Uma cidade salva pelas crianças
Deixamos Rothenburg ob der Tauber por volta das 11h30 e fomos para Dinkelsbühl, uma cidade foi fundada no século VIII, como assentamento de mercadores e artesãos, que ainda preserva as suas lembranças do período medieval, com muralhas, torres e edifícios antigos.
Tornou-se uma cidade imperial livre em 1305, o que lhe garantiu prosperidade e autonomia durante séculos. Diferente de muitas cidades alemãs, não foi destruída durante a Segunda Guerra Mundial, mantendo sua autenticidade medieval.
Dinkelsbühl foi um importante centro de comércio e administração na Idade Média. E seu notório passado histórico faz com que seja o lar de diversos museus, incluindo a ‘Haus der Geschichte – von Krieg und Frieden’, ou Casa da História de Dinkelsbühl.
Outro ponto de interesse é o Deutsches Haus, prédio histórico renomado por sua importância arquitetônica.
Segundo a lenda local, Dinkelsbühl foi poupada da destruição durante a Guerra dos Trinta Anos (1618–1648) graças à persuasão de uma criança da cidade, um evento que é celebrado pelo festival anual Kinderzeche. E, por pura coincidência, visitamos a cidade justamente no dia que estava acontecendo o festival anual Kinderzeche.
Foi legal pela experiência de visitar a cidade justamente num dia tão especial, mas, como turista, a visita ficou prejudicada, pois a cidade estava complemente lotada, as ruas fechadas, tudo com acesso limitado. Assistimos o desfile, participamos do dia mais importante para a cidade, mas não conseguimos explorar muito o local.
O que deu pra ver é que Dinkelsbühl é uma cidade medieval muito preservada (considerada uma das cidades medievais mais preservadas do país), com ruas mais amplas do que Rothenburg e muralhas medievais completas, com 16 torres e várias portas.
Principais atrações em Dinkelsbühl:
- St. Georgs Kirche – uma imponente igreja gótica em pedra, considerada uma das mais belas construções sacras da Baviera.
- Muralhas e torres – preservadas quase integralmente.
- Weinmarkt – praça central, rodeada por casas coloridas e pelo antigo prédio da prefeitura.
- Deutsches Haus – uma mansão do século XV com fachada ricamente ornamentada, considerada uma das mais bonitas do estilo enxaimel na Alemanha.
- Museus locais – pequenos, mas interessantes, como o Museu Histórico de Dinkelsbühl, que mostra a vida da cidade na Idade Média.
Gastronomia: há várias tavernas e restaurantes tradicionais dentro da muralha, muitos servindo cervejas franconianas e pratos típicos como salsichas, carnes assadas e pretzels. Mesmo no dia do festival, esse estilo de gastronomia predominava. Por ser menos turística, os preços costumam ser um pouco mais acessíveis do que em Rothenburg.
Hospedagem: nossa visita à cidade não incluiu pernoite, mas pode ser uma estratégia interessante se você quer encontrar um hotel com bom padrão e preço melhor do que Rothenburg, que por ser mais famosa entre os turistas, acaba sendo uma cidade mais cara.
- Hotel Luise & Luisenhof
- RELAXANS Wellness & Hotel (hotel moderno fora da cidade medieval)
- Meiser Design Hotel (mais uma sugestão de hotel moderno fora da cidade medieval)
- HOTEL & SPA Goldene Rose (para quem busca requinte, em especial uma sugestão para viagem em casal)
- Hotel Deutsches Haus
Para quem viaja com criança pequena: tal como Rothenburg, também possui ruas de paralelepípedo, o que atrapalha (mas não impede) o deslocamento com carrinho de bebê. É uma cidade menos movimentada que Rothenburg (claro que estou falando de todos os outro dias do ano, que não justamente o dia da minha visita, quando estava acontecendo o festival anual Kinderzeche).
Do lado de fora da cidade medieval, próximo a um dos portões de entrada, tem um parquinho. Vale a parada para quem viaja com criança.
É possível conhecer a cidade medieval em meio dia, caminhando sem pressa pelas ruas e muralhas.
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Nördlingen – A cidade na cratera de um meteoro
As distâncias entre as cidades são curtas, então, dependendo do seu roteiro, você consegue tranquilamente visitar 2 ou 3 cidades em um só dia. Nesse dia, por exemplo, passamos a manhã em Rothenburg, a tarde em Dinkelsbühl e chegamos às 18h em Nördlingen.
Chegamos e fomos direto para um restaurante chamado Kleibls am Daniel, no centro histórico de Nördlingen, com ambiente agradável e comida boa. Chegamos cedo e não foi necessário reserva, mas se a ideia é ir mais tarde, reserva é necessária, pois quando saímos as mesas já estavam quase todas ocupadas.
Nördlingen foi construída na cratera de um meteoro que se chocou com a Terra há 15 milhões de anos. no local do impacto, ficou uma cratera de 25 km de diâmetro. Esse é o fato principal que atrai milhares de turistas todos os anos. Olhando de cima a cidade é exatamente o formato redondo do meteoro.
Originalmente fundada próximo a um assentamento romano na rota Via Claudia Augusta, tornou-se uma cidade imperial livre no Sacro Império Romano-Germânico, assim como Rothenburg e Dinkelsbühl.
As robustas e preservadas muralhas da cidade, erguidas no século XIV, testemunharam batalhas da Guerra dos Trinta Anos. Um dos principais passeios na cidade é justamente caminhar pela muralha. Um passeio tranquilo, sem necessidade de muito esforço físico. Se quiser caminhar por toda a extensão da muralha, serão cerca de 2,6 km de caminhada.
Para quem quer entender melhor sobre o local onde a cidade foi fundada, vale incluir no roteiro a visita aos museus: National Geopark Ries e Ries Crater Museum. E, para conteúdo histórico, inclua visita ao museu Stadtmuseum e ao Bayerisches Eisenbahnmuseum, que é um dos grandes museus ao ar livre de tecnologia histórica na Alemanha, com mais de 100 veículos originais.
Sugestões de hospedagem em Nördlingen:
- Bed and Breakfast unter den Linden (foi a nossa escolha – uma hospedagem B&B muito adequada para a viagem, e o anfitrião era o alemão mais simpáticos que conhecemos).
- Hotel Klösterle Nördlingen
- 2ND Home Hotel
Para quem está com bebê ou criança pequena: as ruas medievais, praças e casas em enxaimel criam uma atmosfera autêntica, sem excesso de turismo. O centro é compacto e pode ser percorrido facilmente a pé e com carrinho de bebê. É possível caminhar parte da muralha com bebê ou crianças, mas se estiver sem o carrinho, precisa cuidar das laterais, onde há um vão perigoso do lado de dentro. O uso do carrinho é tranquilo até certo ponto, antes de chegar um trecho com escadarias.
Chegamos às 18h, jantamos e passeamos pela praça principal ao lado da igreja central. João se divertiu no chafariz, sorte que eu tinha roupas extras na bolsa.
Depois fomos para o hotel. No dia seguinte, após delicioso café da manhã na hospedagem Bed and Breakfast unter den Linden, passeamos mais um pouco pela centro histórico e pela muralha e seguimos viagem.
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Augsburg – Romanos na Alemanha
Augsburg é uma das cidades mais antigas da Alemanha, fundada a mais de 2 mil anos (ano 15 a.C), pelo Imperador Augustus. Está localizada na região da Baviera, na foz do rio Lech. Ela combina história romana, riqueza renascentista e uma vida urbana moderna.
A cidade foi um importante centro comercial na Idade Média, graças à família Fugger, rica dinastia de banqueiros e mercadores.
Foi uma cidade imperial livre do Sacro Império Romano-Germânico. Tem uma tradição de tolerância religiosa, sendo famosa pela Paz de Augsburg (1555), que permitiu o coexistir de católicos e protestantes.
O apogeu econômico de Augsburg aconteceu nos séculos XV e XVI, graças ao comércio internacional e às atividades bancárias das famílias Fugger e Welser. A cidade é um reflexo daqueles tempos gloriosos, com a magnífica Maximilianstraße e as fachadas renascentistas e barrocas de palácios e casas burguesas. Desde 2019, o Sistema de Gerenciamento de Água de Augsburg, com seus 22 objetos, incluindo obras de água, fontes monumentais e canais, está na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO.
Pontos para serem visitados em Augsburg:
- Fuggerei – o complexo habitacional mais antigo do mundo ainda em uso, fundado em 1516 para abrigar pessoas pobres da cidade.
- Catedral de Augsburg (Dom St. Maria) – mistura de estilos românico e gótico, com vitrais medievais.
- Rathaus (Prefeitura) – em estilo renascentista, com o Salão Dourado, famoso por seu esplendor decorativo.
- Perlachturm – torre histórica com uma vista panorâmica do centro antigo.
- Igreja de St. Ulrich e Afra – importante igreja barroca, ligada à história religiosa da cidade.
Um passeio típico inclui: Fuggerei → Rathaus e Salão Dourado (entrada paga) → Catedral → Perlachturm → Centro de compras e cafés históricos.
Para quem viaja sem criança pequena: por ser uma cidade grande, perde um pouco do charme que você encontra nas outras pequenas cidades da Rota Romântica, ainda mais em uma viagem com criança pequena. Pode explorar mais a parte histórica e cultural da cidade, incluindo uma visita ao Fuggerei e no interior da Rathaus.
Para quem viaja com crianças, ao meu ver as outras cidades desse roteiro pela rota romântica são mais interessantes para o estilo da viagem.
Para comer: minha sugestão é o Ratskeller Augsburg. O Ratskeller é um restaurante tradicional que se localiza no porão da prefeitura das cidades (Rathaus) na Alemanha, com uma filial também em Augsburg. O nome “Ratskeller” é uma palavra alemã que designa restaurantes situados em porões de edifícios municipais. Existem vários Ratskellers em toda a Alemanha, mas o que está localizado em Augsburg é um dos mais famosos, bonito e com comida boa a um preço justo.
Além disso, para quem viaja com criança, é uma boa opção, visto que oferece um pequeno espaço com brinquedos para que as crianças possam se distrair um pouco.
Se sua passagem por Augsburg incluir pernoite na cidade, aqui vai algumas sugestões de hotéis:
Landsberg am Lech – A cidade às margens do Rio Lech na Rota Romântica
Após passagem por Augsburg (como eu disse, não foi uma cidade que se encaixou tanto ao nosso estilo de viagem) seguimos para Landsberg am Lech – essa sim aproveitamos bastante e foi um passeio bem agradável com nosso filho de 2 anos.
Landsberg am Lech é uma cidade linda de viver, que fica a 67 m de Munique e a apenas 35 km de Augsburg, no estado da Baviera. Foi fundada por Heinrich der Löwe por volta dos anos de 1278, mas sua importância remonta à Idade Média, por estar na antiga rota comercial conhecida como Via Claudia Augusta, que ligava a região alpina à Itália.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Landsberg am Lech foi atingida por apenas uma bomba. Por isso a cidade é bem preservada, mantendo boa parte da sua arquitetura original.
Margeada pelo rio Lech, Landsberg tem um centro histórico bem preservado e gostoso para passear. O ponto de partida é a praça central (Hauptplatz), linda, em estilo barroco e renascentista.
Ao redor da praça principal, você verá o belo prédio da Antiga Prefeitura, a fonte de Maria e também a torre Schmalzturm, que era parte da antiga fortificação da cidade. Nesta região ficam também igrejas, cafés, restaurantes e lojinhas variadas.
Após passear pela praça e região, pode seguir até as margens do rio Lech (incluindo a ponte “Karolinenbrücke”).
Mas, para mim, o ponto alto de visitação na cidade é a Mutterturm (“Torre da Mãe”), que foi erguida às margens do rio Lech por um artista chamado Hubert von Herkomer, entre 1884 e 1888. Seu estilo neorromântico, lembra muito as torres de contos de fadas. Não há registros sobre isso, mas é impossível não notar a semelhança entre a Mutterturm e a torre da Rapunzel.
Para vista panorâmica da cidade, suba até o topo da Torre Schmalzturm (se estiver aberta, pois no dia da nossa visita o acesso estava fechado).
Outro destaque é o Bayertor, um portão monumental do século XV, símbolo da cidade. As fortificações medievais, incluindo o Bayertor, oferecem visão única do passado gótico tardio da região, com uma plataforma de observação a 36 metros de altura. A igreja paroquial de Mariä Himmelfahrt, construída entre 1458 e 1488, é um exemplo da arquitetura da época.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Landsberg ficou conhecida por ter um campo de concentração satélite de Dachau e, depois da guerra, por ser local de prisão para criminosos de guerra*.
*Foi em uma prisão na cidade de Landsberg que Adolph Hitler esteve por cerca de 9 meses após a tentativa de golpe em Munique em 1923. A cela nº 7 foi o local de onde ditou ao seu secretário, Rudolph Hess, o primeiro volume do “Mein Kampf” (“Minha Luta”), contendo a ideologia e grande parte do programa de governo que seriam colocados em prática a partir de sua ascensão, em 1933.
Para quem viaja com crianças: passeio pelo centro histórico, passeio pelas margens do rio Lech e visita à Mutterturm, são as atividades principais.
Sugestões de hotéis em Landsberg am Lech:
Considerando que essa é uma viagem que se faz de carro, percorrendo as cidades mais interessantes da rota romântica, uma segunda opção é se hospedar em hotéis que ficam próximos a Landsberg, eis algumas sugestões interessantes:
- Das Parkhotel (em Bad Wörishofen)
- Hotel Tanneck (em Bad Wörishofen)
- Romantik Hotel Chalet am Kiental (em Herrsching am Ammersee)
Füssen e o Castelo de Neuschwanstein
Ninguém faz a Rota Romântica sem ir até a cidade alpina de Füssen, que já fica perto da fronteira com a Áustria.
Füssen é a cidade base para visitar o famoso Castelo de Neuschwanstein que, pela lenda, foi inspiração para o Castelo da Cinderela (Disney). Além do Castelo de Neuschwanstein, outro lindo ponto turístico para ser visitado na região é a igreja de Peregrinação de São Coleman, construída em 1673 em homenagem ao peregrino irlandês São Coloman, fica aos pés das montanhas e é um dos locais de peregrinação mais importantes da Baviera.
Remontando à época romana, Füssen se desenvolveu por volta de 50 d.C crescendo ao redor de um castelo romano do século IV/V. Por volta de 400 d.C.
A cidade é banhada pelo rio Lech e cercada por lagos como o Hopfensee, Weißensee e Alatsee.
Além do Castelo de Neuschwanstein, Füssen é famosa por suas atrações culturais e históricas, incluindo o Hohes Schloss*, um castelo gótico que foi transformado em uma residência de verão pelos bispos príncipes de Augsburg no século XV e o Mosteiro de São Mang, um mosteiro beneditino fundado no século VIII.
*Hoje, o Hohe Schloss contempla rica coleção de arte gótica e oferece vistas panorâmicas de Füssen. A capela no local, uma das mais altas da Alemanha, é destaque, assim como o jardim em terraço.
No inverno a cidade atrai turistas interessados em esportes de inverno. Apesar de não ser um ponto tradicional para a prática do esqui, possui pistas de nível intermediário que atraem turistas que querem evoluir no esporte.
No verão Füssen fica vibrante e é muito procurada para prática de caminhadas, trilhas e ciclismo. No verão você percebe maior incidência de turismo regional, principalmente alemães e europeus que procuram a região para pedalar pela cidade e arredores, contemplando a bela natureza do local.
Pontos turísticos e atrativos para serem visitados em Füssen:
- Altstadt (Cidade Velha), com ruas medievais pitorescas, casas coloridas, lojinhas e cafés típicos.
- Lechfall (Cachoeira do Lech), uma pequena cascata em degraus. Não é surpreendente, mas vale a visita rápida (foto 3 da galeria abaixo).
- Alpsee e Forggensee: lagos próximos à cidade, ótimos para caminhadas, passeios de pedalinho ou simplesmente relaxar com uma linda vista. O Alpsee fica pertinho dos castelos (fotos 1 e 2 da galeria abaixo).
- Schwansee: lago cercado por florestas, associado à lenda do “Cisne” (símbolo da região e inspiração para Ludwig II).
- Castelos: Hohenschwangau e Neuschwanstein.
- Igreja de Peregrinação de São Coleman
Onde se hospedar em Füssen?
Minha recomendação é o Hotel Das Rübezahl, o hotel mais charmoso da região, com a melhor vista para os castelos de Hohenschwangau e Neuschwanstein.
Inclusive, o ideal é ficar 2 noites em Füssen, pois um dia será dedicado aos castelos e o outro aos demais passeios. Além disso, com uma pausa maior no roteiro, você consegue aproveitar o hotel e relaxar.
o Hotel Das Rübezahl é um refúgio romântico nos Alpes, com jardins, piscinas, hidromassagem, saunas, ampla área de spa, salas de leitura e relaxamento, restaurante gourmet de alto padrão e quartos preparados para oferecer o melhor conforto aos hóspedes.
Sem dúvida, se tem um hotel que vale a pena investir nessa viagem, é esse. Todos os outros hotéis sugeridos nesse post serão hotéis de passagem, apenas para dormir e tomar o café da manhã no dia seguinte, mas o Hotel Das Rübezahl foi o nosso momento de relaxamento, um respiro em meio a uma viagem cheia de checkins e checkouts.
O ponto alto da viagem pela Rota Romântica: Schwangau e os castelos
Castelo de Hohenschwangau
O Castelo de Hohenschwangau é o “irmão mais velho” e vizinho do famoso Neuschwanstein, e sua história está ligada à família real da Baviera.
Está situado na vila de Hohenschwangau, perto de Füssen, na Baviera, aos pés dos Alpes. Fica em frente ao Castelo de Neuschwanstein, separados apenas por um vale com lagos cristalinos (Alpsee e Schwansee). É possível visitar os dois castelos no mesmo dia, mas cada um terá acesso e ingresso próprios.
Foi construído sobre as ruínas da fortaleza medieval de Schwanstein. O Schloss Hohenschwangau, como é conhecido hoje, foi adquirido em 1832 pelo Kronprinz Maximilian, que iniciou um projeto de reconstrução, transformando as ruínas em um castelo neogótico, concluído em 1837.
Foi residência de verão para a família real bávara, sendo o local onde os reis Ludwig II e Otto passaram suas infâncias. Ludwig II, famoso por seus projetos arquitetônicos extravagantes, manteve a estrutura original de Hohenschwangau, fazendo apenas pequenas alterações.
O castelo está entre os lagos Alpsee e Schwansee e seu interior é adornado com pinturas murais representando temas da história e lendas medievais da Baviera, incluindo a lenda do Cavaleiro do Cisne, Loherangrîn, que foi imortalizada na ópera de Richard Wagner, “Lohengrin”.
Apesar do Schloss Hohenschwangau operar como museu do Fundo de Compensação Wittelsbacher, o castelo continua sendo utilizando, eventualmente, como local de celebração para a família Wittelsbach.
O castelo é menor e mais intimista que Neuschwanstein, mas também encantador. Seus interiores são decorados com afrescos de lendas germânicas e histórias de cavaleiros, reforçando o clima romântico. O Salão dos Cavaleiros do Cisne é um dos mais famosos, totalmente pintado com cenas de lendas medievais. Também tinha toques de modernidade para a época, como água corrente em alguns aposentos.
Curiosidade sobre Ludwig II: passou grande parte de sua infância e juventude em Hohenschwangau. Lá ele cresceu imerso em lendas medievais, histórias de cavaleiros e cisnes (símbolo da família dos cavaleiros de Schwangau), que mais tarde inspirariam sua paixão por castelos de conto de fadas e sua devoção às óperas de Richard Wagner.
Castelo de Neuschwanstein
Castelo de Neuschwanstein foi encomendado pelo rei Ludwig II da Baviera em 1869, mas nunca foi totalmente concluído.
Ludwig II, conhecido como o “rei louco” ou “rei dos contos de fadas”, queria um refúgio inspirado no romantismo medieval e nas óperas de Richard Wagner, seu grande amigo e ídolo.
O rei morreu em 1886 em circunstâncias misteriosas, pouco depois de ser deposto. Nessa época, o castelo ainda estava inacabado.
A arquitetura do castelo mistura estilos neorromânico, neogótico e neobizantino, criando uma visão idealizada da Idade Média. Tem salões grandiosos como o Salão do Trono e o Salão dos Cantores, ricamente decorados com afrescos baseados em mitos germânicos, lendas medievais e nas óperas de Wagner. Muitos ambientes foram projetados como cenários teatrais mais do que como espaços funcionais.
Além de sua incomparável beleza, o castelo se tornou famoso no mundo todo porque serviu de inspiração para o castelo da Cinderela da Disney e isso o torna um dos monumentos mais fotografados da Alemanha e um dos destinos turísticos mais visitados da Europa, com mais de 1,5 milhão de visitantes por ano.
A visita interna ao castelo é paga e os ingressos podem ser adquiridos diretamente pelo site oficial e a visita funciona com hora marcada.
Na base do castelo tem estacionamento (pago) e para subir até ele há 3 opções: trilha/caminhando, charrete ou ônibus. A melhor opção é o ônibus – compra o bilhete na hora, apenas em efetivo (não aceitava cartão quando fui, em julho/25) – 5 euros por pessoa ida e volta.
A rota romântica termina em Füssen, mas vale a pena esticar um pouco mais a viagem, pois tem mais alguns pontos e cidades interessantes para ser visitadas nos Alpes e próximo à fronteira com a Áustria.
Além da Rota Romântica: de Füssen até Munique
Wieskirche – Igreja de Wies
Depois de Füssen, colocamos no Waze a Igreja de Wies (ou Wieskirche) como próxima parada.
Essa igreja é uma joia do estilo rococó na região da Baviera. Construída entre 1745 e 1754 pelos irmãos Johann Baptist e Dominikus Zimmermann, foi erguida para abrigar uma estátua do “Salvador Flagelado”, que, segundo relatos, teria derramado lágrimas em 1738.
O milagre transformou o local em um importante destino de peregrinação. Em 1983, a Wieskirche foi reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO devido à sua arquitetura e decoração interior.
A igreja está aberta diariamente, das 8h às 20h no verão e até as 17h no inverno.
Oberammergau
Oberammergau é uma vila charmosa no sul da Baviera, famosa tanto por suas tradições artísticas quanto por seu cenário alpino de conto de fadas.
Desde 1634, os moradores encenam a famosa Paixão de Cristo a cada 10 anos, como voto pela proteção contra a peste que assolava a região. A próxima encenação está prevista para 2030.
Ao visitar a pequena cidade, caminhe pela Lüftlmalerei, vila conhecida por suas fachadas pintadas com afrescos coloridos que retratam cenas religiosas, contos de fadas e a vida rural. Na verdade, só passear pelas ruas já é uma experiência cultural, cada casa parece uma obra de arte.
Oberammergau é um dos grandes centros de entalhe em madeira da Baviera, tradição que remonta à Idade Média. Há inúmeras lojas e oficinas que vendem crucifixos, presépios, imagens religiosas e peças decorativas. Isso faz com que o turismo religioso também seja forte por lá.
Para quem deseja ir além, o Museu de Oberammergau expõe obras históricas e contemporâneas da arte local.
Vale lembrar que tem uma loja Käthe Wohlfahrt – loja dedicada ao Natal – em Oberammergau também, mas é menor do que a de Rothenburg ob der Tauber.
Além do turismo religioso e espiritual, os exploradores e amantes da natureza também se encantam por Oberammergau. A vila é ponto de partida para trilhas, passeios de bicicleta e esportes de inverno.
Para quem, assim como nós, estava apenas de passagem, a minha sugestão é passear pelas ruas, apreciar as pinturas, as lojas de madeira e artesanatos. Você vai notar que a vila mantém um espírito criativo e artesanal vivo.
Oberammergau fica próxima de atrações como:
- O Mosteiro de Ettal, uma abadia beneditina barroca.
- O Castelo de Linderhof, um dos castelos de Ludwig II (e o único que ele viu concluído).
- As montanhas e vales do Ammergebirge, para quem gosta de trilhas.
Castelo de Linderhof
O Castelo de Linderhof (Schloss Linderhof) é um dos três palácios construídos pelo rei Luís II da Baviera (Ludwig II). Fica perto de Ettal, no sul da Baviera, numa região lindíssima, cercado pelos Alpes.
Foi o único dos castelos de Luís II efetivamente concluído durante sua vida. A construção ocorreu entre 1869 e 1886, em estilo neorrococó, inspirado no gosto do rei pelo luxo da corte francesa (Versailles), sobretudo no reinado de Luís XIV, o “Rei Sol”.
O castelo não é grande, mas seus jardins são magníficos.
O interior do castelo é decorados com tapeçarias, espelhos dourados, lustres e móveis de inspiração francesa. O cômodo mais famoso é Sala dos Espelhos, mas outros que também chamam a atenção são: a Sala de Audiência, a Sala da Tapeçaria e o Quarto do Rei, com uma imponente cama dourada.
O castelo é rodeado por jardins em estilo francês, com fontes, esculturas e canteiros simétricos. Há também áreas em estilo inglês e italiano, criando uma combinação de paisagismos românticos. A fonte central lança jatos d’água de até 25 metros de altura de tempos em tempos.
Diferente de Neuschwanstein, Linderhof foi realmente habitado por Luís II, que buscava ali isolamento e contemplação.
Curiosidades:
- Ludwig II tinha o hábito de jantar sozinho, e em Linderhof havia a famosa mesa mágica (Tischlein-deck-dich), que descia ao andar inferior para ser posta e subia novamente já servida, evitando a presença de criados no ambiente.
- Próximo ao castelo está a famosa Gruta de Vênus, uma caverna artificial iluminada por eletricidade (uma inovação na época), onde Luís II ouvia óperas de Richard Wagner.
- Linderhof reflete o fascínio do rei pelo mundo da fantasia, pela França do século XVII e pelas artes.
O acesso ao castelo é fácil. Tem estacionamento (pago) e uma curta caminhada praticamente plana o liga à entrada do castelo. Apenas a visita interna é paga. O acesso aos jardins é gratuito.
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Garmisch-Partenkirchen
Garmisch-Partenkirchen é uma charmosa cidade alpina no sul da Baviera, na fronteira com a Áustria. Ela é conhecida como um dos principais destinos de esportes de inverno do país e também como um lugar perfeito para quem gosta de natureza, montanhas e tradições bávaras.
Originalmente eram duas vilas separadas: Garmisch (de origem germânica) e Partenkirchen (com raízes romanas). Em 1935, Adolf Hitler ordenou a unificação das duas para sediar os Jogos Olímpicos de Inverno de 1936. Hoje, os moradores ainda preservam identidades culturais distintas: Garmisch é vista como mais moderna, enquanto Partenkirchen mantém ares históricos e tradicionais.
É considerada a capital dos esportes de inverno da Alemanha. Possui pistas de esqui famosas, incluindo o salto de esqui de Garmisch (Olympiaschanze), usado na tradicional competição de Ano Novo da Copa do Mundo de Esqui.
A cidade fica aos pés do Zugspitze, a montanha mais alta da Alemanha (2.962 m), acessível por teleférico.
No verão, a região é ideal para trilhas, ciclismo, escalada e caminhadas alpinas.
Nossa passagem por Garmisch-Partenkirchen foi um pouco frustrante, pois pegamos chuva, o que atrapalhou nosso roteiro, até porque estamos falando de uma região que envolve atrações e atividades externas em meio à natureza.
A subida ao Zugspitze, que oferece vista panorâmica incrível dos Alpes, abrangendo quatro países (Alemanha, Áustria, Suíça e Itália em dias claros), restou frustrada. A neblina era tanta que não tinha nem como fazer o passeio. Pelo menos conseguimos aproveitar o Lago Eibsee, que fica ao lado do teleférico, e fazer um passeio de pedalinho (João monopolizou o volante do barquinho e ficamos andamento em círculos).
Partnachklamm é um desfiladeiro com passarelas junto às águas turquesas do rio Partnach. Num belo dia ensolarado seria um passeio desafiador, mas que, com canguru, daria para encarar com o João. Todavia, com tempo fechado e chuva, nem pensar.
O que nos restou foi apenas o passeio pelo centro histórico de Partenkirchen para ver o charme das casas pintadas em Lüftlmalerei (afrescos típicos da Baviera).
Recomendo incluir Garmisch-Partenkirchen apenas se tiver certeza de tempo bom ou se for viagem durante o inverno, para aproveitar as atividade típicas de alpes.
O melhor da cidade foi mesmo o restaurante Zum Wildschütz, onde comemos o melhor Schweinshaxe (joelho de porco) das nossas vidas. Chegamos cedo, sem reserva, mas o ideal é fazer reserva prévia para garantir.
Para quem viaja com criança: logo atrás da entrada que dá acesso ao bondinho que levar ao Zugspitze, ao lado de um restaurante, tem um parquinho bem legal para as crianças (que funciona também no inverno).
Playmobil Fun Park
O Playmobil FunPark é um parque temático na Baviera, dedicado ao universo dos brinquedos Playmobil. Ele não é um parque de montanhas-russas e atrações radicais como a Disney ou a Europa-Park, mas sim um espaço interativo e lúdico, onde as crianças podem brincar em cenários em tamanho real inspirados nos mundos Playmobil.
Já adianto que, para quem tem criança pequena, é o parque mais incrível da vida!
O parque fica em Zirndorf, pertinho de Nuremberg, na região da Baviera. Para quem está em Munique (como era o nosso caso), a distância aproximada é de 2h de carro. Quase desistimos de ir pela distância, mas que sorte que insistimos, porque valeu muito a pena.
O ideal, para quem viaja com criança, é incluir um dia no Playmobil Fun Park após visitar Rothenburg ob der Tauber ou, depois que finalizar a Rota Romântica em Füssen, seguir para Nuremberg e de ir para o parque. De Munique fica mais longe (sorte que Alemanha tem Autobahn).
E por que esse parque é tão maravilhoso?
Em vez de brinquedos eletrônicos, o FunPark é pensado para estimular imaginação, criatividade e atividades físicas. Os cenários são em tamanho real.
Tem Castelo de Cavaleiros – com torres, muralhas e passagens secretas. Tem Navio Pirata – um grande navio de madeira com pontes, cordas e escorregadores. Fazenda com Animais – área rural com celeiro, plantações e bichinhos. Dinossauros – área temática para explorar o mundo pré-histórico. Cidade do Oeste – bangalôs, estábulos e clima de faroeste. Área de Construção – onde as crianças podem construir com blocos gigantes. E tem também o Playmobil Mini-World – uma área coberta onde dá para brincar com milhares de figuras e acessórios Playmobil.
Grande parte das atividades é ao ar livre, mas há áreas cobertas para dias chuvosos.
Tem restaurantes, lojas temáticas e até hotel para famílias que querem dormir no clima Playmobil.
Atenção: no inverno funciona apenas em versão indoor limitada. O ingresso custa em torno de 15€ por pessoa (varia conforme temporada) – João tinha 2 anos e não pagou.
Reserve um dia inteiro para o parque, pois há muitas atividades.
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Finalizando em Munique
Finalizamos nossa viagem em Munique, de onde partia o voo de retorno ao Brasil. Não há voos direto de Munique para o Brasil, então fizemos conexão em Madri.
Ao meu ver a melhor opção seria, após o dia de diversão no Playmobil Fun Park, retornar para Frankfurt e pegar o voo direto de lá para São Paulo.
Quando fiz o roteiro, cai na tentação de incluir mais uma cidade (Munique) e acabei mudando a cidade de retorno. Todavia, pelo estilo na nossa viagem (com criança pequena), não achamos que Munique se encaixou tão bem e poderia ter ficado de fora.
Sem dúvida teria sido melhor, para o nosso estilo de viagem, a rota Playmobil Fun Park – Frankfurt – Brasil.
Munique (München) é a capital da Baviera, conhecida por ser uma das cidades mais vibrantes da Alemanha, misturando tradição bávara com modernidade. Ela é famosa pela cerveja, cultura, arquitetura, história e proximidade com os Alpes.
Porém, durante nossa visita, a cidade estava toda em obras e não dá pra dizer que vi beleza nela. Na verdade só vi mesmo andaimes, maquinário e muitas ruas com trânsito bloqueado. Aproveitamos como deu, mas não foi uma super experiência e longe de ter sido um “ponto alto” da nossa viagem pela rota romântica.
Mas a sua visita a Munique pode ser uma experiência bem diferente e eu espero que sim! Então aqui está uma lista básica do que ver e fazer em Munique:
- Marienplatz – a praça principal, coração de Munique, onde está a Neues Rathaus (Nova Prefeitura) com o famoso Glockenspiel, um relógio com bonecos animados (foto 1 da galeria abaixo).
- Frauenkirche – a Catedral de Nossa Senhora, ícone da cidade com suas duas torres.
- Viktualienmarkt – mercado ao ar livre com frutas, queijos, embutidos e bancas típicas bávaras.
- Residenz München – antigo palácio da família Wittelsbach, um dos maiores complexos palacianos urbanos da Europa.
- Hofbräuhaus – cervejaria mais famosa do mundo, fundada em 1589, com música típica e pratos bávaros.
- Augustiner-Keller – tradicional beer garden, ótimo para curtir cerveja ao ar livre.
- Se for em setembro/outubro: Oktoberfest, a maior festa da cerveja do mundo, realizada no Theresienwiese.
- Pinakotheken (Alte, Neue e Pinakothek der Moderne) – três grandes museus de arte que cobrem do Renascimento ao contemporâneo.
- Deutsches Museum – maior museu de ciência e tecnologia do mundo.
- Lenbachhaus – famoso por sua coleção do grupo expressionista “Der Blaue Reiter”.
- Englischer Garten – um dos maiores parques urbanos do mundo, maior até que o Central Park de Nova York. Tem um rio com ondas artificiais onde surfistas praticam!
- Olympiapark – construído para as Olimpíadas de 1972, com torre panorâmica e atividades esportivas.
- Jardim do Palácio de Nymphenburg – belíssimo palácio barroco com jardins amplos, canais e museus.
- Maximilianstraße – rua de luxo com boutiques de grifes internacionais.
- Kaufingerstraße e Neuhauser Straße – principais ruas de compras no centro.
- Schwabing – bairro boêmio, cheio de bares, galerias e cafés.
- Mundo BMW/Museu da BMW (foto 2 da galeria abaixo).
Considerações finais sobre nossa “road trip”pela Rota Romântica com uma criança de 2 anos
Apesar da troca de hotéis quase que diária, a viagem não foi cansativa. O fato de estar de carro facilitou muito o deslocamento e deixou a viagem fluída, sem horários fixos e cronograma definido.
O que eu fiz foi reservar os hotéis para cada dia, mas o roteiro diário não tinha horário para começar ou terminar. Tudo foi feito no nosso ritmo, sem pressa.
Recomendo viajar com os hotéis reservados para evitar o transtorno de ter que pesquisar e reservar na hora. Acaba perdendo tempo de passeio para ficar pesquisando hotel, sem contar que pode não encontrar boas opções ou pagar preços mais altos.
Como as cidades são próximas uma das outras, ainda que aconteça de chegar lá e se dar conta que seria melhor ter reservado o hotel do dia em outra cidade, não haverá grande prejuízo, pois o roteiro é facilmente adaptável e, muitas vezes, em menos de 1h você já chega na próxima cidade.
Eu sinceramente achei que demoraria mais para fazer esse estilo de viagem com meu filho pequeno. Não imaginava que já encararia logo que ele completasse 2 anos.
E não me arrependi, pois já viajei com a ideia de que eu teria que ser prática, levar pouca bagagem e agilizar a organização das malas nos checkins e checkouts. A ideia era não espalhar coisa para todos os lados. Deu certo! O troca-troca de hotel foi bem mais simples do que as pessoas imaginam.
E tem mais: estando de carro, eu só levava para o quarto do hotel aquilo que realmente era necessário. As roupas sujas/usadas já iam para uma mochila separada que ficava no carro. No final da viagem eu fiz aquela boa reorganizada e pronto.
Não foi uma viagem com foco na diversão do João, mas sempre incluíamos uma atividade para ele durante o dia. Um parquinho, um hotel com brinquedoteca, um restaurante com espaço kids, uma praça com chafariz para ele brincar na água. Funcionou muito bem e até hoje ele, durante as brincadeiras em casa, diz que vai pra Alemanha. Foi uma viagem que marcou para ele.
Outra coisa que funcionou bem foi a alimentação. João se alimentou bem nessa viagem (o que foi uma ótima novidade). Comia bem no café da manhã e também aprovou a culinária alemã. Até o famoso joelho de porco ele adorou!
Os deslocamentos na estrada, entre uma cidade e outra, não eram longos, mas acabei liberando mais tela do que o usual. João não aceita a cadeirinha de carro por muito tempo, então quando “a coisa ficava feia”, a gente negociava um pouco de desenho. Achei que quando chegasse precisaria fazer uma semana de “detox” de telas, mas nem precisou, pois ele nem pediu muito (na mesma intensidade que pedia na viagem).
Estávamos em processo de desfralde, mas na viagem acabei deixando ele de fralda mais tempo do que eu faria se fosse em casa. Ao contrário do que eu imaginava, não tivemos regressão. 2 dias depois ele já estava novamente sem fralda e, inclusive, dias depois também desfraldou o cocô. Mais uma prova do que eu sempre digo: as viagens influenciam muito no desenvolvimento deles.
Sugestões de outros castelos que podem se incluídos no seu roteiro pela Rota Romântica
Para que esse post fique o mais completo possível, eis aqui uma listinha de mais castelos que você pode incluir no seu roteiro pela rota romântica:
Castelo de Wertheim
Situado na cidade de Wertheim am Main, é uma joia da arquitetura medieval. Construído no século XII pelos Condes de Wertheim, possui rica tapeçaria, história e cultura, sendo um testemunho vivo dos tempos medievais e das batalhas da Guerra dos Trinta Anos, quando foi significativamente danificado, no ano de 1619.
Castelos de Gamburg e Weikersheim
Castelos Gamburg e Weikersheim se destacam em especial pelos seus jardins barrocos. Tauberbischofsheim ganha a cena com seu Palácio Eleitoral, que já foi sede oficial do Eleitorado de Mainz.
Bad Mergentheim
O legado da Ordem Teutônica ganha destaque em Bad Mergentheim, com um parque estilizado à moda inglesa.
Castelo de Harburg
Situado acima da cidade de Harburg, o Castelo de Harburg é um dos castelos mais bem preservadas da Rota Romântica da Alemanha. Esta fortaleza, cuja história remonta ao ano de 1150, não é apenas um dos castelos mais antigos, mas também um dos mais grandiosos de toda a região sul da Alemanha.
A construção se mantém em grande parte como era no século XVIII, mas tem suas origens nos séculos XI e XII. Associado à prestigiada família nobre de Oettingen por mais de 700 anos, o castelo sobreviveu a inúmeras batalhas.
A visita ao Castelo de Harburg também encantará adultos e crianças que gostam de contos de fadas, pois passeando pelas áreas ao redor do castelo, o visitante se depara com cenas icônicas que remetem aos contos Chapeuzinho Vermelho, Bela Adormecida e Rapunzel.