Eu ouvi muito que depois que me tornasse mãe, “não viajaria mais” ou que “iria viajar muito menos quando tivesse um bebê”. Para contrariar essa “expectativa”, nunca viajei tanto na vida quanto no último ano. João veio para reafirmar minha paixão por viagem e me mostrar que é muito melhor “ter trabalho” viajando do que em casa.
Por que as pessoas te dizem isso?
As pessoas te dizem que você “não viajará mais” ou que “vai viajar muito menos” porque isso é a frustração delas depositada em você. Seja qual for o motivo, elas decidiram que não dava mais ou que não queriam mais viajar e, curiosamente, querem que todas as mães entrem nesse ciclo (se todo mundo faz assim, então ninguém vai se sentir mal por isso, certo?).
Mas quantas dessas pessoas realmente viajavam antes dos filhos? A maioria já não tinha esse costume antes, então é óbvio que com a chegada do filho isso se perpetuará.
Então, contrariando o senso comum, olha nós aqui, viajando mais do que nunca!
O que mudou nas viagens com a chegada do bebê?
Antes de ser mãe eu já estava numa fase que selecionava bem as viagens que queria fazer. Eu não topava mais qualquer viagem de final de semana ou feriado. Muitas vezes, passar o final de semana em casa era prioridade, pois eu queria (e conseguia) descansar.
Com a chegada do João, eu percebi que ninguém entende nada sobre o que é a maternidade, até se tornar mãe. Foi então que me dei conta que a vida mudou e os finais de semana de descanso se foram (sei que vão voltar, mas só quando meu filho estiver maior).
Agora, quando o final de semana ou feriado chega, eu tenho basicamente duas opções: ficar em casa procurando atividades para fazer com meu filho (e ainda cuidar da casa, ir no mercado, pensar em almoço e jantar) ou pegar o primeiro avião com destino a qualquer lugar! Eu prefiro a segunda opção… Muita gente não prefere, mas eu também entendo o motivo e geralmente é assim porque viajar com bebê demanda um grande esforço.
Somos sozinhos na nossa cidade (sem familiares no estado), então o que as pessoas geralmente costumam fazer nos finais de semana, não é a nossa realidade. Não temos casa da vovó para ir, não temos aniversário da prima no sábado nem atividades familiares no domingo. Então eu prefiro viajar para algum hotel e ter bons momentos em família, sem precisar me preocupar com ir ao mercado, organizar a casa, preparar comida…
Quando eu escrevi sobre as nossas viagens até os 6 meses do João, eu disse que “viajar com bebê é diferente, pode ser mais difícil ou não, dependendo das suas escolhas”. Não que eu tenha mudado de opinião, mas depois de me sentir mais experiente no assunto, já está ficando tudo mais automático, sabe? Arrumar as malas não é mais tão difícil, pegar voo com ele virou algo normal, organizar a viagem já não demanda mais tanto tempo.
E como fica a rotina do bebê na viagem agora?
Como já fiz nas nossas primeiras viagens, até os 6 meses, para não sofrer (e aproveitar) é preciso aliviar um pouco a rotina nas viagens. E agora já está bem mais tranquilo.
Quando João fazia 3 ou 2 sonecas no dia, eu precisava limitar mais a programação e não perder o time das sonecas, pois se uma soneca saísse do horário, desencadeava uma catástrofe em cadeia e o dia todo ficava bagunçado. Agora não, agora com uma soneca por dia, se atrasar um pouco pra começar, não gera um grande impacto na organização do dia.
O próprio João já faz a rotina dele. Sempre tem uma alteração ou outra nos horário, mas, de modo geral, ele segue muito bem o que já acostumado a fazer. Quando sente sono, dorme, quando está descansado, acordo, se tem fome, pede comida e isso tudo facilita nossas viagens também.
Hoje eu já posso afirmar tranquilamente que “sair da rotina” não é algo que me impede de viajar com meu filho.
E quando voltamos de viagem, em menos de 1 semana já volta tudo ao normal sem grandes dificuldades.
O que avaliar na hora de escolher o destino para viajar com bebê entre 7 meses e 1 ano e 7?
Para os primeiros meses de vida do bebê eu escolhi destinos dentro da “zona de segurança”. Até os 6 meses do João eu estava aprendendo a viajar com um bebê, então se fosse algo muito diferente, poderia me desanimar para as próximas aventuras e eu não queria que isso acontecesse.
Agora, em regra, eu escolho destinos comuns/clichês ou que já visitei. Também priorizo viagens para hotéis e resorts.
Vou explicar o motivo:
Escolho destinos comuns/clichês porque percebi que há um motivo por serem assim classificados. Não é à toa que muitos pais levam seus filhos à Disney (claro que aqui estou falando de uma parcela super privilegiada da população). Disney é preparada para receber bebês e crianças, realmente facilita a vida dos pais, então além da magia e diversão, tem esse motivo por trás.
Opto por destinos que já visitei porque viajar com um bebê/criança nessa fase, ao menos que você viaje com bebê ou rede de apoio, você fica na função “mãe” o tempo todo. Não estou reclamando, estou relatando como uma característica dessa fase. A criança demanda cuidados, atenção e quer fazer atividades o tempo todo. O bebê de 1 ano e meio ainda não entende que o mundo não gira ao redor dele, ele está aprendendo e isso vai levar um tempo.
Se eu for para um destino inédito, que quero muito conhecer ou que talvez não tenha outra oportunidade de voltar, posso me sentir frustrada por não ter feito coisas que eu gostaria naquela viagem.
Vou dar um exemplo: eu quero muito ir para o Japão e sei que daria para ir para lá com m bebê de 1 ano tranquilamente, pois a estrutura do país é excelente. Porém, é um destino que eu não levaria ajuda (rede de apoio), então eu ficaria 100% na função mãe, aproveitaria a viagem com meu filho, mas não seria a mesma coisa de viajar com ele para o Japão quando ele tiver 5, 6 anos e tiver maior compreensão, esperar, colaborar…
O bebê de 1 ano e meio quer brincar o tempo todo, não espera, sai correndo como se estivesse fugindo da polícia. Então prefiro alinhar realidade e expectativa dentro do possível. Se eu levar João pra Itália agora, não vou conseguir ter uma boa experiência em museus, igrejas e atrações históricas. Mas se eu for com ele para Nova York, vai ser legal, pois é um destino familiar pra mim, que eu já conheço, já sei o que fazer com ele por lá.
Então se é um destino que já fui, que já fiz as atrações principais, ok. Posso voltar e curtir uma viagem diferente, como fizemos em Lisboa.
Mas, claro, também estamos abertos a conhecer lugares que ainda não fomos, tudo vai depender do que tem pra fazer lá, do roteiro e das expectativas sobre o lugar. Como exemplo posso citar Canadá, um país que ainda não visitei e que iria com o João nessa fase, pois o roteiro que eu faria comporta uma viagem com filho pequeno.
E o clássico para pai e mãe “relaxar” nessa fase é a viagem para um resort. Apesar de João ainda não aproveitar as recreações com monitores (começam, no mínimo, aos 3 anos), é um ambiente seguro, confortável, com tudo ao seu dispor. É uma viagem fácil! Quando não queremos planejar, quando queremos descansar, vamos para um hotel, pousada ou resort com boas atividades para crianças.
Então é isso, vou variando o estilo das viagens e vendo o que funciona melhor para cada fase.
Confira também:
As viagens dos 7 meses até 1 ano e 7 meses
França – Club Med Les Arcs:
Idade: de 7 para 8 meses
Essa foi a primeira viagem internacional que fizemos com João. Na data do embarque ele estava com 7 meses e completou 8 meses durante a viagem.
A viagem demandou bastante organização, principalmente em relação ao deslocamento, que foi bem complexo.
Primeiro um voo de Campo Grande até Campinas. E, no mesmo dia, um voo de Campinas até Lisboa.
Chegando em Campinas acessamos a sala vip da Azul e lá eu dei banho no João, para ele viajar pronto, de banho tomado e pijama no corpo. Antes eu acessava sala vip para deixar a viagem mais gostosa, comer quitutes e tomar vinho. Hoje é para dar banho e comida para o João.
Conseguimos emitir passagens na classe executiva na Azul, referente ao trecho Campinas – Lisboa. Foi bom, mas não excelente como eu achei que seria. Bebês dividem poltronas com o responsável e eu tenho um bebê espaçoso, que ocupou a poltrona toda pra ele e reclamava se eu encostasse nele (acabei me esmagando no cantinho porque mãe prefere dor nas costas do que bebê acordado de madrugada). Enfim, pelo menos dormiu a viagem toda e se fosse em econômica dormiria no meu colo, seria pior.
Chegamos em Lisboa, esperamos um tempo na sala vip (troquei e dei comida ao João) e pegamos um voo da TAP até Lyon-França. Voo relativamente rápido, tudo tranquilo.
Chegando em Lyon que veio o perrengue. Traslado de 3 horas até o Club Med Les Arcs, mas estava tendo greve na estrada e a viagem atrasou em pelo menos 2 horas. Chegamos tarde no hotel e foi bem cansativo.
Na volta fizemos o mesmo percurso, com a diferença que passamos alguns dias em Lisboa – vou falar sobre essa parte da viagem em tópico separado.
O Club Med Les Arcs fica no coração dos Alpes, entre França, Itália e Suíça, na região chamada de Paradiski, excelente para a prática de esportes de inverno, em especial esqui. A área de Paradiski é uma das maiores e mais importantes áreas esquiáveis do mundo, com 425km de pistas de todos os níveis (amplas e longas).
Então teremos sim essa história para contar: a primeira viagem internacional do João foi para neve, para uma estação de esqui.
Apesar de assustar, foi uma escolha bem tranquila, pois estávamos no Club Med Les Arcs, hotel de neve da rede, com toda a estrutura para a família encontrar tudo que precisa no mesmo lugar.
As aulas de esqui acontecem de manhã e de tarde, então rolava um revezamento entre o pai e eu para esquiar e cuidar do João e, algumas manhãs, colocamos ele para brincar no clubinho baby, que é oferecido para bebês (na época era 50 euros para ficar na parte da manhã).
Para crianças a partir de 4 anos o club med oferece os clubinhos, divididos por idade, sem custo adicional.
Os hotéis da rede Club Med são resorts all inclusive, então tudo fazíamos no hotel mesmo. Foi bem prático na verdade. Ele estava no início da introdução alimentar e ainda não comia sal, então eu levei papinhas da Papapá e ele aceitava muito bem.
Por outro lado, foi cansativo, pois a rotina era: acordar, arrumar todo mundo, café da manhã, esquiar, almoçar, cuidar do João, dormir. Mas foi legal! Eu adoro esquiar, então ter a oportunidade de fazer algo que eu realmente gosto com o meu bebê de 7 meses por perto, foi bem animador (no sentido de confirmar que eu ainda posso fazer coisas que gosto).
Ficamos uma semana no Club Med e saímos para passear apenas 1 vez. Não tem muito o que fazer por lá além de esquiar e aproveitar a estrutura do hotel.
Eu voltei dessa viagem pensando que não iria querer voltar até que João completasse 4 anos (para aproveitar as atividades e esquiar), mas agora quando lembro, minha memória já apagou as dificuldades e estou querendo fazer outra viagem para club med de neve. 2025 eu disse que iria pular (e realmente vou, pois a temporada de neve na Europa acaba em março/abril), mas 2026, quando João estiver com 2 anos e meio, talvez eu repita a experiência sim.
Em relação à mala do João, levei roupinhas térmicas, macacões e casacos. Considerando que a maior parte do tempo ele ficou dentro do hotel, praticamente não usamos as roupas mais pesadas. No hotel dava para ficar com a térmica e um casaco leve que já era o suficiente.
Enfim, essa é uma forma de viajar para neve com seu bebê sem que ele fique exposto ao frio. Mas, o ideal seria ter levado rede de apoio para essa viagem, assim eu poderia esquiar com meu marido (sem necessidade de fazer revezamento todos os dias) enquanto alguém da nossa confiança ficava com o João. Ainda assim conseguiríamos curtir bons momentos em família, fora do horário das aulas.
Portugal – Lisboa:
Idade: 8 meses.
Na volta do Club Med Les Arcs, na França, pegamos novamente o transfer até Lyon e de lá um voo para Lisboa.
Lisboa entrou na lista dos destinos que eu já conhecia e achei que seria uma boa ideia ir com João nessa idade de 8 meses. Realmente foi tranquilo. Em Lisboa conseguimos descansar do esqui.
8 meses foi uma fase muito bacana para viajar com João. Ele estava engatinhando (começou a engatinhar nessa viagem) e já ficava em pé com apoio (se apoiava para subir).
Ainda fazia 3 sonecas por dia. A primeira soneca pela manhã, a segunda após almoço e a terceira bem curtinha no final da tarde.
Para não prejudicar a rotina dele, organizei o roteiro da seguinte forma: até ele acordar da primeira soneca, ficávamos no hotel. Alguns dias coincidiram de ele dormir enquanto estávamos tomando café da manhã. Isso foi ótimo, pois nos possibilitava aproveitar nosso café com bastante calma, conversar e relaxar.
Quando ele acordava, saíamos para passear. A segunda soneca era na rua mesmo, no carrinho ou no canguru. Na verdade só usei o carrinho um dia, pois a maioria dos passeios não comporta o uso do carrinho (muitas escadas e vielas de difícil acesso com carrinho). Nessa época João ainda aceitava o canguru e o fato de estar frio ajudou, porque ele se sentia aconchegado e quentinho.
A terceira soneca era bem curtinha e também acontecia na rua (não me lembro exatamente como era, mas durava 30 minutos).
João estava no início da introdução alimentar e ainda não comia sal, então levei papinhas Papapá para ele almoçar e jantar. Os lanches eram sempre frutas que eu pegava no café da manhã do hotel. Bebê em início de IA faz bastante sujeira, então sujava muita roupa (tinha que lavar na pia ou no banho e deixar secar no quarto).
A temperatura estava em torno de 10 – 12º, então eu vestia ele com roupa térmica embaixo e um macacão quente por cima. Ele aceitava bem o gorrinho também.
Nessa viagem ficamos hospedados em dois hotéis diferentes: o primeiro foi o Torel Palace e o Segundo foi o Four Seasons Lisboa.
Se quiser saber mais detalhes sobre essa viagem, confira:
Fazenda Dona Carolina – Itatiba – SP:
Idade: 9 meses.
Nós simplesmente amamos essa viagem! João deu os seus primeiros passinhos lá inclusive.
Pegamos voo até Campinas e alugamos um carro para chegar até a Fazenda Dona Carolina. Em viagens assim, que vamos alugar carro, eu prefiro levar a nossa cadeirinha de carro do que alugar (sempre dá problema nessas alugadas). Comprei uma cadeirinha mais simples para essas viagens e levo.
Esse hotel fazenda é uma delícia para famílias com crianças pequenas. Tem muitas atividades, brincadeiras, oficinas, campo, área verde e até uma hípica.
João não participa da recreação com monitores (a partir de 3 anos), mas peguei o cronograma das atividades e levei ele para algumas. Foi bem legal.
O hotel é muito bom, a comida é uma delícia. Inclusive, tem buffet infantil com opções sem sal para bebês. João comeu muito bem!
O único ponto negativo é a piscina não aquecida. O clima estava um pouco frio e mesmo assim João quis entrar na piscina. Eu achei muito gelada.
Fomos na Páscoa, então além das atividades tradicionais, tinha toda a programação de Páscoa acontecendo.
Sem dúvida é um hotel que queremos voltar!
João sempre aproveita tanto as viagens e se desenvolve nelas. Na anterior foi quando começou a engatinhar e nessa começou a andar, faltando 1 dia para completar 10 meses.
Clara Ibiúna – SP:
Idade: 10 meses
Essa viagem foi semelhante à anterior, inclusive foi dias depois da primeira. A diferença é que o acesso até o Clara Ibiúna é mais difícil do que o acesso até a Fazenda Dona Carolina, pois a estrada até Ibiúna tem um trecho de pista simples, com muitas curvas. Mas tirando esse ponto negativo, o hotel compensa o esforço de chegar.
João já estava andando, mas ainda intercalava os passinhos com engatinhar.
Aproveitou o espaço kids, que é excelente, sobretudo para crianças maiores. Da recreação ficou de fora, mas pegamos o cronograma das atividades e levamos eles em algumas que eram compatíveis com a idade dele.
Nessa viagem ele ainda mamava no peito, mas eu também comecei a introduzir mamadeira antes de dormir, na esperança que se mamasse uma mamadeira cheia, dormiria direto… Não adiantava nada e ele ainda acordava de madrugada querendo mamar de novo.
A parte da introdução alimentar estava oscilando, mas o hotel disponibiliza comida para bebês, tudo feito como você preferir, inclusive com marcação do horário e local que você deseja que seja servida (quarto ou em algum dos restaurantes).
Nesses primeiros meses de IA, principalmente dos 6 até 1 ano, quando o bebê ainda não pode comer sal, escolher um hotel que tenha esse serviço especializado para comida de bebê faz toda a diferença, facilita muito a vida dos pais.
Se quiser conferir todos os detalhes dessa viagem, confira:
Beach Park – Fortaleza – CE:
Idade: 11 meses
Essa foi a tal da viagem que muita gente acha que um bebê de 11 meses ainda é muito novo para aproveitar, mas, na verdade, foi a nossa melhor viagem antes de 1 ano, em termos de diversão.
Pegamos voo até Fortaleza e depois um traslado do aeroporto até o hotel Wellness, que é um dos resorts do Beach Park – fica na frente do Aqua Park, que é o parque aquático, que costumamos chamar de “Beach Park” (descobri isso só dessa vez).
O voo de São Paulo até Fortaleza é longo, em torno de 3h25min. Essa é a parte mais difícil. Se coincidir com uma soneca, maravilha, mas manter um bebê de 11 meses dentro do avião por todo esse tempo é sufoco.
Eu levo lanches, frutas, água, brinquedos, livros… Mas chega uma hora que o bebê não quer mais nada disso, só quer levantar mesmo e explorar o avião. Aí dependendo do voo, dá ou não para fazer (se o voo estiver calmo, sem turbulência, ok).
Lá no Beach Park foi tudo excelente. Nosso pacote de hospedagem tinha todas as refeições no hotel e acesso ao parque aquático todos os dias.
Foram 5 dias de viagem. Aproveitamos muito! Aproveitamos o hotel, o parque aquático e a praia. Sem dúvida é uma viagem que recomendo para ir com bebês (que já podem entrar na piscina de parques assim) e crianças.
O resort Wellness é direcionado ao público que viaja em família. Os quartos (na verdade são apartamentos completos) são amplos. Nosso apartamento tinha dois quartos, 2 banheiros, sala e uma pequena cozinha. É o melhor dos mundos, pois você o conforto de se hospedar em “apartamento”, mas não perde as regalias de hotel, principalmente serviço diário de limpeza de quarto e refeições.
O plano de refeições é opção do hóspede. O nosso incluía todas as refeições: café da manhã, almoço e jantar. Considerando que João fazia uma soneca após o almoço, organizamos assim para não prejudicar a rotina dele.
De manhã, após o café, íamos para a brinquedoteca do hotel até dar o horário de o parque aquático abrir. Na hora do almoço, voltávamos para almoçar no hotel e para João fazer a soneca. Quando ele acordava, íamos novamente para o Aqua Park e ficávamos lá até fechar. Depois ainda passávamos na praia até o sol se por. Depois do banho, jantávamos e João brincava mais um pouco na brinquedoteca.
Foi uma viagem muito prática, com tudo ao nosso dispor. O hotel fica na frente do parque, então era tranquilo para ir e voltar duas vezes no dia.
Quanto à alimentação, João mamava no peito, tomava mamadeira e também já estava liberado, pela pediatra, para comer comida com sal durante a viagem (faltavam poucos dias para completar 1 ano). Optei por comidas leves, para o organismo dele se adaptar às mudanças e também precisei dar Enterogermina, mas foi bem tranquilo, nada que atrapalhasse a viagem.
Maringá – PR:
Idade: festa de 1 ano
Optei por fazer a festa de 1 ano do João em Maringá, minha cidade natal. Já havíamos visitado Bauru, a cidade natal do papai, então era a vez de João conhecer os familiares por parte de mãe.
A festa foi uma delícia, mas me deu um baita trabalho, pois tive que organizar tudo de longe. Fizemos na casa da vovó, mas não foi tão simples assim, pois a casa estava em fase final de obra. Deu certo? Sim, mas tivemos que improvisar algumas coisas.
Um pequeno atraso no voo de ida assustou! A aeronave precisou de manutenção na hora do embarque. O problema foi resolvido e o atraso foi de apenas 1 hora.
O ponto negativo foi que, como fomos de avião, não conseguimos trazer os presentes.
Foi legal comemorar o primeiro ano do João na minha cidade natal, junto com familiares e amigos de longa data. Mas não é algo que dá para fazer sempre, pois a logística é complicada. A partir dos 2 anos, as festinhas serão em Campo Grande mesmo.
Estados Unidos – Orlando:
Idade: 1 ano
Escolhemos Orlando para ser a viagem em comemoração ao primeiro ano do João.
Orlando é um destino preparado para receber famílias com filhos pequenos, então é tudo muito fácil. Quem acha que ir para Orlando/parques com bebê é perrengue, eita, não está preparado para fazer viagens diferentes com crianças, já que Orlando é o “top clichê” das viagens com filhos, justamente pela facilidade.
Porém, apesar da facilidade, eu errei feio em uma coisa: escolha da data! Eu queria que a viagem fosse logo na sequência do aniversário de 1 ano, então arrisquei e fui em junho.
Eu sou cautelosa para dizer “faça ou não faça tal viagem ou de tal forma”, mas aqui não tem jeito e eu vou falar mesmo: não vá para Orlando em maio, junho, julho, agosto e setembro. Está muito quente!
Com 14 anos eu fiz uma excursão para Orlando no mês de julho e lembro que era quente, mas não lembrava que era tanto, até porque muita coisa mudou de lá pra cá… eu tinha 14 anos, e nessa viagem já estava com 34, isso sem falar nas mudanças climáticas e aquecimento global que, evidentemente, já está causando impactos perceptíveis de um ano pra outro.
A viagem foi ótima, mas eu tenho certeza que se não fosse o calor extremo, teria sido melhor. Então decidi que vamos de novo enquanto João ainda não paga nada. Mas essa não é a realidade da maioria das pessoas, na verdade, ter a oportunidade de levar o filho de um ano já é um baita privilégio, então é importante escolher bem a data.
Eu recomendo os meses entre fevereiro e abril. Janeiro (já fui em janeiro) faz frio. Não é aquele frio intenso de NY ou da Europa, mas faz um frio considerável e tira um pouco a magia dos parques. A partir de meados de fevereiro eu já iria. Março e primeira quinzena de abril também consideraria fortemente. Da segunda quinzena de abril em diante eu já começaria a repensar. Isso para uma viagem com criança pequena… Se a criança já estiver maiorzinha, ok, dá pra arriscar outros meses.
Setembro e outubro é aquele período marcado pelo risco de furacões na Flórida, então eu também descartaria. Novembro eu já fui e foi ótimo também… Acho que se aproxima do clima de fevereiro. Dezembro fica mais frio.
Bom, em relação à viagem, aqui vai minha lista de motivos para o “sim”:
- voo direito do Brasil para Orlando com a Gol, Latam e Azul. O inconveniente é que todos os voos direitos de ida são voos diurnos até o momento.
- se não quiser ir num voo diurno (com criança pequena é difícil mesmo), dá pra pegar um voo com conexão no Panamá (Copa) ou em Miami (American Airlines) por exemplo, ou voar direto até Miami e de lá ir de carro ou trem para Orlando. São de 3 a 4 horas de viagem, mas a estrada é maravilhosa, você nem sente a viagem.
- hotéis ou casas para maior conforto da família. Orlando dispões de uma rede hoteleira incrível e o preço não é exorbitante. Muitos hotéis oferecem acomodações no estilo apartamento com 1, 2 ou 3 quartos, banheiro(s), sala e cozinha. Pensar nesse estilo de acomodação é uma boa estratégia para preparar refeições mais saudáveis para as crianças.
- facilidade para alugar um carro e se locomover por Orlando e regiões próximas. As estradas são ótimas, o acesso é fácil.
- Parques com estrutura para famílias com bebês. Os parques da Disney possuem o Baby Care Center, um espaço para troca de fralda, descanso, amamentação, alimentação…
- Os bebês aproveitam muitas atrações. Se engana quem diz que o bebê de 1 ano não pode brincar em nada nos parques. Na verdade é o oposto: a Disney possui mais atrações voltadas para eles do que para o público adulto. Fomos no Magic Kingdom, Animal Kingdom e Epcot. Em todos eles João se divertiu nos brinquedos e com os espetáculos. Até o show de fogos do Magic ele assistiu.
- Os pais pegam fila só uma vez nas atrações que o bebê não pode ir. Rider Switch é o nome dado ao revezamento nas filas das atrações, de modo que se dois adultos estão se revezando para ir em uma atração (enquanto o outro fica com a criança), o Rider Switch permite que o segundo adulto pegue uma fila bem menor.
Na viagem de 2024 ficamos no maravilhoso Four Seasons, mas ele só oferece diárias com ou sem café da manhã. As outras refeições fazíamos na rua. Para nossa próxima viagem vou pegar um hotel estilo apartamento, que tenha o serviço de hotelaria (limpeza de quarto principalmente), mas que nos possibilite fazer compras no mercado e preparar nossas refeições nos dias que não der ânimo de comer fora.
Lembro que a parte da alimentação do João não estava muito legal nessa época. Ele estava rejeitando as comidas que levei (levei as comidinhas da Papapa) e só queria comer frutas (acho que devido ao calor). Como ele ainda mamava no peito, eu fiquei muito tranquila, pois mesmo não se alimentando com comida salgada, ele estava mamando bem.
Ficando em uma casa ou hotel com estrutura de apartamento (com cozinha completa) acho que vai ser bem melhor. Vamos preparar o jantar e já fazer a marmitinha do João para o almoço do outro dia (vou levar na bolsa). Vamos no mercado comprar frutas, pães, queijo… e assim ele vai se alimentar da mesma forma que em casa.
Ah, outra coisa importante: levar carrinho é imprescindível. Mais um motivo para ir em meses que a temperatura está amena. No calor o carrinho esquenta e fica desconfortável para o bebê, mas se estiver fresco ou até um pouquinho frio, o carrinho vai ficar aconchegante para ele fazer a soneca.
E, claro, investir na qualidade da viagem. Ficar o dia todo em filas não dá. Essa viagem tem um custo elevado, então vale a pena investir um pouco mais no seu conforto e contratar um serviço de guiamento.
O guiamento pode ser virtual ou presencial. No presencial o guia passa o dia com sua família no parque, levando nas atrações, buscando algo que você precise… é um guia rede de apoio para quem vai com filhos. O guiamento virtual é pelo WhatsApp – você vai receber o passo a passo do seu dia de parque, onde ir, que horas, ir, onde é melhor para comer, onde é o banheiro mais perto, qual atração já está agendada.
Cada parque tem sua dinâmica e a organização do dia é imprescindível para que tudo ocorra da melhor forma, com o maior conforto e comodidade para sua família. Dá para se organizar e agendar as atrações por conta? Dá sim, mas, eu não consigo cuidar do João, agendar atrações, cuidar do horário para não perder nada e me divertir, tudo ao mesmo tempo. Prefiro ter alguém que planeje tudo para mim e eu fico só na função de mãe! Assim eu consigo me divertir.
Fizemos nosso guiamento com a @letsorlando_ em 2024 e vamos fazer novamente com eles em 2025. Eu considero um investimento que vale a pena, principalmente agora, com filho pequeno que, por si só, já demanda muito!
Hotel Unique – SP:
Idade: 1 ano e 1 mês
São Paulo é um destino fácil pra gente. Basta um voo de 1h30 e pronto, chegamos. Então programar finais de semana por lá vale a pena: conseguimos nos divertir, passear e ter tempo de qualidade em família.
Quando surgiu a oportunidade de conhecer o Hotel Unique, não pensamos duas vezes e logo nos organizamos para ir.
A viagem foi curta (final de semana) e o objetivo era mesmo conhecer o hotel e levar João ao Parque da Mônica.
O Unique é impecável com seus hóspedes. Levaram a sério o apelido de Lord John e prepararam o quarto com muito capricho pra ele: amenities exclusivas para ele, berço, ursinho, cabana, desenhos, chinelo, água personalizada, roupão, mini-banheira, balões! Um show de recepção!
João nem pedia para sair do quarto, de tanto que se divertia lá dentro. Mas o hotel também tem duas piscinas maravilhosas, uma delas coberta e climatizada, que aproveitamos. A outra fica no roof top, é climatizada, porém, aberta. Era inverno, então não deu para entrar na piscina externa.
Quanto ao Parque da Mônica (comprei os ingressos no site), foi legal, mas é melhor para crianças a partir de 90 cm, que podem ir em mais atrações. João não pode brincar em muitas atrações, pois ainda tinha 80 cm na época.
Fico aqui pensando… Morar em São Paulo pode ter inúmeros infortúnios, mas para famílias com bebês e crianças, sem dúvida o fato de ter mil e uma atividades disponíveis para os finais de semana, já deve ser um grande ponto positivo.
Argentina – Bariloche:
Idade: 1 ano e 3 meses
E aqui foi a tal da viagem que infelizmente foi pior do que eu imaginei que seria. E tudo começou enroscado, desde o planejamento,
Nosso voo foi cancelado e recebi um e-mail sobre a alteração. Tive que escolher outro voo, pior que o primeiro e mudar uma parte da programação da viagem. Quando isso acontece eu já viajo irritada.
Estávamos em 5 pessoas: eu, meu marido, João, minha mãe e minha irmã. Em tese, uma viagem tranquila, pois a rede de apoio estava junto.
Porém, minha mãe já ficou doente logo no início da viagem. Na verdade ela já não viajou 100% e, quando chegou lá, piorou rapidinho. Ainda assim ela conseguiu me ajudar com João, mas não dentro do “normal dela”. No meio da viagem eu também fiquei mal, tive muita dor de garganta. Minha irmã a mesma coisa. Pelo menos Rodrigo e João ficaram salvos!
Ficamos no Hotel Llao Llao, que é um hotel muito gostoso na região, mas fica super longe do centro. Isso dificultou nosso deslocamento e organização, pois nos dias que saíamos para esquiar e minha mãe ficava com João, eles não tinham muito o que fazer além de ficar no hotel.
E para chegar no centro era 40 minutos (de carro)… Então não dava para ir e voltar de manhã e depois ir e voltar a tarde. Tinha que sair de uma vez. Enfim, a logística foi ruim.
Fora isso, pegamos uma semana com muita neve. Acho que dos 7 dias que ficamos lá, uns 4 nevou. Neve é lindo e foi legal para minha mãe e irmã verem nevar pela primeira vez, mas dificultou nossos passeios, até porque muitas vezes a neve não é 100% “seca”, é uma neve molhada, misturada com um pouco de chuva também.
Até o dia que marquei para levar João conhecer o Cerro Catedral e ter sua primeira experiência de esqui foi complicado… Era o dia com mais neve na montanha, tanto que estava fechada e nem eu consegui esquiar (João “conseguiu” porque ficou na pista iniciante no pé da montanha, que era a única aberta).
Também fomos um dia para Piedras Blancas. Estava lindo com o neve, mas o passeio teve que ser rápido por conta do frio e da neve intensa caindo. João gostou, mas ficou incomodado pelo fato de eu não deixá-lo livre para brincar (iria escorregar, cair e poderia machucar na parte dura do gelo no chão).
Enfim… Uma sucessão de erros e inconvenientes prejudicaram a viagem. Claro que teve muitos momentos legais também, mas esses já foram postados no Instagram @maladeviagem.
Aqui é o lugar para contar os bastidores e as dificuldades. E depois dessa viagem eu resolvi dar uma pausa nas viagens de neve… pelo menos por um ano.
Pretendo voltar para Bariloche quando João já estiver com uma idade adequada para esquiar, o que vai acontecer depois dos 3 ou 4 anos provavelmente. Vamos ver como vai ser o interesse dele.
Argentina – Mendoza:
Idade: 1 ano e 3 meses
Depois de Bariloche emendamos 4 dias em Mendoza. E aqui foi o oposto: enquanto Bariloche ficou abaixo das minhas expectativas, Mendoza superou em muito! Ao contrário de Bariloche, que já era minha segunda vez por lá, em Mendoza era tudo novidade.
Quando eu pensava em Mendoza, logo me minha na mente um destino para fazer em casal ou entre amigos. Eu não achava que seria interessante com um bebê de 1 ano, mas mesmo assim quis arriscar.
E, para minha surpresa, foi muito bom. Inclusive, posso afirmar que João aproveitou mais Mendoza do que Bariloche. Mendoza estava com clima mais agradável (setembro) e ele conseguia brincar livremente pelos amplos jardins das bodegas.
A restrição é em relação aos restaurantes, pois adaptamos o roteiro, preferindo almoços ao ar livre do que em locais fechados e muito formais. Evitamos menu de etapas, pois sabíamos que com bebê acaba sendo mais difícil em razão do tempo que leva (às vezes um menu de etapas demora até 3h).
De modo geral, achei um destino bem agradável para uma viagem com bebê. Por outro lado, com crianças eu não sei se seria uma opção tão interessante assim, visto que elas provavelmente ficariam entediadas. Para um bebê de 1 ano que há pouco aprendeu a andar, tudo é novidade e diversão, mas para crianças maiores, acho que o programa “vinícola” não se encaixa tão bem.
Confira aqui todos os detalhes dessa viagem:
Ponta Porã – MS:
Idade: 1 ano e 4 meses
Eu estava esquecendo de contar, mas podemos dizer que essa viagem foi uma viagem internacional também! Ponta Porã faz divisa com Pedro Juan Caballero, então, tecnicamente falando, foi o país de número 5 do João.
Considerando que moramos em Campo Grande, daqui até Ponta Porã são mais ou menos 300 km, então é uma viagem fácil e rápida para fazer de carro, inclusive num final de semana ou feriado.
Ficamos hospedados no Hotel Pousada do Bosque, que atualmente é o melhor da cidade, com uma estrutura legal para descansar, incluindo piscina, restaurante e área kids.
Na correria das semanas acabo me esquecendo, mas deveria me organizar para ir mais vezes com João pra lá.
Fazer compras com ele é bem complicado, da próxima vez vou me organizar melhor para ter rede de apoio junto, que possa ficar com ele no hotel uma parte do dia ao invés de eu levá-lo para as compras. Por sorte estávamos com a sobrinha do meu marido e ela nos ajudou no revezamento do filho!
Mas, se precisar levar o bebê com você, a melhor opção é fazer compras no Shopping China, pois a estrutura da loja é melhor e o local mais seguro.
Fomos jantar Armazém L´atelier Art e Bistrô, que tem um espaço kids excelente. Vale a pena tanto para os pais, que vão comer bem, quanto para as crianças, que vão se divertir muito.
Porto Rico – PR:
Idade: 1 ano e 4 meses
Foi só agora, escrevendo, que me dei conta que fizemos somente duas viagens de carro em 2024. Ponta Porã e essa.
Porto Rico é a nossa segunda casa (apesar que percebi que mal fomos pra lá em 2024). Fica a 500 km de Campo Grande e o melhor jeito de chegar lá é de carro mesmo.
Avião tem muitos desafios, mas viajar longas horas de carro com João não é nada fácil. Se você leu sobre nossas viagens dos 2 aos 6 meses, vai perceber que isso mudou. Era fácil, ficou difícil.
Uma parte da viagem eu faço questão que seja na hora da soneca. Isso já me garante pelo menos 1h30 de viagem. Mas o restante é rolo e confusão mesmo. João pede para sair da cadeirinha, chora, fica irritado… Acho que por isso que quase não fazemos viagens de carro.
Avião tem vários inconvenientes, mas João fica bem mais tranquilo nos voos do que nas viagens de carro, sobretudo essas de muitas horas.
Quanto ao destino, nenhuma grande observação. Temos casa em Porto Rico-PR, então quando vamos pra lá seguimos nossa rotina normalmente.
São Paulo – SP:
Idade: 1 ano e 4 meses
Fizemos essa viagem como um “pit-stop” para a próxima, que foi nossas férias em Alagoas.
Passamos um final de semana em São Paulo (papai estava tendo curso e aproveitamos para passear).
O que teve de diferente nessa ida para São Paulo foram as atrações que visitamos: fomos no Museu da Imaginação e no Dino Restaurante. O Dino Restaurante não foi tão legal quanto eu esperava, achei mais direcionado para crianças um pouco maiores, pelo menos de 2 ou 3 anos+. Por outro lado, o Museu da Imaginação é incrível e eu recomendo sem sombra de dúvidas. Veja as fotos:
Também fomos no Shopping Iguatemi, que tem um espaço kids grande (paga por hora de uso e crianças da idade do João ficam na companhia do responsável).
Alagoas – AL:
Idade: 1 ano e 5 meses
Depois da viagem para Bariloche, eu queria uma viagem para praia, até para comparar os dois tipos de viagem, com vantagens e desvantagens de cada uma.
Definitivamente viajar para praia com bebês é mais fácil. Quanto menos roupa a criança precisar usar, mais fácil vai ser as trocas, os banhos, a organização da mala, etc.
A parte negativa é a maior probabilidade de assaduras nesse tipo de viagem. A combinação água, sal, areia, piscina, umidade, calor, é um perigo. Do meio para o final da final tivemos que lidar com essa situação. Por mais que eu tenha cuidado, ainda assim não consegui evitar a assadura.
Tirando isso, todo o restante foi mais tranquilo mesmo.
E olha que não foi uma viagem tão simples, já que fizemos 4 trocas de hotéis. Ficamos 2 diárias na Pousada Anttunina (Maragogi), 3 diárias na Villa Canziani e Donato (Patacho), 3 diárias no Japaratinga Resort (Japaratinga) e mais 2 diárias no Mahré Hotel (São Miguel dos Milagres).
Alugamos um carro para nos deslocar pela região e, como eu não queria fazer muitos passeios (fizemos apenas o passeio de jangada na Praia do Patacho), escolhi 4 opções diferentes de hospedagens, que por si só, já seriam os atrativos da viagem.
Agora a introdução alimentar já está bem estabelecida e João come o que a gente come. Sempre pego uma fruta e um pão extra no café da manhã, para garantir os lanches. Acredito (pelo que tenho percebido a cada nova viagem) que a parte da alimentação é mais difícil dos 6 meses até 1 ano e pouco… na medida que chegou mais próximo de 1 ano e meio, começou a ficar mais fácil, apesar da seletividade que começa a aparecer.
Foi também a primeira viagem com João 100% desmamado do peito. Ele ainda mama mamadeira para dormir, mas peito parou com 1 ano e 4 meses.
Achei que eu sentiria mais, afinal, dar o peito era como “rede de apoio na viagem” – mães que amamentam sabem como é… A gente resolve muita coisa com peito. Mas, no final das contas, eu percebi que era uma ajuda com vários ônus também. Então quando vi a oportunidade de desmamar, tive certeza que era o momento certo. João não estava mais ligando, pedia, mas não era “aquela vontade” de antes. O desmame foi super fácil, não sei nem relatar, só lembro que numa semana ele estava mamando e na outra já não pedia mais.
Confira também aqui no Blog Mala de Viagem:
Maringá – PR:
Idade: 1 ano e 5 meses
Fizemos essa viagem para visitar familiares e, tirando o final de semana do aniversário (viagem rápida), foi a primeira vez que João conheceu Maringá e que realmente tivemos um tempo extra para passear por lá.
Foi a segunda vez que peguei voo sozinha com João. Já estávamos em São Paulo, então foi apenas um voo de 1h20 até Maringá. O ponto negativo foi o fato de ser voo noturno, então João dormiu… O fato de ele dormir foi bom, a dificuldade foi o desembarque. Pegar ele no colo, levar mala, bolsa, carrinho, organizar tudo e conseguir sair do avião.
Maringá é uma cidade muito agradável, arborizada e com ruas amplas. Passeamos com João no Parque do Ingá, Euro Garden, fomos almoçar em restaurantes com espaço kids, brincamos na chácara da vovó, enfim, tivemos dias muito agradáveis por lá.
O voo de volta foi ótimo, pois a vovó voltou com a gente!
Unique Garden – Mariporã – SP:
Idade: 1 ano e 5 meses
De todos os hotéis que nos hospedamos com João até hoje, para quem conhece o Unique Garden, vai concordar comigo: esse é o que chama mais a atenção!
Via de regra, o Unique Garden é um hotel destinado a adultos, com foco em viagem em casais ou famílias sem crianças.
Todavia, visando atender seus hóspedes da melhor forma, agora recebem crianças em datas determinadas.
E sabe o que é interessante? Mesmo sendo um hotel que não é focado no público infantil, oferece um atendimento impecável às crianças (e aos seus pais também, obviamente).
Então se tiver a oportunidade se se hospedar no hotel com seu filho, minha opinião é: claro que sim, vale a pena.
O objetivo era fugir do óbvio, buscar mais contato com a natureza, respirar um ar melhor, relaxar. João não tem tantas experiências assim, em lugares com plantas, lado e muito verde. Então proporcionar isso para ele, quando possível, é essencial.
Se para o adulto faz bem passar uns dias longe das mídias sociais, por exemplo, para a criança também faz bem passar uns dias longe dos brinquedos tradicionais.
O Unique Garden oferece diferentes passeios pela propriedade. Esses passeios incluem visitas às plantações e animais. Eles levam a sério o conceito “farm to table” e oportunizam aos hóspedes aprender e vivenciar essa experiência.
As diárias incluem café da manhã e almoço. O jantar é servido no restaurante do hotel mediante custo adicional.
Fizemos essa viagem com a vovó Edna, inclusive, não tinha hotel melhor para levá-la, pois o hotel é a cara dela!
Cyan Resort – SP:
Idade: 1 ano e 6 meses
Essa viagem surgiu porque meu marido tinha um evento em Alphaville, São Paulo e, para não ficar em casa, optamos por ir junto e conhecer um hotel ali por perto.
O Cyan Resort fica no Distrito Turístico Serra Azul, próximo a Jundiaí e de atrações conhecidas como o parque de diversões Hopi Hari, parque aquático Wet’n Wild e Outlet Premium São Paulo.
O Cyan é um resort de pequeno porte, com sistema de pensão completa (café da manhã, almoço, pequeno lanche da tarde e jantar), bares, piscinas, espaço para crianças e equipe de recreação. os apartamentos comportam 4 pessoas.
A piscina principal climatizada de 890m² é a atração principal do resort, pois simula um ambiente do praia: tem areia e espreguiçadeiras, duas jacuzzis para quem deseja relaxar, rede de biribol e bar molhado.
A piscina infantil climatizada (com área baby e área kids separadas) tem 679m² e brinquedos variados, incluindo o famoso “baldão”.
A piscina relax é ideal para quem busca um lugar calmo e tranquilo para relaxa mas não quer abrir mão de curtir um dia de sol, pois está localizada fora do complexo aquático, mas em ambiente externo e climatizado.
E, para finalizar, tem ainda a piscina coberta, também climatizada, ideal para os dias de chuva ou no final do dia, depois que o sol se foi.
Senti falta de um espaço kids de qualidade (brinquedoteca) para os dias de chuva ou quando o sol está muito quente. O Cyan “até tem” um espaço kids, mas o estado de conservação está péssimo. Algo que, sem dúvida, precisa ser melhorado.
O resort oferece um parquinho aberto, mas sem cobertura, então fica sempre vazio, visto que o sol quente atrapalha bastante. Uma cobertura ajudaria.
Ficamos em um quarto de entrada (acomodação mais simples oferecida) e é bem simples mesmo, nada que chame atenção ou mereça destaque. Todavia, isso não prejudicou nossa estadia, pois usamos o quarto apenas na hora da soneca do João e no final do dia para dormir.
O ponto forte é a recreação infantil, que me pareceu ser bem organizada e com atividades variadas. João ainda não aproveita, mas levamos ele para participar de alguns eventos, como apresentação de mágica.
Para quem está buscando um hotel nessa região e tem planos para ir ao Hopi Hari ou ao Outlet Premium, é uma opção interessante. O fato de ter uma piscina com areia/prainha é um bom diferencial e agrada as crianças da faixa etária do João.
Vitória – ES:
Idade: 1 ano e 6 meses
Essa viagem parte Vitória não estava nos planos iniciais, mas, mesmo sendo curtinha, foi legal!
Chegar em Vitória é tranquilo se você já está em uma cidade que ofereça voo direto até lá. No nosso caso foi mais cansativo porque tivemos que pegar 2 voos, de Campo Grande até Guarulhos e depois de lá para Vitória. A volta foi com conexão em Brasília.
Fomos mostrar os pontos turísticos de Vitória e Vila Velha, com um roteiro para fazer em um final de semana. Para dar tempo de mostrar tudo, foi bastante corrido. Foi a primeira viagem que precisei seguir o cronograma/roteiro necessário para a produção do conteúdo, sem me organizar conforme a rotina do João.
Eu sempre levo carrinho (só não levei para Argentina, e me arrependi), independente se ele vai usar ou não. Em Vitória usamos muito o carrinho, pois tivemos que nos locomover bastante, caminhar bastante. Sem carrinho teria sido impossível.
Desde 1 ano e pouco João só faz uma soneca por dia. Para que a soneca seja boa, ele precisa estar no quarto, em um ambiente escuro e com temperatura agradável. Nessa viagem não deu para seguir assim, então as sonecas foram feitas no carrinho, logo, mais curtas e com menos qualidade. Como foi só um final de semana, ok, deu tudo certo.
Provavelmente você não vai precisar fazer uma viagem desse estilo, então estou contando a título de curiosidade. Não é bom para a criança, ela cansa mais… Porém, se precisar fazer algo assim eventualmente, não se preocupe, vai dar certo também.
Ficamos em um hotel “normal” na cidade, o Comfort Suítes (quando digo hotel normal, quero dizer que era um hotel comum, só com café da manhã incluído). As refeições fizemos em restaurantes.
Vitória e Vila Velha são ótimos destinos para explorar com crianças. As cidades são estruturadas para acolher as famílias, com muitos parquinhos e parques públicos espalhados. Isso sem falar nas praias e atrativos naturais, que são o ponto forte do Espírito Santo.
Vale a pena ir com mais tempo para explorar com calma o destino!
Novotel Itu Terras do Golfe – SP:
Idade: 1 ano e 6 meses
No final do ano eu estava procurando um hotel que ficasse no caminho entre Campinas e Bauru, onde passaríamos o Natal.
E, pesquisando, escolhi o Novotel Itu. A vantagem, num primeiro momento, além da localização, era a possibilidade de pagar com pontos do programa All Acoor.
Eu não pesquisei muito sobre o hotel e achei as fotos e descrições da internet fracas. Não estava esperando muito.
Para minha surpresa, quando cheguei no hotel fiquei muito animada. É um resort de médio porte, bonito, bem cuidado, com bom atendimento (tivemos um desencontro com o serviço de quarto em um dos dias, mas não prejudicou a experiência) e muitas atividades para crianças.
O hotel tem diárias com pensão completa e bebidas (exceto as não alcoólicas que são servidas durante as refeições) são pagas à parte. O padrão das refeições fica num meio termo entre all inclusive (que sabemos que geralmente deixa a desejar por conta do volume de hóspedes e quantidade de oferta de alimentos) e hotéis com sistema à la carte.
Com 1 ano e meio eu já considero João criança… Ele não tem mais comportamento de bebê, então eu sei que ele vai se divertir e curtir muito a estrutura dos hotéis daqui pra frente. A introdução alimentar também está mais regular, ele fala o que quer comer, se está satisfeito ou se quer mais alguma coisa.
A recreação infantil com monitores é oferecida a partir de 3 anos, mas crianças menores também aproveitam as duas piscinas infantis (piscina baby e piscina kids), a brinquedoteca (tamanho médio, mas agradou bastante meu filho), parquinho emborrachado, parquinho de areia e “brinquedão” cheio de atividades de aventura, com redes, escorregas, escaladas…
É um hotel muito gostoso para famílias com crianças (acho que 90% dos hóspedes eram esse perfil). De todos hotéis que já fomos, esse foi o que mais tinha atividades para o João, e olha que ele ainda nem pode aproveitar a recreação.
Para os adultos tem a piscina principal, que fica bem centralizada no hotel e uma piscina na área do spa, com várias duchas de hidromassagem. Além disso, o Novotel Itu conta com quadras de tênis, poliesportiva e de areia.
Por fim, para quem joga golfe, ainda tem esse atrativo para visitar o Novotel Itu Terras do Golfe. Lembrei agora que na atividade de recreação das crianças tinha uma visita ao campo e aulinha de 30 minutos incluída na programação.
Quanto ao quarto, achei bem dentro do padrão de quarto de outros hotéis “Novotel”, naquele estilo de banheiro de sempre (box de vidro de um lado, cuba/bancada no meio e porta para o vaso sanitário do outro lado). A cama era king size e pedimos para incluir um berço também (para crianças maiores tem a opção de cama extra).
Bauru – SP:
Idade: 1 ano e 6 meses
Passamos nosso Natal/24 em Bauru-SP, que é a cidade onde meu marido nasceu e onde a família dele mora.
Fomos de avião até lá e foi uma viagem familiar, sem atividades e passeios, apenas bons momentos junto das pessoas que importam.
Foi a segunda vez que fomos para Bauru, mas na primeira vez ele tinha apenas 3 meses. Então, para ele, foi a primeira experiência com toda a família que lá reside. Brincou com as primas, deu comida para galinhas, ganhou presente do Papai Noel.
Acho muito importante que ele tenha esses momentos e que possa criar memórias afetivas em datas especiais como esta, principalmente porque o contato familiar não faz parte da nossa rotina, já que moramos longe das famílias.
Na noite do dia 24 ele ficou eufórico com a movimentação e dormiu tarde, mas não tivemos nenhum impacto na rotina. No outro dia ele se reorganizou e ficou tudo bem.
Vila Galé Touros – RN:
Idade: 1 ano e 7 meses
Vila Galé Touros foi o resort que escolhemos para passar a virada do ano 2024/25.
Viajamos em família e foi uma viagem tranquila, como viagem para resort geralmente é.
Quando desembarcamos no aeroporto de Natal, o transfer já estava nos aguardando para levar até o resort, que fica a 1h30min dali. O próprio traslado já tinha cadeirinha de carro para o João, então não precisei levar a nossa.
Lá no resort foram 6 dias de diversão para o João. Brincadeira o dia todo, só parava mesmo na hora da soneca e para dormir no final do dia.
Nessa fase as sonecas estavam durando cerca de 2h a 2h30, mas lá no resort ele estava mais agitado, então dormia, em média 1h30 de soneca todos os dias.
O sono noturno, que geralmente é das 20h às 6h (com variação de meia hora – 20h30 a 6h30), lá ficou reduzido. Ele dormia geralmente entre 20 – 20h30, mas acordava por volta das 5h30 da manhã, pois o quarto era muito claro. A sacada era imensa, posicionada para o nascer do sol. O blackout não dava conta e a luz do sol entrava pelas beiradas às 4h30, então 5h30 já era o horário limite (ele costuma ter esse padrão, de acordar 1h depois que o sol nasce).
A introdução alimentar está bem consolidada e João pede o que quer comer. Então estar em um resort, com tudo ao seu dispor o tempo tempo, facilita muito.
Ele ainda não aproveita a recreação com monitores (a partir dos 3 anos nesse resort), mas aproveito muito a estrutura do hotel. Simplesmente não parava, brincava o dia inteiro!
O único porém foi o fato de ele acordar 5h30 todos os dias, inclusive no dia 01/01, mas estávamos com a vovó e ela nos ajudou bastante. Fizemos um revezamento para dar conta da energia dele e assim não ficou tão pesado pra ninguém. Eu digo e reafirmo: meu filho está numa fase que precisa de 3 adultos por dia para dar conta da energia dele e todo mundo vai terminar o dia cansado!
Considerando isso, viagem para resort está sendo uma boa alternativa no momento, pois é um lugar que tem atividades para ele fazer o dia todo (e gastar esse tanto de energia) e comida no jeito a todo momento. Para viagens em grupo então, não tem opção melhor.
Além de aproveitar o hotel, fizemos apenas um passeio de buggy para conhecer a região. Foi um passeio de 3h e João amou!
Viagens assim também são mais fáceis em relação à mala, pois a criança fica com roupas leves o dia todo, não precisa de nada muito elaborado. Enfim, se você busca uma viagem prática, é esse tipo de viagem que eu recomendo.
Ah, na virada do ano ele dormiu. Seguiu a rotina dele como os outros dias. Deixei ele dormindo no quarto e fizemos um revezamento para ficar com ele.
Se quiser mais sugestões de resorts para viajar com bebês e crianças, confira:
Dicas finais:
- Sempre levo carrinho (mesmo que ele use pouco) Ajuda nos deslocamentos e também é útil para quando acontece uma soneca fora do hotel. A única viagem que não levei foi para Argentina e me arrependi.
- Levo 2 garrafas. Uma sempre deixo com água e outra para colocar suco ou água de coco, que ele ama.
- Levo 2 potes térmicos. Um para colocar frutas para a hora do lanche e outro para colocar comida (almoço ou jantar), se for preciso, ou para colocar um lanchinho salgado.
- Gosto de levar todas as fraldas que vamos usar na viagem, exceto se for uma viagem muito longa e não couber tantas fraldas na mala. As malas na ida vão super cheias, mas na medida que as fraldas vão sendo usadas, vai ficando melhor (dá pra colocar as fraldas em um saco a vácuo também).
- Levo alguns brinquedos pequenos, mas como não gosto de viajar com muita “tralha”, nunca levo muita coisa… João tem que se adaptar e encontrar outras formas de diversão durante a viagem.
- Em relação à quantidade de roupas, depende muito. Já fiz viagens que tivemos que lavar roupas todos os dias e já fiz viagens que não precisei lavar nada. Quando ele mais novo, até 1 ano e pouco, sujava bem mais, principalmente durante as refeições (eu levava babadores também). Agora não, quase não faz bagunça mais. Viagem de inverno geralmente lavo roupa também, pois ele não tem roupa de frio suficiente para viagem inteira. Conforme eles crescem, essa parte de roupa suja fica mais fácil, pois suja menos, sobretudo de comida.
- Em relação à minha mala eu sou mais criteriosa e levo só o que realmente vou usar, separado por dia, looks prontos para não levar muita coisa que volta sem uso (embora sempre aconteça com algumas coisas). Já em relação à mala do João não… eu não fico pensando em looks por dia nem contando a quantidade de peças. Eu levo o que ele tem e que se encaixa com aquela viagem e pronto, independente de usar tudo ou não. É muito incerto, pois não dá pra saber ao certo quantas roupas ele vai precisar, se vai sujar mais ou menos. E tem uma grande vantagem: roupinhas de bebê são pequenas, então dá pra levar muita coisa sem usar tanto espaço na mala.