A primeira viagem internacional do meu filho João, que na época estava com 7 meses de idade, foi para um resort de neve. Depois, com 1 ano e 3 meses, fizemos a segunda viagem para neve. A partir das nossas duas experiências consigo pontuar os prós e contras de uma viagem de esqui com bebês e crianças para que você possa avaliar se vale a pena ou não para sua família.
Antes de ser mãe, no ano de 2022, fizemos uma viagem com um grupo de amigos para esquiar em Valmorel. Ficamos no Club Med Valmorel e relatei como foi a experiência aqui.
Em 2023 não teve temporada de esqui pra mim, pois durante a temporada do hemisfério norte, eu ainda estava grávida e durante a temporada da América do Sul, eu estava com bebê recém nascido.
Então voltamos a incluir a viagem de esqui no nosso calendário a partir de 2024. Como eu estava animada para voltar a praticar um esporte que adoro (não sou uma exímia esquiadora, mas me divirto mesmo assim), já marquei logo duas viagens no ano.
A primeira viagem foi no início de 2024, para o Club Med Les Arcs, na França, enquanto a segunda viagem foi no mês de setembro, para Bariloche. Foram duas experiências bem diferentes.
Apesar de eu ter reproduzido o que fiz em 2022 (naquele ano também fomos para um Club Med no primeiro semestre e para Bariloche no segundo semestre), agora, com um bebê, foi bem diferente.
Por que escolher um Club Med de inverno para esquiar?
Club Med é uma rede de resorts com opções de hotéis em vários países do mundo, incluindo resorts de praia e resorts nas montanhas, voltados para a prática de esqui e atividades de inverno.
Depois de conhecer o Club Med de Valmorel (França) e gostar da experiência, repetimos o estilo de viagem, dessa vez para o Club Med Les Arcs, que também fica na França.
Na Europa, há opções de Club Med de neve em três países: França, Suíça e Itália. A maior quantidade de resorts se concentra na França.
Eu gosto dos resorts da rede porque é um jeito fácil de viajar para esquiar. É prático para quem não tem muita experiência com o esporte e oferece aulas inclusas no pacote.
A temporada de neve nos resorts dos Alpes, no geral, tem início em dezembro e se estende até abril. Os preços no início e final da temporada costumam ser mais atrativos, mas também existe um risco de ter ou não neve suficiente na montanha.
O Club Med Les Arcs é considerado um dos melhores. É um resort novo e fica na área de Paradiski, na região da Savoia (Alpes Franceses), que é uma das maiores e mais importantes áreas esquiáveis do mundo, com 425km de pistas de todos os níveis (amplas e longas). A estação é formada por quatro subestações (Arc 1600, Arc 1800, Arc 1950 e Arc 2000), que ficam em altitudes diferentes e são ligadas por estradas e, algumas, por funiculares.
O resort fica na montanha (é ski-in ski-out) e, a base da montanha fica o povoado de Bourg St Maurice, que é onde você encontra farmácia, supermercados, restaurantes, cafés, etc. Na própria montanha, que é dividida em níveis conforme a altitude, também há pequenos vilarejos com mercadinhos, lojas, restaurantes e farmácia. Isto significa dizer que não há necessidade de descer até Bourg St Maurice, a menos que você queira.
Para quem chega de trem, a estação mais próxima do Club Med Les Arcs será a estação de trem de Bourg St Maurice. Depois, de lá, é preciso pegar o funicular, subir até a primeira parada da montanha e, finalmente, terminar o trajeto de ônibus, que para na frente do resort. Parece complexo falando assim, em etapas, mas é tudo pequeno e simples.
Todavia, apesar de simples, para quem viaja com bebês e crianças, é melhor contratar um transfer do aeroporto até o resort. Foi assim que fizemos.
As formas mais tradicionais de chegar são 4: a partir de Paris, a partir de Lyon, a partir de Genebra e partir de Turim. No nosso caso, pegamos um voo do Brasil para Lisboa e de Lisboa para Lyon. Em Lyon pegamos o transfer até o Club Med (210km). Esse transfer eu contratei diretamente com o resort e paguei por pessoa.
Para quem desembarca em Genebra ou Turim, a ideia é a mesma: pega o transfer a partir de Genebra (140km) ou a partir de Turim (195km). Para quem chega por Paris, fica muito longe para ir de carro, então seria o caso de ir de trem (TGV – viagem dura cerca de 4h30) até Bourg St Maurice (dependendo da idade da criança eu acho que é tranquilo, apesar da questão das malas) ou pegar um voo até Lyon e depois o transfer. A vantagem do transfer é que ele te deixa na porta do hotel, é muito mais confortável do que pegar trem e ter que lidar com as malas.
Em relação à área esquiável, a montanha, da base ao pico, tem 3.250m, 435km de pistas, 256 pistas (12 pistas iniciantes, 128 pistas intermediárias, 79 pistas avançadas e 37 pistas experts), 121 teleféricos (58 no estilo cadeirinha, 1 funicular, 19 gôndolas, 43 de superfície).
O hotel é novo, os quartos são confortáveis, tem clubinho e recreação infantil para crianças de todas as idades, além de boa culinária e uma excelente área esquiável.
Para quem essa viagem é indicada?
Uma viagem para um resort Club Med de neve, seja qual for, é legal para viagens em grupos e em família. O estilo da viagem tem aquele conceito “comunitário”, divertido para curtir em um grupo grande. Cada um segue sua programação, mas todos se encontram para as refeições, por exemplo.
Nossas duas viagens (primeiro para Valmorel e depois para Les Arcs) foram com família de amigos. A experiência é bem divertida.
Para famílias com filhos a partir de 4 anos, digo que não tem experiência melhor para conhecer e se divertir na neve, pois o hotel oferece clubinho para crianças a partir dessa idade. O valor desse clubinho já está incluso na diária, inclusive com aulas de esqui em grupo.
Para famílias com filhos menor de 4 anos é preciso avaliar, pois pode ser boa ideia ou não, dependendo do que você gosta.
Existem clubinhos para bebês menores de 2 anos e para crianças de 2 a 4 anos, mas são pagos separadamente. No Club Med Les Arcs, por exemplo, do valor do clubinho para crianças menores de 2 anos era 50 euros por dia no caso de meio período ou 90 euros por dia, para ficar o dia todo.
Os clubinhos “baby” são como “creches”, com monitores, brinquedos, alimentação, soneca. Como precisam atender os pré-requisitos, quantidade de monitores por criança, as vagas são limitadas. Precisa fazer reserva prévia, pois a procura é grande e muitos pais que chegam lá sem reserva, não conseguem vaga para os filhos.
Uma amiga perguntou se, caso ela estivesse com babá, poderia usar a instalação do clubinho baby – para bebês menores de 2 anos (para não deixar o bebê sozinho com as monitoras). A resposta é não. Apenas o bebê inscrito pode acessar o clubinho. Os pais podem passar lá durante o dia e olhar pelo vidro, perguntar como a criança está, mas ninguém entra.
Para crianças de 2 a 4, dependendo do resort, tem brinquedoteca.
Caso você viaje com seu filho menor de 4 anos e não queira essa opção do clubinho, seria bom levar rede de apoio para te ajudar. Claro, digo isso quando o pai e a mãe desejam esquiar.
Nós não levamos rede de apoio e usamos o clubinho somente 2 dias em meio período. Então, o pai e eu nos revezamos entre esqui e cuidar do João. O resultado foi que ficamos exaustos ao quadrado.
Esquiar cansa bastante, chegar do esqui e cuidar do filho, demanda bastante. É importante pensar nisso. Em Valmorel, eu chegava do esqui, tomava banho, descansava, era outro ritmo. Em Les Arcs eu não parava um minuto e ainda precisava sincronizar meu tempo de esqui com os intervalos das mamadas dele, pois na época eu estava amamentando.
O tempo passa e nossa mente mantém as boas memórias. Mas eu lembro que eu voltei da viagem tão cansada, que disse que dessa forma não faria de novo. Que se fosse esquiar novamente, levaria rede de apoio para me ajudar.
Em 2022, em Valmorel, uma das minhas amigas levou o filho, na época menor de 4 anos (não frequentava o clubinho) e eu achei que seria igual comigo em 2024, no Les Arcs. Mas eu não me dei conta de algo que faria toda a diferença: a minha amiga não esquia, então ela ficava o dia todo cuidando do filho (claro, é cansativo também), mas não se desdobrava entre as aulas e o filho. Então quando eu cheguei e me deparei com a nova realidade, foi um baque. Até porque, com 7 meses, João ainda acordava, em média, 2 vezes durante a madrugada.
Minha imunidade caiu horrores, precisei de bastante remédios, e por mais que a viagem estivesse sendo muito legal, eu estava muito cansada, parecia que estava em uma maratona. Pra completar, João estava com dentes nascendo e teve uma noite de febre também.
Eu não me arrependo de ter ido, porque no final das contas o que fica são as boas memórias e a experiência. Mas não posso mentir e dizer que foi mil maravilhas.
Eu voltei com uma conclusão: só voltaria para um Club Med depois dos 4 anos do João ou com rede de apoio para me ajudar.
De lá pra cá (1 ano depois) já me deu vontade voltar. E digo que já arriscaria uma viagem nos mesmos moldes, mesmo sem rede de apoio. João com 7-8 meses é diferente do João de agora com 1 ano e 7 meses. Algumas mães dizem que acha que essa fase (depois que a criança começa andar) é mais difícil, mas eu não acho. Agora eu não amamento mais, João dorme a noite toda, João come bem (há 1 ano era início de introdução alimentar ainda)… O lado mais desafiador é a energia, agora eu fico correndo atrás dele o tempo todo e ele quer brincar o dia todo, mas eu também já me sinto mais adaptada à nova realidade.
E também, agora, eu já me sinto mais tranquila de colocar ele no clubinho, coisa que antes me dava mais insegurança.
Claro, se tiver a oportunidade de voltar antes dos 4 anos e levar rede de apoio, será a melhor opção.
Seja como for, fato é que a partir dos 4 anos do João, pretendo voltar a fazer as nossas viagens anuais de esqui para conhecer todos os outros Club Med de neve que ainda não conhecemos.
Agora, volto a frisar: se seus filhos já são 4+, a viagem tende a ser muito vantajosa. Pois a opção de clubinho permite aos pais curtirem as pistas enquanto as crianças aproveitam os dias (e esquiam também) com os monitores.
Como é o Club Med? O que tem?
No Brasil, os resorts da rede Club Med vendem pacotes para uma semana. Nos países da Europa é possível comprar por diárias, mas se você está no Brasil e quer comprar pelo site, sempre será um pacote fechado de uma semana.
Tudo pode ser feito pelo site: você escolhe seu hotel, preenche os dados da viagem e efetua o pagamento. É super simples e a confirmação vem por e-mail, com os dados da sua reserva.
Depois de efetuada a compra, o viajante recebe informações sobre login no app e lá é possível personalizar a viagem, incluindo reserva de equipamentos e reserva do clubinho para as crianças.
Em síntese, é uma viagem extremamente simples de planejar, pois os resorts são all inclusive e, principalmente nos casos dos hotéis de neve, que ficam nas montanhas, você talvez nem saia de lá, exceto para dar uma voltinha na vila.
Pelo app você acompanha todas as atividades que acontecerão no hotel durante sua hospedagem: aulas de ginástica, clubinho infantil, shows e espetáculos, jogos, refeições, aulas de esqui, etc. No app consta o dia das atividades, os horários e o local onde acontecerão.
No resort de neve a dinâmica funciona basicamente assim:
- Café da manhã
- Aula de esqui (manhã)
- Confraternização Aprés ski
- Almoço
- Aula de esqui (tarde)
- Happy hour
- Jantar
- Shows
Paralelamente às aulas de esqui acontecem aulas de ginástica variadas e o clubinho das crianças, cheio de atividades e aulas de esqui de manhã e de tarde (com opção de fazer ou não a aula).
O resort de neve “gira” em torno do esqui, mas algumas pessoas que optam por não esquiar também podem desfrutar de descanso no spa, piscina ou passar a tarde socializando nas áreas comuns, tomando drinques ou vinho.
O que está incluso no pacote do Club Med?
O pacote de 1 semana inclui: hospedagem com todas as refeições e bebidas (all inclusive), 10 aulas de esqui (2 aulas por dia, de segunda a sexta), acesso a todos os lifts (teleféricos) da estação (de segunda a sábado), uso das áreas comuns do resort e aulas de ginástica.
A maioria dos resorts possui um restaurante principal e outro restaurante à la carte com especialidades locais, também dentro do sistema All Inclusive.
Crianças menores de 4 anos não pagam pela hospedagem no Club Med.
O que não está incluso no pacote do Club Med ?
O aluguel dos equipamentos de esqui e os serviços de spa. Aulas particulares de esqui também podem ser contratadas a um custo adicional. Exemplo: se seu filho tem 3 anos, ainda não tem turma de esqui para ele, mas é possível contratar aula particular.
Clubinho para menores de 4 anos também é pago à parte.
O pacote de uma semana no Club Med vale a pena?
Viagem de esqui é um tipo de viagem que exige alto investimento, pois esquiar é um esporte caro (considerando o custos das roupas, dos equipamentos, das aulas e acesso aos teleféricos da montanha). O pacote de neve do Club Med é uma ótima opção para deixar a viagem mais acessível e manter a boa qualidade da experiência. Não dá pra dizer que é barato, mas considerando tudo que inclui, o conforto e a comodidade, acho que para uma viagem em família, é uma opção interessante.
Se você optar por fazer tudo separado em um outro destino, provavelmente o custo da viagem será bem maior. No Club Med você tem tudo num só lugar e por um valor mais acessível, sem reduzir padrão da viagem: os quartos são confortáveis, a culinária boa (incluindo as bebidas) e as aulas de esqui são, sem dúvida, o grande diferencial.
Aqui o público é familiar (apesar de ter opções de Club Med que não aceitam crianças) e direcionado para pessoas que tem nível iniciante ou intermediário de esqui. Para quem já tem nível avançado, as aulas acabam não fazendo mais sentido, aí é melhor viajar por conta mesmo para estações mais badaladas como Courchevel, Val Thorens, St. Moritz, Aspen Snowmass (outro público, outro custo, outro estilo de viagem).
Outro ponto positivo é o sistema ski in/out: você aluga os equipamentos no próprio hotel e recebe a chave do seu armário para guardá-los. Os armários saem direto para a pista de esqui. Essa comodidade é crucial para aguentar o pique de uma semana de aulas!
Club Med Les Arcs ou Valmorel?
Gostei mais de Valmorel.
A estação de Valmorel é menor, mas o ambiente é mais acolhedor também.
A culinária do Club Med Valmorel era melhor. Não gostei muito da culinária do Les Arcs.
Os quartos eram similares, mas em Valmorel ficamos em um quarto com varanda. Mas, de modo geral, os quartos do Les Arcs são mais novos.
A limpeza não é um ponto forte dos hotéis. Tanto a limpeza do Club Med Valmorel quanto do Club Med Les Arcs, para o meu gosto e exigência, deixa a desejar.
Em linhas gerais, os dois são bons resorts de neve, mas eu gostei mais do Club Med Valmorel.
Vale a pena ir com crianças menores de 4 anos?
Depende de cada família.
Para as crianças 4+ é, sem dúvida, boa opção, pois há muitas atividades para elas.
Para bebês de 0 a 23 meses, os resorts Club Med oferecem o Baby Welcome, com banheira, trocador, berço portátil, carrinho de bebê, aquecedor de mamadeira disponíveis na acomodação; o o Baby Corner, que é o espaço para preparar a comida do bebê no restaurantes; e o Baby Club Med (baby sitting com custo adicional).
Para crianças de 2 a 3 anos, tem brinquedoteca de livre acesso e Petit Club Med (com custo extra) com monitores especializados em primeira infância e atividades recreativas.
Para crianças menores de 4 anos não tem aulas de esqui em grupo. Os pais, se quiserem, precisam comprar aulas particulares separadamente para a criança. Também podem levá-la consigo, mas sei que isso depende de os pais já saberem esquiar e se sentirem seguros para levar a criança (dificilmente vai ser o caso).
O ponto positivo é que é uma forma de fazer uma viagem para neve/frio, sem que a criança fique de fato exposta ao frio. As atividades serão feitas dentro do hotel e você só vai sair com o bebê ou com a criança na hora que você quiser, por opção e não por necessidade.
Tanto que nem precisa levar muitas roupas de frio pesadas, já que dentro do hotel a temperatura fica agradável (uma roupa de frio comum basta). Claro que precisa levar uma roupa impermeável, uma bota, gorro, luvas… mas para usar na hora que for sair da porta do hotel pra fora.
Para quem viaja com bebê, terá direito a carrinho de bebê, banheira, aquecedor de mamadeiras e berço portátil. Pedi apenas a banheira e o berço. Carrinho eu levei e aquecedor de mamadeiras eu não uso.
Quais são os resorts Club Med com clubinho?
Baby Club Med: para bebês de 4 a 23 meses.
Petit Club Med: para crianças de 2 a 3 anos. Pago à parte. Petit Club Med (com custo extra) com monitores especializados em primeira infância e atividades recreativas.
Mini Club Med+: 4 a 10 anos. Incluso. Mini Club Med com esportes, minieventos, shows e brincadeiras, e Club Pijamas (com custo extra) para atividades noturnas.
Teens Club Med: 11 a 13 anos. Incluso. Junior Club Med com esportes em grupo e aulas de esqui nas férias. O espaço Passworld® tem custo à parte e reserva videogames, paredes de escalada e muito mais.
Club Med Chill Pass: 14 a 17 anos. Incluso. Junior Club Med com esportes em grupo e aulas de esqui nas férias. O espaço Passworld® tem custo à parte e reserva videogames, paredes de escalada e muito mais.
- Serre Chevalier: sim, todos.
- Valmorel: sim, todos.
- Alpe d’Huez: sim, todos.
- Les Arcs Panorama: sim, todos.
- La Rosière: sim, todos.
- Grand Massif Samoëns Morillon: sim, todos.
- Tignes: sim, a partir de 2 anos.
- Peisey-Vallandry: sim, a partir de 2 anos.
- La Plagne 2100: sim, a partir de 2 anos.
- Val d’Isère*: sim, a partir de 4 anos.
- Val Thorens Sensations: apenas a partir de 11 anos.
- Quebec Charlevoix (Canadá): sim, todos.
- Saint-Moritz Roi Soleil (Suíça): sim, a partir de 4 anos.
- Pragelato Sestriere (Itália): sim, a partir de 2 anos.
*Alguns resorts possuem espaço Exclusive Collection. Esse segundo tipo de acomodação está disponível em alguns resorts de neve, mas o Val d’Isère é 100% Exclusive Collection. Para além das acomodações e ambientes mais sofisticados, os diferenciais são: recepção e check-in exclusivos, concierge, serviço de quarto, SPA na suíte, Wi-Fi premium, áreas exclusivas e reserva prioritária no restaurante Gourmet à la carte. As demais comodidades do all-inclusive também estão incluídas.
Além da lista acima, há mais 3 resorts Club Med na China e 4 no Japão.
Por que escolher América do Sul para esquiar?
Bom, depois da experiência no Club Med Les Arcs, eu achei que escolher Bariloche para o segundo semestre e aproveitar a temporada de esqui na América do Sul, seria uma boa ideia. Acontece que não foi bem assim.
Sabe aquela viagem que mesmo com tudo bem programado, acontece um monte de coisas erradas que no final te desanimam? Pois é, foi o caso dessa viagem para Bariloche, que tinha tudo para ser proveitosa, mas não foi.
Comprei passagens com antecedência, reservei hotel, fechei as aulas de esqui. Fiz tudo como manda a boa organização. Inclusive, consegui levar minha mãe para nos auxiliar.
O problema começou com o cancelamento do nosso voo cerca de 1 mês antes da viagem. Eu tive tempo de reorganizar tudo, mas me deu um baita trabalho, pois o meu voo era o único voo direto do dia. Se eu quisesse ir no mesmo dia, teria que ir em um voo com conexão em Buenos Aires. No final das contas tive que mudar o dia da viagem, que resultou em alteração na reserva do hotel também.
Minha mãe estava junto e nos ajudou bastante com João (nos dias que fomos esquiar), mas logo no meio da viagem ela ficou muito gripada e precisamos nos reorganizar.
A escolha do hotel não foi acertada. Reservei o Llao Llao (já tinha ficado lá em 2022) e achei que, pela estrutura, seria uma boa opção para minha mãe ficar com o João nos dias de esqui. Mas não foi. O hotel fica muito fora de mão e o deslocamento de lá até o centro ou de lá até o Cerro Catedral demorava demais.
A viagem foi cansativa, pois não dava para sair do hotel e simplesmente ir dar uma volta na cidade, depois voltar para hotel, mais tarde sair de novo… Como estávamos a 30 – 40min do centro, tinha que sair de uma só vez.
E, para completar, pegamos uma semana que nevou muito. Foi legal por um lado e péssimo por outro. Minha mãe e minha irmã nunca tinham visto neve, então foi legal pela experiência de ver neve, ver nevando, neve caindo… Mas justamente isso prejudicou toda a viagem. Não dava para fazer atividades ao ar livre porque estava nevando e ventando. Não deu para esquiar todos os dias programados porque a montanha fechou (quando está ventando muito, fecha tudo).
Enfim, não conseguimos fazer muita coisa. Uma sucessão de erros misturada com falta de sorte.
E, já ia me esquecendo: um dos motivos que me fizeram escolher Bariloche como destino foi justamente o bom custo-benefício da viagem. Em 2022 eu tinha ficado deslumbrada com tudo, pois fizemos uma viagem maravilhosa e gastamos pouco. Porém, muita coisa mudou de lá pra cá e viajar para Argentina está muito caro, Bariloche então, nem se fala.
O ticket de acesso à montanha/pistas custava cerca de 190 reais/dia (40 mil pesos) em 2023. Em 2024 subiu para 550 reais/dia (120 mil pesos). Hotéis mais caros, restaurantes mais caros… Enfim, os preços mais que dobraram.
Os poucos passeios que conseguimos fazer, além de passear pelo centrinho, foram: Circuito Chico e Piedras Blancas (embaixo de muita neve caindo). Os passeios tiveram que ser rápido, porque o tempo não estava colaborando.
Então, hoje, com João na faixa dos 2 anos de idade, se fosse para escolher entre uma viagem para algum Club Med de neve ou esqui na América do Sul, escolheria Club Med, pois ter tudo em um lugar só, facilita para viagem com bebê/criança pequena.
Dica extra: esqui na Áustria
St. Anton é um dos destinos de esqui mais tradicionais da Áustria, com ótima infraestrutura para famílias. Além das aulas específicas em áreas separadas e seguras. O destaque fica por conta do Kinderspielplatz (Parque Infantil), um parque de neve onde as crianças podem se divertir em trenós e fazer bonecos de neve.
Outra sugestão é Serfaus-Fiss-Ladis, estação de esqui considerada um paraíso para as crianças, excelente infraestrutura, incluindo pistas adaptadas e atividades lúdicas.
As crianças também podem se divertir no Adventure World Serfaus, que é um parque aquático temático, aproveitar a tirolesa Serfauser Sauser, que liga as estações Sunliner e Komperdell e curtir as pistas de trenó.
Quem já tem filhos na faixa etária de 4 anos+, é uma ótima sugestão de destino.
Tenho em mente levar João quando ele tiver numa idade que aproveite bastante esse tipo de turismo, provavelmente a partir dos 5 anos.
Conclusão
Para você que está querendo fazer uma viagem de esqui com seu filho, seja ele bebê ou criança, a opção mais prática é escolher um Club Med de neve. É o que recomendo para quem vai ter a primeira experiência.
Para quem já viajou para esquiar outras vezes e já está com filho na faixa etária 4+, a Áustria me parece ser uma opção interessante se o foco da viagem for não somente esqui, mas atividades divertidas na neve.
