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Apaixone-se por Lima: dicas de viagem e gastronomia na capital do Peru

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A capital peruana pode, num primeiro momento, até não aparecer na sua lista de desejos quando o assunto é viajar pelo mundo e conhecer os lugares mais exóticos do planeta. A história muda quando o foco é Machu Picchu, uma das sete maravilhas do mundo moderno, que reserva uma experiência única a cada um de seus visitantes. Acontece que, independentemente de você estar indo a Lima como destino final da sua viagem, ou como pit-stop para se chegar a Cusco, o fato é que essa cidade, eminentemente noturna, reserva aos visitantes uma experiência surpreendente, cativando um lugar especial no coração do turista!

E foi assim que começou nossa viagem. Num belo dia qualquer, Rodrigo teve uma ideia, virou pra mim e disse: e se a gente combinasse de conhecer as 7 maravilhas do mundo em 7 anos? Eu, que não sou boba nem nada, já fui logo topando – Oba, seriam muitas viagens incríveis para planejar… Uma por ano, incluindo destinos como Índia e China! Claro que eu amei a ideia.

Naquele mesmo ano já havíamos visitado o Cristo Redentor, então, em tese, o primeiro ano já estaria garantido. Porém, as férias estavam chegando e ainda não tínhamos decidido o destino. Logo veio em mente a próxima maravilha mais próxima: Machu Picchu!

Naquela época (maio/2015) eu ainda não tinha o Instagram, tampouco o blog, mas a paixão por viagens já era coisa antiga.

Animados com a ideia que “comprometeria” nossas próximas 7 férias, começamos a planejar nossa viagem, pesquisando sobre o destino, voos, hotéis, passeios e tudo mais o que fosse necessário para tirar o melhor proveito (leia-se: “custo benefício”), da nossa primeira viagem internacional juntos.

Mesmo sem muita experiência de como fazer para programar nossa própria viagem, nos arriscamos e decidimos que não seria necessário gastar com agência de turismo para nos vender um pacote pronto, já que a viagem começa nos preparativos e se torna melhore quando é você mesmo quem cuida de cada detalhe, fazendo tudo do seu jeito.

Marcamos nossas férias para maio, pois é um bom mês para visitar Machu Picchu e tentar fugir da temporada de chuva.

Deu certo! Não posso dizer que não choveu, porque lembro de alguns dias de chuva em Cusco, mas era chuva passageira e logo o tempo abria novamente.

Para conferir como foi conhecer uma das sete maravilhas do mundo, leia o nosso post sobre o Vale Sagrado dos Incas.

Inclusive, se você está com viagem marcada para o Peru, deixo aqui a indicação da PERU GRAND TRAVEL, uma agência com profissionais peruanos e brasileiros e quase uma década no mercado do turismo, focada em lhe proporcionar as melhores experiências da sua viagem, com bom atendimento e qualidade.

Destaque para a venda online de viagens para Machu Picchu, com opções de viagens compartilhadas, privativas e hospedagens. Há ainda diversos outros pacotes, incluindo Lima, Cusco, Vale Sagrado, Puno, Arequipa, Nazca, Paracas e Lago Titicaca.

Passagens compradas (de São Paulo a Lima, voamos com a Latam – um voo econômico com conexão em Assunção que nos rendeu algumas horas da madrugada esperando o próximo voo), o primeiro destino seria Lima!

Miraflores e suas praças charmosas!

Chegamos na capital e a primeira impressão não foi boa. Do aeroporto até o hotel (em Miraflores), vimos muita pobreza e um trânsito completamente desorganizado, mas tudo bem, eu não estava esperando muito de Lima mesmo, pois o foco da viagem era Cusco.

Uma curiosidade sobre Lima é a “paixão” estranha que os locais têm com buzinas e alarmes de carro. Não importa a hora do dia, sempre tem um carro estacionado com o alarme propositalmente disparado. No começo eu assustei, depois de algumas horas eu já estava acostumada com aquele barulho todo e percebi que era algo “normal” na cidade.

No aeroporto, depois de passar pela barreira e guerra de taxistas tentando nos fazer fechar uma corrida com eles, conseguimos pegar um taxi credenciado e o preço foi salgado (algo em torno de 60 soles).

Na volta de Cusco, paramos novamente em Lima para mais um dia de passeio e compras (Obs. se quiser ir às em compras em Limas, vale dar um “pulinho de algumas longas horinhas” no Jockey Plaza), e dessa vez pegamos o taxi do lado de fora do aeroporto, por um preço muito muito melhor.

Acontece que naquele mesmo dia minha impressão foi mudando aos poucos e comecei a simpatizar com aquela cidade cinzenta, onde nunca chove, mas que sabe como ganhar o coração do turista.

Horas depois, a única impressão que continuou ruim foi no que diz respeito ao trânsito caótico e pessoas usando a buzina e alarme de carro o tempo todo, como se aquilo fosse música para os ouvidos.

Lima tem um clima ameno, a cidade é sempre nublada e nunca chove (no máximo você pegará alguns míseros pingos de chuva, vai). Isso acontece porque as nuvens que encobrem a cidade não conseguem passar pela Cordilheira dos Andes. Assim, a temperatura gira sempre em torno dos 19, 20ºC – vale à pena ter sempre um casaquinho em mãos, pois embora não chova, venta bastante.

Lima e seu céu sempre nublado, mas nem por isso menos encantador.

Durante nossos 4 dias em Lima (4 dias foi tempo suficiente para conhecer a cidade, mas não para conhecer todos os ótimos restaurantes que gostaríamos de experimentar), ficamos hospedados em um hotel no distrito de Miraflores (hotel de 3 estrelas, sem muito luxo, mas confortável).

Miraflores é um bairro bem localizado, bonito, turístico e cheio de atrações agradáveis, como caminhar pela orla com vista para o Oceano Pacífico, visitar o Parque Del Amor, o shopping Larcomar, almoçar no restaurante La Rosa Nautica

Então, se estiver em dúvida em relação onde se hospedar em Lima, siga meu conselho: escolha Miraflores.

Pier – No final está o restaurante La Rosa Nautica.

Shopping Larcomar
Indian Market – Centro Artesanal, Miraflores

Uma das coisas que encanta em Lima são as inúmeras zonas arqueológicas, que remetem ao período pré-inca, espalhadas pela zona central da cidade, isso mesmo: você está andando na rua e, de repente, lá está ele, o sítio arqueológico de Huaca Pucllana em pleno bairro de Miraflores.

Outro sítio arqueológico em Lima que vale a visita é o Pachacamac, antigo centro de cerimônias pré-incas e inca.

Sítio arqueológico Huaca Pucllana
Huaca Pucllana – sítio arqueológico em Miraflores – simplesmente no meio da cidade!
Lima
Lhama fofinha no sítio de Huaca Pucllana

O tour guiado ao sítio arqueológico de Huaca Pucllana custou 10 soles e super vale à pena.

Outra coisa bacana é que dentro do sítio tem um restaurante (chamado Restaurant Huaca Pucllana). Foi ali mesmo que, cansados depois da aula de historia em espanhol, paramos para degustar um típico ceviche, um bom Pisco Sour e, claro, deliciosas sobremesas.

Outras atrações apaixonantes da cidade são a Plaza de Armas e a Catedral de Lima (que fica na Plaza de Armas), os bairros: Chino, San Isidro e Barranco (bairro boêmio com inúmeros bons restaurantes e onde está a famosa ponte dos suspiros), a cultura pré-colombiana presente nos inúmeros museus da cidade, em especial o Museu Rafael Larco Herrera (imperdível), o circuito mágico das águas e a culinária de dar água na boca.

Plaza de Armas
Jardins do Museu Larco
Circuito Magico del Agua, no Parque de La Reserva (fomos de taxi, pois fica longe de Miraflores)

Eu também incluiria na lista uma visita ao Mercado Surquillo (mercado municipal), onde você encontra de tudo e mais um pouco. O lugar é meio confuso e bagunçado, mas vale à pena conhecer.

Se você gosta da noitada, Lima será um prato cheio! A cidade é absolutamente noturna, tanto é que pela manhã não se vê ninguém nas ruas. É depois que o sol se põe que a cidade ferve e as luzes brilham!

Em relação à gastronomia, Lima é a capital gastronômica da América Latina, e aos amantes do ceviche, só digo uma coisa: aproveite!

Até hoje ainda me lembro dos pratos deliciosos que experimentei por lá, coisa que nenhum outro país havia oferecido até então.

Se tiver oportunidade, vale à pena uma reserva no renomado Astrid y Gastón, no bairro de San Isidro ou no Central, ambos sempre na lista dos melhores restaurantes da América Latina e até do mundo.

Se dessa vez não der para incluir os restaurantes mais estrelados, então não deixe de visitar a Calle das Pizzas, uma rua em Miraflores repleta de bares e pizzarias.

Calle das Pizzas

Não deixe de comer muitos peixes, frutos do mar, ceviche e tiraditos com creme de ají amarillo ou leche de tigre, lomo saltado (filé mignon cortado em tirinhas e com um tempero muito bom).

Experimente também comer em uma chifa peruana. No bairro Chino há muitas chifas, que são restaurantes populares especializados em culinária chinesa, com finalização peruana.

Nem preciso falar no dever de degustar um legítimo Pisco Sour, né? (ou o legítimo seria chileno? dúvida que nunca teremos a resposta).

Você também vai encontrar muito uma tal de Inca kola por lá, um refrigerante nacional de cor amarelo vibrante que parece remédio! Mas há quem goste…

Deu água na boca só de lembrar…

Quanto ao meio de transporte em Lima, acabamos utilizando taxi. Na época não se falava em Uber ainda.

Atenção: se for pegar taxi, combine o preço com o motorista antes, e evite surpresas desagradáveis (os taxis em Lima não possuem taxímetro).

No geral, os preços das corridas não são caros, desconfie se achar que está caro demais, e não hesite em chamar outro carro (tem muitos, basta acenar).

A moeda do Peru é o nuevo sol (soles), que já teve uma cotação pior comparada ao real. Na época em que o real valia muito mais que o soles, o Peru era tido como um dos países mais baratos para viajar.

Embora ainda seja um país considerado barato para viajar, não vá com a ideia de que vai “fazer a festa” e gastar quase nada.

Dá para fazer um turismo nível conforto, mas com mais ou menos o que se gastaria aqui no Brasil para fazer as mesmas coisas (hotel bom, restaurantes bem avaliados, passeios turísticos).

Fazer câmbio em Lima é bem fácil (só não faça isso no aeroporto, pois pegará um câmbio horrível).

Existem muitas casas de câmbio espalhadas pela cidade e não tivemos dificuldade em trocar reais por soles (tem muitos cambistas nas ruas oferecendo trocar dinheiro também… mas confesso não senti confiança para esse tipo câmbio não, e preferi trocar da forma tradicional).

Em Lima também é possível fazer compras em dólar ou utilizando o cartão de crédito, mas quando for a Cusco, o melhor é ter dinheiro/soles em mãos.

Em resumo, ao contrário do que acontece no Chile (que é melhor levar dólar e lá trocar por peso), no Peru vale à pena trocar dinheiro lá mesmo (de real para soles), assim conseguimos taxas melhores.

Uma dica para manter um equilíbrio é levar uma parte do dinheiro em dólar e outra em real. Essa vai ser a garantia da cotação “média” pelo menos.

Também tem a opção de sacar da sua conta bancária diretamente em soles, mas para esse serviço há uma taxa e um limite diário, que pode não compensar.

E não é que fazendo esse post me deu uma vontade imensa de voltar pra Lima? Ah… Se eu pudesse embarcava já no próximo voo!

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Wanderlust por natureza, no meu tempo livre estou sempre programando uma nova aventura ou experiência, pois acredito que a melhor viagem é sempre a que está por vir!

13 Comments

  1. Aline Laudelina Pires Reply

    Vontade imensa de conhecer Lima, sabe quando parece que o destino está te seguindo(rs)? Adorei o post!

    • blogmaladeviagem Reply

      Seiiii exatamente, e quando o destino começa a perseguir, a gente tem que ir! está acontecendo isso comigo em relação a vários países da Europa rsrs

  2. Lorena Brito - E aí vamos nós Reply

    Somos suspeitos para falar de Lima! Amamos essa cidade, no total ficamos por 10 dias, uns no começo do nosso mochilao e outros no final, ficamos em hostel e nossa viagem foi no estilo mega blaster low cost então infelizmente não pudemos conhecer todas essas delícias gastronômicas de lá, ficamos somente no ceviche rsrs! Precisamos voltar com mais grana rsrsrs
    Ahhh, Amei demais essa ideia das 7 maravilhas em 7 anos!!!!

    • blogmaladeviagem Reply

      Oi Lorena! mas por mim eu já estaria feliz em voltar lá e ficar uma semana comendo ceviches peruanos rsrs… Pois é, a ideia das maravilhas ainda tá de pé, e agora to querendo incluir também as maravilhas da natureza na lista!

  3. Vale muito a pena ficar 2 dias em Lima e de preferência, no bairro de Miraflores.
    A gastronomia é sensacional e saiu janeiro pouco a notícia que os restaurantes são bem conceituados.
    Mas andar pela cidade também faz parte de seus mistérios

    • blogmaladeviagem Reply

      Verdade Dani, Miraflores é um ótimo lugar para se hospedar, mas Lima é interessante em cada pedacinho!

  4. Mayara Rosa Reply

    Todo mundo fala mais só de Machu Picchu e cuzco. Lima também é incrível! Amei o roteiro.

    • blogmaladeviagem Reply

      Oi Mayara, é verdade! Mas Lima é uma cidade cheia de atrações maravilhosas e merece estar na nossa lista também. Muito obrigada pela visita!

  5. Pri Fujihara Reply

    Que lugar lindo!!! Sou apaixonada pela cultura peruana e esses pratos são de dar água na boca!! Amei as dicas!

    • blogmaladeviagem Reply

      Verdade Pri, cultura e comida são os fortes do Peru! obrigada pela visita.

  6. Marlise Vidal Reply

    Olá Pessoal, agora sim, consigo comentar. Bem legal o artigo, sou louca p conhecer Lima porque tenho um amigo que mora aí. Valeu pelas dicas.
    Att, Marlise

    • blogmaladeviagem Reply

      Que bom que deu certo! Sim, com um amigo pra visitar fica ainda mais legal, certeza que ele também terá ótimas dicas de lugares para visitar! bjs

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