A cada ano que passa as ilhas Maldivas entram de vez na lista de preferência de muitos brasileiros, seja para uma viagem romântica como lua de mel ou mesmo para uma viagem em família. E hoje, levando em conta que Maldivas também entrou na minha lista, vamos falar sobre como organizar uma viagem para esse paraíso tão desejado!
Informações iniciais sobre as Maldivas
Maldivas é um país insular (formado por ilhas no Oceano Índico) localizado próximo ao Sri Lanka e Índia.
O arquipélago é formado por mais de 1.000 ilhas, sendo que apenas 203 são habitadas. A população total do país é de cerca de 350 mil habitantes e a religião oficial é o islamismo.
O território que hoje pertence às Maldivas já pertenceu à Portugal, Holanda e Reino Unido (cuja independência só veio em 1965).
A moeda nas Maldivas é a rúpia maldívia (MVR), mas a moeda mais utilizada entre os turistas é o dólar. No resort você vai pagar tudo em dólar.
O idioma oficial é o divehi. No resort você utilizará o inglês.
Como chegar nas Maldivas?
Sobre a documentação necessária para ingressar no país, é importante lembrar que brasileiros que estejam viajando a turismo não precisam de visto para entrar nas Maldivas. Essa estadia deve ser inferior a 30 dias.
É exigido passaporte (pelo menos com 6 meses de expiração) + certificado internacional de vacinação contra febre amarela.
Para quem sai do Brasil com destino às Maldivas, as opções são as seguintes:
- Emirates – via Dubai
- Qatar – via Doha
- Turkish – via Istambul
- Etihad – via Abu Dhabi
- Air Asia (cia low cost) – a partir de algum HUB da Europa (via Roma costuma ter bons preços)
A chegada nas Maldivas se dá pelo aeroporto internacional localizado na ilha Hulhule, em Malé, que é a capital do país. De Hulhule até o centro de Malé é preciso pegar barco (tem travessia a cada 10 minutos).
Chegando no aeroporto você precisará se deslocar até o seu resort: hospedagens mais próximas da capital possibilitam deslocamento marítimo (lancha), enquanto os hotéis situados em ilhas mais distantes oferecem a opção de hidroavião ou voo comercial (a depender da ilha) + lancha.
O deslocamento de hidroavião é um desejo de muitos turistas, então esse já é um ponto a ser considerado na hora da escolha do resort (claro que também é algo a ser avaliado a partir do seu orçamento, pois apresenta custo maior do que a lancha ou o transporte através de voo comercial).
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Quando viajar para as ilhas Maldivas?
As Maldivas possuem apenas duas estações definidas: a estação chuvosa (período de monções) e a estação de seca.
O clima é estável, quente e úmido, com temperaturas entre 25 e 29 graus durante todo o ano.
Claro que para quem vai atravessar oceanos para chegar no paraíso, a resposta fácil é: vá no período de seca, que começa em novembro (alguns dizem que começa em outubro) e termina em abril (alguns dizem que termina em março). *Lembrando que a depender do ano, novembro ainda pode chover.
Porém, há de ser considerado que quem opta por arriscar e escolhe a época de chuva, vai conseguir preços melhores. Talvez chova muito, talvez chova pouco, talvez nem chova.
Quem opta pelo período de seca tem mais chance de não pegar chuva, mas isso não é nenhuma garantia absoluta… Por outro lado, preços obviamente são mais altos nesse período.
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Como escolher o seu hotel nas Maldivas
As ilhas Maldivas compreende um grupo de atóis no Oceano Índico.
O grande “desafio” dos preparativos de uma viagem para esse destino é justamente a escolha do hotel/resort.
O resort escolhido vai estar diretamente relacionado com a qualidade e aproveitamento da sua viagem, por isso essa é a principal decisão de alguém que coloca as Maldivas como o destino das próximas férias.
O conceito “conhecer as Maldivas” pode ser separado em dois grupos:
O primeiro dele seria conhecer o país, seu povo, sua cultura e as regiões onde estão os residentes (cidadãos locais). Se esse for o seu desejo, a ilha de Himmafushi (região de pesca), tem boa fama em receber bem os turistas.
O segundo compreende um turismo de luxo e, nesse caso, conhecer as Maldivas é sinônimo de conhecer um ou alguns resorts do país (que ficam em ilhas privativas), seu mar azul turquesa, praias e vida marinha.
Então o primeiro passo é definir o estilo de viagem que você busca, conforme seu perfil de viajante, preferências e budget (seu orçamento).
Algumas pessoas também optam por mesclar os dois estilos, ficando os primeiros dias da viagem em Malé e só depois indo para algum resort de luxo.
Hoje o objetivo do post é falar sobre escolha do resort, visto que a maioria dos turistas que visitam as Maldivas, buscam esse turismo de luxo.
E as opções de hospedagem são muitas: basicamente cada resort está em uma ilha. Então nessa decisão você não estará escolhendo apenas o seu hotel, mas também qual ilha das Maldivas vai conhecer na sua viagem.
Considerando isso é que muitas pessoas optam por dividir a hospedagem em dois resorts diferentes, pois assim terão a oportunidade de conhecer mais de uma ilha. Claro que nesse caso deverá ser somado o custo do deslocamento de uma ilha para outra, que a depender da localização e/ou distância será hidroavião ou lancha.
O tipo de hospedagem: vila ou bungalow
Escolhido o resort, o próximo passo é escolher a opção de hospedagem.
Dentro de um mesmo resort podem existir várias opções de acomodações, e a escolha depende do seu gosto pessoal e orçamento.
Em regra você vai encontrar dois grupos de acomodação: as vilas e os bungalows sobre a água.
A vila na praia será um quarto/suíte com saída direta para a praia.
O bungalow será um típico bangalô sobre a água.
Até aí tudo bem… Mas não para por aí, já que pode existir mais de uma opção de vila e mais de uma opção de bungalow, variando conforme o tamanho, localização (vista para o nascer ou para o por do sol) e existência ou não de piscina privativa.
Os bangalôs também podem variar em relação à profundidade em que se encontram: mais no raso (próximo à praia) ou mais no fundo (melhor para mergulho).
Por isso na hora da escolha é tão importante ficar atento(a) às observações e especificações da acomodação. Você pode achar que está escolhendo uma coisa e na verdade estar escolhendo outra opção.
Outro ponto importante a considerar é a privacidade de cada tipo de acomodação, pois algumas vilas ficam afastadas e garantem total exclusividade, enquanto outras compreendem a área comum do hotel, de modo que você pode dar de cara com outro hóspede passando na frente da sua suíte.
No geral, a opção mais cara de hospedagem são os bangalôs sobre a água com piscina privativa.
As opções de alimentação do resort
Tratando-se de um “turismo de resort“, lembre-se que o objetivo da sua viagem será curtir o ambiente da “sua” ilha e as instalações do resort que você escolheu.
Considerando que suas refeições serão ali mesmo no seu resort, então eis aqui mais um ponto muito importante na hora de escolher o seu hotel.
Leve em consideração a quantidade e opções de restaurantes do resort e como funciona o sistema de reserva da alimentação: apenas café da manhã incluso, meia-pensão, pensão completa ou all inclusive.
Algumas redes de hotéis, como é o caso da rede Anantara, compartilham sua estrutura com outros resorts da mesma rede, de modo que você pode reservar o Anantara Dhigu e utilizar a estrutura do Anantara Veli, por exemplo (o que vale também para os restaurantes).
Assim, a depender de quantos dias você ficará no mesmo resort, avalie as opções que terá, incluindo quantidade de restaurantes e/ou possibilidade de usufruir da estrutura de outro resort da mesma rede.
Quanto ao sistema a escolher, avalie o seu perfil de viajante, seus gostos e preferências.
Não são todos os resorts que oferecem a opção all inclusive (refeições, lanches, petiscos e bebidas alcoólicas e não alcoólicas inclusas no valor da sua diária).
Se esse estilo de hospedagem for essencial pra você, muitos hotéis já ficarão de fora da sua lista de pesquisa logo de cara, pois não são muitos que oferecem a opção all inclusive.
Geralmente (pode variar conforme cada hotel), a diferença entre o all inclusive e a pensão completa (full board) é a ausência de bebidas inclusas na segunda opção. Avalie se a diferença de preços está grande a ponto de compensar pegar a pensão completa em detrimento ao all inclusive.
A opção meia pensão (half board) oferece café da manhã + jantar (ou um crédito a ser usado no jantar). No caso do crédito, o problema é que se a sua escolha exceder o valor do crédito disponível, será necessário complementar à parte.
*O mais comum é encontrar hotéis que oferecem a opção meia pensão.
Alguns hotéis oferecem todas as opções (desde o all inclusive até diária apenas com café da manhã). Nesse caso, caberá ao hóspede, no momento da reserva, avaliar o que compensa mais.
Outros hotéis trabalham apenas com café da manhã ou café da manhã + jantar (meia pensão). Nesse caso, todo o consumo excedente será pago à parte, no momento do check-out.
Os valores das refeições e bebidas nos resorts são altos (em dólar), então pense nisso na hora da escolha.
Eu optei pela tranquilidade e reservei a opção all inclusive, pois assim não preciso me preocupar com valores de comida e bebidas durante minha estadia. Mas claro: isso é uma escolha muito pessoal.
A ilha onde o resort está localizado
Ninguém quer ir para Maldivas e voltar de lá decepcionado(a) com o mar e com a vida marinha que lhe foi apresentado (se é que isso é possível).
Então na hora de escolher o seu resort, avalie também como é a ilha onde ele está situado.
Quem gosta de praticar snorkeling, analise se a ilha possui um coral interessante ou se ele fica longe do hotel – nesse caso será necessário pegar barco para chegar e o serviço terá um custo adicional.
Alguns hotéis já oferecem o snorkel ao hóspede (incluso no valor da diária), e isso facilita a sua mala – sabemos que o equipamento ocupa um espaço considerável.
Tal como nas Ilhas Maurício, nas Maldivas é de praxe que os resorts ofereçam aos hóspedes stand up paddle e kayak gratuitamente.
Outros esportes aquáticos e passeios são cobrados à parte e cada resort tem o seu preço em relação aos serviços oferecidos.
Quanto à escolha da ilha, alguns turistas preferem as pequenas, que permitem fácil locomoção e menos concentração de pessoas. Por outro lado, há quem prefira as ilhas maiores, que comportam grandes resorts.
Os serviços adicionais
As fotos de resorts nas Maldivas nas mídias sociais costumam mostrar muitos serviços adicionais como jantar ao ar livre montado na areia da praia, passeio de barco, cinema sob a luz do luar e das estrelas ou até mesmo cerimônias festivas e elopement wedding.
Esses serviços realmente existem e são oferecidos em muitos resorts. Porém, tenha em mente que se tratam de opções adicionais, em relação às quais haverá custo adicional e exigência de reserva prévia.
Se você tem o sonho de fazer alguma dessas coisas (ou mesmo outras que o resort ofereça), entre em contato antes, por e-mail, e tire todas as suas dúvidas sobre o serviço desejado.
Praticamente todos os resorts de luxo nas Maldivas possuem o serviço de GEM – guest experience maker (mordomo particular), que fica a cargo de cada hóspede para tudo que for necessário. Esse serviço geralmente é incluso no valor da diária.
Outra coisa muito comum são os “mimos” que os hotéis oferecem. Se você está em lua de mel ou comemorando algo especial (provavelmente é o caso da maioria das pessoas que visitam as Maldivas e se hospedam em um resort de luxo), vale a pena entrar em contato antes com o hotel e especificar a situação, perguntando sobre eventuais “mimos” – um up grade de acomodação, uma champanhe na chegada, uma cama decorada…
Se você não quiser entrar em contato com o hotel, mas tiver um cartão de crédito com serviço de concierge, passe essa incumbência a eles!
Dividir hospedagem em 2 hotéis? Sim ou não
O primeiro ponto a ser considerado é o tempo de férias nas Maldivas. Até 5 noites não é tão recomendado dividir a hospedagem em 2 hotéis diferentes. A partir de 5 noites sim.
A viagem clássica para as Maldivas é uma “viagem de hotel”, então ficar mais de 5 dias no mesmo hotel pode acabar se tornando enjoativo (para alguns).
Se você estiver pensando em passar uma semana, por exemplo, pode dividir sua hospedagem assim: 3 dias em um hotel + 4 em outro.
Se essa for sua escolha, opte por fazer “up grade“, escolhendo primeiro conhecer o hotel mais simples e depois o mais luxuoso. O mesmo digo em relação ao tipo de hospedagem.
Para quem vai passar menos de 5 dias nas Maldivas ou mesmo para quem vai passar mais tempo e não quer trocar de hotel, uma sugestão é mudar a acomodação, intercalando entre Vila e Bungalow sobre a água.
A desvantagem de trocar de hotel é o custo com deslocamento e o tempo que vai gastar fazendo isso.
Provavelmente, ao decidir trocar de resort, você terá que voltar até Malé para então pegar a lancha, hidro-avião ou voo comercial até o segundo hotel. Isso acaba por encarecer mais a viagem, então avalie o que será mais interessante pra você.
Atenção: a pandemia de 2020 fez com que o turismo nas Maldivas também sofresse algumas modificações.
Desde agosto/2020 o país está aberto aos brasileiros, mas as regras mudam constantemente.
Uma das regras impostas é a restrição em relação à hospedagem: o turista pode ingressar no país, mas precisa comprovar que ficará no mesmo hotel durante toda sua estadia, ou seja, no momento não está permitido dividir a hospedagem em mais de um hotel.
Regras em relação à exigência de apresentação de exame negativo de COVID-19 também passaram a existir. Todavia, é aconselhável pesquisar o que está vigente no dia da sua viagem, pois novas regras surgem constantemente.
Algumas opções se hotéis para você avaliar
- Naladhu Private Island Maldives
- Anantara Veli
- Anantara Dhigu
- Niyama Private
- Taj Exotica Resort
- Gili Lankanfushi
- Six Senses Laamu
- Soneva Jani
- Soneva Fushi
- Velaa Private Island
- The St. Regis Maldives Vommuli
- One&Only Reethi Rah
- Dusit Thani Maldives
- Conrad Maldives Rangali Island
- Joali
- W Maldives
- Four Seasons Resort Maldives at Kuda Huraa
- Kudadoo Maldives Private Island
- Huvafen Fushi
- Velassaru Maldives
Essa lista que fiz compreende hotéis em relação aos quais ouvi boas referências, mas isso está longe de significar que não exista muitas outras excelentes opções além dessa lista.
A melhor saída é pesquisar bastante, pois cada viajante tem suas necessidades e preferências.
Uma pergunta muito comum é: quanto custa uma viagem para as Maldivas?
É impossível dar uma resposta pronta, pois os preços variam conforme o preço pago pelo voo (de repente você consegue uma passagem com um bom preço ou mesmo voar com milhas), duração da viagem (cada dia faz bastante diferença no preço final), época da viagem (período de chuva ou seca) e hotel escolhido (mais ou menos luxo, mais ou menos exclusividade).
Mas para não te deixar sem uma resposta média, vamos considerar uma viagem durante o período de seca (alta temporada), com acomodação em um resort/hotel de luxo, e excluir o gasto com passagem aérea e deslocamento até o hotel.
Considere valores entre R$ 3.000,00 a R$ 6.000,00 a diária, variando conforme tipo de acomodação (vila, bangalô, com ou sem piscina privativa) e a opção de alimentação (só café da manhã, meia pensão, pensão completa ou all inclusive).
Pode ser menos do que isso? Pode. E também pode custar mais… Então a melhor escolha é clicar nos links dos hotéis que eu coloquei acima e fazer a simulação conforme a data desejada para sua viagem.
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